Peça de Teatro - Proclamação da República

Área: Português

Atividade: Figuras de linguagem

Objetivos

• Ampliar o conhecimento sobre os recursos poéticos e as figuras de linguagem.

Introdução
Com que se parece uma gravata? E o inverno? É verdade que um cidadão sem gravata é como sopa sem sal?

1. Atividades de leitura. Depois de discutir o aspecto alegre e crítico do texto, solicite que:
   1. observem como Tom Zé explora as rimas no poema (laçou/enforcou, gravata/lata, degradação/palavrão, moral/sal, inclinado/duplicado, manejar/alegrar, autopunição/coração), os versos que rimam não são regulares.
   2. observem que o poeta poderia construir versos assim: "Um cidadão sem gravata É COMO uma coroa sem lata;/ é COMO um grande palavrão". Eles criaria relações de semelhança por meio de COMPARAÇÃO. Pedir aos alunos que completem, livremente, as seguintes comparações:
      
      • A barriga do padeiro PARECE _____________.
      • Tua voz ME LEMBRA __________________.
      
      Mostrar que essas são formas de comparação, usuais na linguagem cotidiana.
      
   3. observem que o poeta não se vale da comparação no poema, ele estabelece relação entre os pares, sem explicitar os termos de comparação (como, parece, lembra etc.). Vale-se de uma METÁFORA, uma comparação implícita, mais rica, ampla, de caráter pessoal e subjetivo: Gravata É forca portátil/Gravata É um processo freudiano para a auto-punição./ Um cidadão sem gravata É uma dama sem pudor.
   4. transformem as comparações a seguir em metáforas: A casa parece um parque de diversões. - A lua lembra uma senhora prateada. (A casa é um parque de diversões. A lua é uma senhora prateada.)
   5. observem como o poeta atribui ações humanas à gravata: já me enforcou, já me laçou. Esse recurso chama-se PERSONIFICAÇÃO ou PROSOPOPÉIA.
   6. observem os versos, ou parte deles, que se repetem na estrofe: "A gravata já me...", "é a ...", "é um...", "é uma..." Esse recurso chama-se PARALELISMO. Qual efeito o poeta consegue ao repetir os versos ou parte deles?
2. Atividades de leitura. Escolher um objeto com os alunos e pedir que criem, livremente, comparações. Depois, as transformem em metáforas e, por fim, criem um poema que divirta e critique os costumes.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:
Familiarização com a metáfora, a comparação e a personificação.