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questões referentes a intertextualidade, inferências, signo e textualidade e propostas de redação. São 44 questões divididas entre objetivas e objetivas.

 

QUESTÃO 154

 

Os textos de todas as alternativas exploram a polissemia dos signos verbais, EXCETO:

Existem muitos bancos virtuais. Só um é Real.

 Abra sua conta.

De um anúncio do Banco Real.

Navegar às vezes enjoa. Por isso o banco1.net tem atendimento por telefone 24 horas.

De um anúncio do banco1.net

ABAIXO A MONARQUIA!

 Desacreditada, realeza britânica vê seus súditos cada vez mais seduzidos por ideais  republicanos

ISTOÉ 1628, 13 dez. 2000. p.136-137.

UNIÃO DE CLASSES

 Escolas de elite do Rio abrem suas portas para o morro e alunos dão aulas como voluntários

ISTOÉ 1628, 13 dez. 2000. p.56-57.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Instrução

 

Leia o texto ao  lado, um anúncio da revista ISTOÉ, e então responda às questões de 155 a 159.

 

QUESTÃO 155

 

Baseando-se nas palavras da reportagem de capa da revista anunciada ¾  Às vésperas de ser julgado pela Inquisição, Galileu Galilei afirma em entrevista exclusiva: a Terra não é o centro do Universo ¾ e no seu conhecimento prévio a respeito, explique por que o papa estaria errado.

 

 

QUESTÃO 156

a)   O que representa o símbolo da coroa no texto?

O que representa a figura do sol coroado?

 

QUESTÃO 167

 

Publicada desde 1976,necessária desde 1611.

Por que a revista ISTOÉ teria sido necessária em 1611?

 

QUESTÃO 158

 

Que relação você estabelece entre o slogan ISTOÉ

independente e o enunciado O PAPA ESTÁ ERRADO?

 

 

QUESTÃO 159

 

Redija um pequeno texto, explicando de que recursos o autor da capa ao lado se valeu para sugerir que ela teria saído numa edição de 1611.

 

 

 

 

 

Publicada desde 1976,

necessária desde 1611.

ISTOÉ

independente

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 160

Leia o texto a seguir e então responda às questões propostas.

 

Fala, galera

Veja

o que

algumas

gatinhas

falaram

sobre o

assunto

 

Quando o

príncipe...

...vira sapo!

è Quando ele mente, chega contando vantagens e se acha um gostosão, vira sapo na hora! E tem muito cara que acha que é príncipe e que na verdade é sapo. Eu, além de me afastar dele, já chego pra todo mundo e conto que ele  não é o que elas estão pensando. Vou logo queimando o filme dele. Só dou uma outra chance, se ele mudar bastante. Nesse caso, a gente vai ter um papo franco, mas antes disso, nem pensar.

 

Caracterize o locutor indicado pela setinha no texto acima, procurando identificar, na medida do possível, sua origem geográfica, classe social, faixa etária, sexo, nível de escolaridade, etc.

Infira do próprio texto a situação comunicativa em que foi provavelmente produzido. Justifique sua resposta.

 

Para responder às questões 164 e 165, leia com atenção o texto abaixo, produzido por um aluno de 2º grau, como resultado de uma atividade em que a professora pedia a reformulação de uma nota supostamente produzida por um jornal, com o objetivo de torná-la adequada à veiculação em um jornal de circulação nacional.

 

 

Morte no terreno

 

O corpo do jovem desaparecido, à noite, foi encontrado morto, na Quinta-feira, próximo ao terreno baldio, no parque dos Timbiras, no saco plástico, jogado junto com outros dejetos. O saco foi achado por policiais, pois os catadores de lixo que freqüentam o local não alegaram nada. A família de Frederico Silva, sabendo que naquele dia haviam encontrado um cadáver ali, apressou-se em comparecer no Lixão, admitindo que ele havia sumido após a festa da vizinha e que não havia motivo para isso acontecer.

 

 

QUESTÃO 161

 

(PUC-MINAS/jun99) Assinale a alternativa que apresenta análise INADEQUADA do texto.

 

Como se trata de texto a ser veiculado em jornal, o uso de “Quinta-feira” é informação suficiente para que o leitor precise a data do acontecimento.

Com o uso do artigo em “próximo ao terreno baldio”, pode-se concluir que o parque dos Timbiras possui um único terreno baldio.

O uso do artigo em “no saco plástico” mostra que o autor está tratando esta informação como sendo de conhecimento do leitor.

A segunda utilização do vocábulo “saco” não apresenta inadequação, pois o leitor já tivera conhecimento da existência de um saco.

Ao utilizar a expressão “outros desetos”, o autor permite que se conclua que o corpo encontrado é também um dejeto.

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 162

 

(PUC-MINAS/jun99) Assinale a alternativa que apresenta análise INADEQUADA do texto.

 

O trecho “pois os catadores de lixo que freqüentam o local não alegaram nada” não constitui explicação clara para o fato de os policiais terem encontrado o corpo.

Pode-se supor que Frederico Silva é o nome do jovem desaparecido, mas não há garantias no texto de que ele o seja de fato.

O uso do vocábulo “Lixão” estaria indicando que esse é o nome através do qual também é conhecido o terreno baldio.

No trecho “naquele dia haviam encontrado um cadáver ali”, os itens “naquele dia” e “ali” `têm o seu referente recuperado pelas informações do texto.

O vocábulo “isso”, na última linha, não recupera nenhum referente expresso no texto, mas, nesse contexto, somente pode se referir à morte.

 

 

INSTRUÇÃO: As questões 163 e 164 referem-se aos quadrinhos abaixo.

 

Rosinha corre em direção a Chico Bento com uma câmera fotográfica na mão e grita:

__ Chico!                                                                                                 Chico, ouvindo Rosinha, abre as calças, em um gesto de obediência, no momento em que ela vai bater a foto.

O flash dispara.

Rosinha quebra a câmera fotográfica na cabeça de Chico e sai indignada.

Chico, com uma expressão de quem não sabe o que se passou, diz:

__ Quem intendi as muié?

 

 

QUESTÃO 163

 

(ENEM/2000 Nessa história, o efeito humorístico origina-se de uma situação criada pela fala da Rosinha na primeira fala, que é

 

Faz uma pose bonita!

Quer tirar um retrato?

Sua barriga está aparecendo!

Olha o passarinho!       

Cuidado com o flash!

 

 

QUESTÃO 164

 

Considere o uso do verbo olhar no modo imperativo, usado por Rosinha, e indique seu papel semântico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 165

 

 

Tudo que você conhece

dos CHOCOLATES SUIÇOS

agora ainda em

mais mais mais

GOSTOSOS BISCOITOS.

 

Nestlé – São Luiz

 

No texto publicitário acima, o adjunto adverbial mais é repetido. Analise e responda:

 

Identifique a palavra que ele modifica e indique a classe gramatical da mesma.

Qual é o valor semântico do adjunto adverbial mais.

Qual é a intenção provável do anunciante ao repetir o sintagma adverbial mais.

Há um sentido comparativo do produto. Indique a que ele é comparado.

 

 

 

QUESTÃO 166

 

Há grandes possibilidades de matizes semânticos e enfáticos nas frases seguintes em decorrência da alteração da ordem de colocaçaõ do sintagma adverbial . Identifique os efeitos de sentido produzidos a cada deslocamento proposto abaixo.

 

ele ganhou cem reais pela redução do consumo de energia durante duas semanas.

Ele ganhou cem reais pela redução do consumo de energia durante duas semanas.

Ele ganhou cem reais pela redução do consumo de energia durante duas semanas.

Ele ganhou cem reais pela redução só do consumo de energia durante duas semanas.

 

 

QUESTÃO 167

 

(FGV/2000) Explique a diferença de sentido entre as duas ocorrências do verbo achar, abaixo.

 

“...se me visse abrir o embrulho e achar dentro uma dúzia de lenços velhos...” (Machado de Assis)

Por achar que não tinha febre, expôs-se ao frio da madrugada.

 

 

INSTRUÇÃO: As questões 171, 172 e 173 referem-se ao trecho abaixo.

 

Baseando-se na declaração, analise as propagandas e indique o valor discursivo do termo em destaque.

 

“Alguns advérbios e expressões adverbiais modificam toda a frase ou parte dela, traduzindo a avaliação que o locutor faz do que ele mesmo diz. Funcionam como modalizadores da enunciação.” (Vilma de Souza e Ângela Souto)

 

 

QUESTÃO 168

 

“Um deles é exatamente assim, do jeito que você estava procurando.” (Computadores Itautec)

 

 

QUESTÃO 169

 

“São apenas 3 anos de trabalho. mas já dá para notar o que a telemar tem feito.”

 

 

 

QUESTÃO 170

 

“Estima-se que, atualmente, o rebanho de zebuínos chegue a 110 milhões de cabeças...” (Serrana – Nutrição Animal)

 

QUESTÃO 171  (Unicamp)

 

O título da nota ao lado, SEM COMENTÁRIOS, é, na verdade, um comentário que expressa o ponto de vista do jornal, motivado por um problema gramatical no discurso lido por A. C. Reboredo.

Que problema gramatical provocou o comentário do jornal?

Explicite o comentário que está sugerido, neste caso específico, pela expressão sem comentários.

SEM COMENTÁRIOS

Do delegado regional do Ministério da Educação no Rio, Antônio Carlos Reboredo, ao ler ontem um discurso de agradecimento ao seu chefe, o ministro Eraldo Tinoco: "Os convênios assinados traduz (sic)[1] os esforços... "

FOLHA DE S. PAULO. São Paulo, 12 set. 1992. Painel.

 

 

QUESTÃO 172

 

 (UFMG)  "O homem não nasce com preconceitos, ele os aprende socialmente."

Todas as alternativas apresentam inferências que podem ser feitas a partir dessa afirmativa, EXCETO

 

As pessoas preconceituosas relacionaram-se socialmente com pessoas que apresentavam preconceitos.

As pessoas que têm preconceito de cor aprenderam esse preconceito no convívio social.

Os preconceitos não são herdados geneticamente.

Os preconceitos são mais numerosos entre prisioneiros do que entre cidadãos em liberdade.

Tarzã, antes do contato humano, seria um bom exemplo de ausência de preconceitos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 173

 

 

Leia a tira a seguir e responda as perguntas:

 

Da leitura dos dois primeiros quadros, depreende-se uma opinião geral do garoto Calvin sobre proibições. Que opinião é essa?

Observe o que faz Calvin no último quadro da tira e explique o que essa ação significa no contexto da história.

Suponha a seguinte situação: numa auto-estrada de alta velocidade, uma placa de sinalização diz "Não pare na pista". Bem à vista da placa, um motorista trafega em marcha ré, no acostamento. Pela lógica de Calvin este motorista está errado? Justifique.

 

 

QUESTÃO 174 (Univ. Est. de Londrina) 

 

Em painéis colocados estrategicamente nas saídas de Londrina, uma propaganda em que se destaca a logomarca de uma empresa de telecomunicações apresenta o seguinte texto:

 

                Agora você já sabe por que todo mundo fala bem de Londrina.

 

A respeito da ambigüidade desse texto publicitário, considere as seguintes afirmações:

 

A ambigüidade da sentença decorre do fato de todas as expressões usadas terem sentido genérico.

Os locais onde foram afixados os painéis e o fato de se tratar de anúncios de uma empresa de telecomunicações constituem o contexto que facilita a percepção de diferentes leituras.

Existe uma interpretação mais ligada ao serviço de telefonia. Nessa, a expressão  de  Londrina  deve ser entendida como lugar de procedência da chamada telefônica.

 

Sobre as afirmativas acima, é CORRETO afirmar:

 

apenas as afirmativas I e III são verdadeiras

apenas a afirmativa I é verdadeira

apenas a afirmativa II é verdadeira

apenas as afirmativas I e II são verdadeiras

apenas as afirmativas II e III são verdadeiras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 175 (FUVEST)

 

Orientação para uso deste medicamento: antes de você usar este medicamento, verifica se o rótulo consta as seguintes informaçòes, seu nome, nome de seu médico, data de manipulaçào e validade e fórmula do medicamento solicitado.

 

Há no texto desvios em relação à norma culta. Reescreva-o, fazendo as correções necessárias.

A que se refere, no contexto, o pronome seu da expressão  “seu nome”? Justifique sua resposta.

 

 

QUESTÃO 176 (VUNESP)    

                       

Idéia fixa

 

      Só pra variar, o  “SBT Repórter”  de hoje à noite mostra como é a vida em uma colônia de nudismo.

 

                                   (“Outro canal”, coluna do caderno Ilustrada da Folha de São Paulo, 27/10/99)

 

No contexto, a expressão  “só pra variar” é lida em sentido irônico, diverso de seu sentido literal. Baseado nessa afirmação.

 

identifique o elemento do texto que desencadeia essa leitura

explique qual é o sentido literal da expressão  “só pra variar” e que sentido tem no conjunto do texto.

 

QUESTÃO 177

 

A supressão do termo em destaque nas alternativa só NÃO altera o sentido da passagem em

Não deu muitas alegrias aos pais.

...continuaram olhando Flávia com uma expressão superior.

¾ Você não acha que já passou um pouco da idade, filho?

Pensar em coisas mais sérias, desenvolver outras atividades.

Resolveu imitar as outras mães, e além da natação colocou Paulinho na ginástica olímpica...

 

ESSAS MÃES MARAVILHOSAS E SUAS MÁQUINAS INFANTIS

Flávia logo percebeu que as outras moradoras do prédio, mães dos amiguinhos do seu filho, Paulinho, seis anos, olhavam-na com um ar de superioridade. Não era para menos. Afinal o garoto até aquela idade ¾  imaginem ¾  se limitava a brincar e ir à escola. Andava em total descompasso com os outros meninos, que já desenvolviam múltiplas e variadas atividades desde a mais tenra idade. O recorde, por sinal, pertencia ao garoto Peter, filho de uma brasileira e um canadense, nascido em Nova Iorque. Peter, tão logo veio ao mundo entrou para um curso de amamentação ("Como tirar o leite da mãe em 10 lições"). A mãe descobriu numa revista uma pesquisa feita por médicos da Califórnia informando sobre a melhor técnica de mamar (chamada técnica de Lindstorm, um psicanalista, autor da pesquisa, que para realizar seu trabalho mamou até os 40 anos). A maneira da criança mamar, afirmam os doutores, vai determinar suas neuroses na idade adulta.

Uma tarde, Flávia percebeu duas mães cochichando sobre seu filho: que se pode esperar de um menino que aos seis anos só brinca e vai à escola? Flávia começou a se sentir a última das mães. Pegou o marido pelo braço dizendo que os dois precisavam ter uma conversa com o filho.

¾ O que você gostaria de fazer, Paulinho? ¾  perguntou o pai dando uma de liberal que não costuma impor suas vontades.

¾ Brincar...

O pai fez uma expressão grave.

¾ Você não acha que já passou um pouco da idade, filho? A vida não é uma eterna brincadeira. Você precisa começar a pensar no futuro. Pensar em coisas mais sérias, desenvolver outras atividades. Você não gostaria de praticar algum esporte?

¾ Compra um time de botão pra mim.

¾ Botão não é esporte, filho.

¾ Arco e flecha!

Os pais se entreolharam. Nenhum dos meninos do prédio fazia curso de arco e flecha. Paulinho seria o primeiro. Os vizinhos certamente iriam julgá-lo uma criança anormal. Flávia deu um calção de presente ao garoto e perguntou por que ele não fazia natação.

¾ Tenho medo.

Se tinha medo, então era para a natação mesmo que ele iria entrar. Os medos devem ser eliminados na infância. Paulinho ainda quis argumentar. Sugeriu alpinismo. Foi a vez de os pais tremerem. Mas o medo dos pais é outra história. Paulinho entrou para a natação. Não deu muitas alegrias aos pais. Nas competições chegava sempre em último, e as mães dos coleguinhas continuavam olhando Flávia com uma expressão superior. As mães, vocês sabem, disputam entre elas um torneio surdo nas costas dos filhos. Flávia passou a desconfiar de que seu filho era um ser inferior. Resolveu imitar as outras mães, e além da natação colocou Paulinho na ginástica olímpica, cursinho de artes, inglês, judô, francês, terapeuta, logopedista. Botou até aparelho nos dentes do filho. Os amiguinhos da rua chamavam Paulinho para brincar depois do colégio.

¾ Não posso, tenho aula de hipismo.

¾ Depois do hipismo?

¾ Vou pro caratê

¾ E depois do caratê?

¾ Faço sapateado.

¾ Quando poderemos brincar?

¾ Não sei. Tenho que ver na agenda.

Paulinho andava com uma agenda Pombo debaixo do braço. À noitinha chegava em casa mais cansado do que o pai em dia de plantão. Nunca mais brincou. Tinha todos os brinquedos da moda, mas só para mostrar aos amiguinhos do prédio. Paulinho dava um duro dos diabos. "Mas no futuro ele saberá nos agradecer", dizia o pai. O garoto estava sendo preparado para ser um super-homem. E foi ficando adulto antes do tempo, como uma fruta que amadurece de véspera. Um dia Flávia flagrou o filho com uma gravata à volta do pescoço tentando dar um laço. Quando fez sete anos disse ao pai que a partir daquele dia queria receber a mesada em dólar. Aos oito anos abriu o berreiro porque seus pais não lhe deram um cartão de crédito de presente. Com oito anos, entre uma aula de xadrez e de sânscrito, Paulinho saiu de casa muito compenetrado. Os amiguinhos da rua perguntaram onde ele ia:

¾ Vou ao banco.

Caminhou um quarteirão até o banco, sentou-se diante do gerente, pediu sugestões sobre aplicações e pagou a conta de luz como um homenzinho. A façanha do garoto correu o prédio. A vizinhança começou a achá-lo um gênio. As mães dos amiguinhos deixaram de olhar Flávia com superioridade. Os pais, enfim, puderam sentir-se orgulhosos. "Estamos educando o menino no caminho certo", declarou o pai batendo no peito. Na festa de 11 anos, que mais parecia um coquetel do corpo diplomático, um tio perguntou a Paulinho o que ele queria ser quando crescesse.

 

QUESTÃO 178

 

Em todas alternativas, a versão original tem mais força argumentativa dentro do texto do que teria a alteração proposta, EXCETO em:

VERSÃO ORIGINAL ¾ Paulinho andava com uma agenda Pombo debaixo do braço.

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Paulinho andava com uma agenda debaixo do braço.

VERSÃO ORIGINAL ¾  Tinha todos os brinquedos da moda, mas só para mostrar aos amiguinhos do prédio.

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Tinha os brinquedos da moda para mostrar aos amiguinhos do prédio.

VERSÃO ORIGINAL ¾ Os pais tinham sonhos de vê-lo na Presidência do Banco Central.

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Os pais tinham sonhos de vê-lo na presidência de um banco.

VERSÃO ORIGINAL ¾ À noitinha chegava em casa mais cansado do que o pai em dia de plantão. Nunca mais brincou.

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ À noitinha chegava em casa mais cansado do que o pai em dia de plantão. Não brincava mais.

VERSÃO ORIGINAL ¾ Paulinho cresceu. Cresceu  fazendo cursos e mais cursos.

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Paulinho cresceu. Cresceu fazendo cursos sobre cursos.

 

 

 

 

 

QUESTÃO 179 (Ufes)

 

A mudança de posição dos termos, PREJUDICA o sentido pretendido no texto original apenas em

TEXTO ORIGINAL ¾ Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem promovidos em Minas. É impossível falar sobre a desorganização administrativa que se instalou no Estado em apenas um minuto', justificou,...     (ESTADO DE MINAS - 1/8/98)

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Itamar disse que espera mudanças nas regras dos debates a serem promovidos em Minas. "É impossível, em apenas um minuto, falar sobre a desorganização administrativa que se instalou no Estado", justificou,...

TEXTO ORIGINAL ¾ A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado até os presos escondidos dentro de galinhas assadas. (A GAZETA - 12/8/98)

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ A informação da polícia é de que alguns dos aparelhos teriam chegado, escondidos dentro de galinhas assadas, até os presos.

TEXTO ORIGINAL ¾ Apesar de os atiradores estarem sem capacete, ninguém conseguiu ver seus rostos, que estavam em uma moto Honda XL250. (A GAZETA - 12/8/98)

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Apesar de os atiradores, que estavam em uma moto Honda XL250, estarem sem capacete, ninguém conseguiu ver seus rostos.

TEXTO ORIGINAL ¾ Victor dá posse amanhã a Rômulo Penina, para a casa civil, que acumulará os dois cargos. (A GAZETA - 1/4/98)

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Victor dá posse amanhã, para a casa civil, a Rômulo Penina, que acumulará os dois cargos.

TEXTO ORIGINAL ¾ Com essa aquisição, a Saraiva, que ocupava o quarto lugar no ranking das editoras de livros didáticos, deu um passo largo para dominar o mercado. (A GAZETA - 27/8/98)

ALTERAÇÃO PROPOSTA ¾ Com essa aquisição, a Saraiva deu um passo largo para dominar o mercado, que ocupava o quarto lugar no ranking das editoras de livros didáticos. 

 

 

QUESTÃO 180

 

(PROVA DIAGNÓSTICA – 3º ANO EM – COL. PITÁGORAS-BH) Em todas as alternativas, aparecem textos que retiram sua força comunicativa de jogo de palavras, EXCETO

 

Tá louco o mundo? “Todos juntos” se escreve separado e “separado” se escreve tudo junto?

(Grafite de Montevideo apud Agenda Archipélago, 1994)

Papagaio velho não aprende a falar. (provérbio)

Brinquedos importados para quem é muito importante.

(Frase de anúncio de loja de brinquedos importados. Aparece ao lado de uma imagem de criança.)

Todos esses que aí estão.

Atravancando o meu caminho.

Eles passarão...

Eu passarinho! (Mário Quintano)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 181

 

 

Explique de que decorre o efeito humorístico da tirinha.

 

 

QUESTÃO 182

 

Leia os fragmentos abaixo e, a seguir, responda à questão proposta.

 

Fragmento I

 

‘’O uso do álcool, porém, vem crescendo e está muito ‘’associado a brigas, a lesões interpessoais, a acidentes de trânsito e a outras violências’’.

 

Fragmento II

 

‘’Para que se tenha uma idéia da gravidade do problema da violência no Sudoeste, segundo o IBGE, se, na região, o índice de mortes por causas externas, que inclui também acidentes de trânsito, fosse igual à média nacional, a expectativa de vida dos homens no Brasil, hoje de 64,1 anos, saltaria para 67,6. Ou seja subiria nada menos que três anos e meio. São números estarrecedores, que expõem uma realidade terrível.’’

 

                                                                                                  ‘’Dá para ser jovem neste belo país ?’’  Franklin Martim

                                                                                                                                Revista Época – 15/03/99

 

A partir da leitura dos fragmentos I e II pode-se deduzir, EXCETO:

 

O álcool é um elemento desagregador, causador de violências e mortes.

Se, no Brasil, governo e sociedade se empenhassem mais em desenvolver estratégias educativas, cresceria a expectativa de vida do homem da região sudeste.

Os problemas de nossa realidade  social, apontados nos dois fragmentos, estão associados ao stress, à vida urbana e consequentemente à vida das metrópoles.

Os ‘’números estarrecedores’’ de que fala o fragmento II dizem respeito à população mais jovem da sociedade.

 

 

QUESTÃO 183 (UFV 2001)

 

Assinale a alternativa em que a mudança de posição entre o substantivo e o adjetivo NÃO pode acarretar alteração semântica:

 

O grande traficante assusta a polícia. / O traficante grande assusta a polícia.

O pobre viciado sofre muito! / O viciado pobre sofre muito!

O bom filho à casa torna. / O filho bom à casa torna.

O alto traficante assusta a polícia. / O traficante alto assusta a polícia.

O velho amigo é que socorreu o viciado. / O amigo velho é que socorreu o viciado.

 

 

QUESTÃO 184 (UFV 2001)

 

Assinale a alternativa em que a presença/ausência de preposição acarreta alteração semântica:

 

Meu filho sempre aspirou ao ar puro aqui do campus. / Meu filho sempre aspirou o ar puro aqui do campus.

Meu filho sempre assistiu a futebol pela tv. / Meu filho sempre assistiu futebol pela tv.

Meu filho sempre obedeceu a seus superiores. / Meu filho sempre obedeceu seus superiores.

Meu filho sempre precisou de que o amparassem. / Meu filho sempre precisou que o amparassem.

Meu filho sempre necessitou de que o amparassem. / Meu filho sempre necessitou que o amparassem.

 

 

QUESTÃO 185 (UFV 2001)

 

Assinale a alternativa em que a mudança da posição da conjunção acarreta alteração semântica:

 

Está tubo bem com o jovem, contudo não tem o apoio da família. / Está tudo bem com o jovem; não tem, contudo, o apoio da família.

Está tudo bem com o jovem, todavia não tem o apoio da família. / Está tudo bem com o jovem; não tem, todavia, o apoio da família.

Está tudo bem com o jovem, porém não tem o apoio da família. / Está tudo bem com o jovem; não tem, porém, o apoio da família.

Está tudo bem com o jovem, entretanto não tem o apoio da família. / Está tudo bem com o jovem; não tem, entretanto, o apoio da família.

Está tudo bem com o jovem, pois tem o apoio da família. / Está tudo bem com o jovem; tem, pois, o apoio da família.

 

 

QUESTÃO 186 (UFV 2001)

 

Assinale a alternativa em que a mudança de estrutura do período implica mudança semântica:

 

Meu filho não faria isso! / Filho meu não faria isso!

Um traficante adotou meu filho! / Meu filho foi adotado por um traficante!

Vivo o problema do meu filho 24 horas por dia! Vivo, 24 horas por dias, o problema do meu filho!

Meus filhos jamais mexeram com tóxicos, graças a Deus! / Graças a Deus, meus filhos jamais mexeram com tóxico!

Sempre procurei dar o bom exemplo a meu filho. / Sempre procurei dar a meu filho o bom exemplo.

 

 

QUESTÃO 187 (UFV)

 

Comentário:

 

O papagaio que antes abrira o olho e ficara “só observando a novidade” finalmente se encontrou com a papagaia no seu poleiro.

 

O que você vai fazer:

 

Construindo textos coesos e coerentes, mostre as duas interpretações possíveis em razão da presença do possessivo e reescreva o texto acima, de modo que não haja ambigüidade.

 

Primeira interpretação:

Segunda interpretação:

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 188 (UFV)

 

Complete o texto reescrito de acordo com a:

 

Primeira interpretação: O papagaio que antes abrira o olho e ficara “só observando a novidade” finalmente se encontrou com a papagaia no     .

 

Segunda interpretação: O papagaio que antes abrira o olho e ficara “só observando a novidade” finalmente se encontrou com a papagaia no     .

 

 




Instrução

 

Para responder às questões leia o texto a seguir.

 

Com este símbolo a MERIDIONAL mostra que sabe facilitar a vida do cliente.

claro.

É assim que a MERIDIONAL COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS encara o problema: proteção, segurança e

assistência absoluta. Na MERIDIONAL você encontra todo tipo de seguro: vida, roubo, incêndio, automóvel, etc.

A MERIDIONAL é uma Companhia grande, dinâmica, forte e que sabe como proteger.

MERIDIONAL COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS

QUESTÃO 189 (Faap)  

 

O símbolo escolhido pela companhia de seguros, de pronto, oferece-nos a idéia de

proteção

 

desespero

 

aflição

ingenuidade

elegância

 

 

 

QUESTÃO 190 (Faap)

 

Também deste símbolo pode-se inferir 

 

respeito

 

vigilância 

 

dignidade

solidão

angústia

 

 

 

QUESTÃO 191 (Faap)  

 

Observando atentamente o filhote na bolsa materna, sentimos a sensação de

força e valentia

 

tristeza e ansiedade

 

comodidade e tranqüilidade 

ira e suspeita

elegância e suspeita

 

 

 

 

QUESTÃO 192 (Faap) 

 

Se você tivesse que eleger uma empresa de que o canguru fosse símbolo, escolheria uma companhia de

 

alimento

roupas feitas

livros didáticos

transportes

locação de vídeo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 193

 

 

Sobre os signos usados no anúncio da Hering é correto afirmar, EXCETO:

 

Suas palavras, formas  gráficas e foto interagem com o leitor.

Produz um estímulo visual e verbal capaz de acarretar uma resposta compartilhada pelas pessoas de comunidade.

O produtor do texto encontrou na oralidade uma forma de maior aproximação com o destinatário.

A ambigüidade do texto que faz parte do anúncio é proposital e pretende gerar uma ambigüidade de comportamento no leitor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 194

 

O cronista põe à disposição dos leitores de sua coluna o seu endereço eletrônico para, evidentemente, dialogar, trocar idéias, ouvir opiniões a partir do que escreve. Ele, aliás, começa seu texto fazendo referência a mensagens recebidas.

Após ler a crônica  “Aterrorizando o terrorismo”, escreva um texto expondo suas opiniões a respeito da atual situação no mundo dirigido ao cronista. Caso queira, você pode, de fato, enviar seu texto ao “e-mail”  que consta ao lado do nome do jornalista Wagner Seixas.

 

 

CRÔNICA

 

Aterrorizando o terrorismo

Wagner Seixas   (wagner.seixas@uai.com.br)

 

Desculpem-me os clientes pela insistência no assunto. Até porque, minha caixa eletrônica ficou entupida de mensagens. A maioria – e não fui tomado de surpresa – sustenta a tese do  ‘fez por merecer’. Calço a minha cara-de-pau para me aventurar em projeções sócio-políticas após os atentados nos Estados Unidos. Valho-me de alguma cintura, um pouco de experiência e da enxurrada de coisas que andam falando no planeta. Todos se arriscam e empregam sutilezas filosóficas ou argumentam de forma rude o que será do mundo a partir da tragédia. Em tom simplista, um dia após a catástrofe este quintal se firmou na tese de que nada será como antes e enxergou o nascimento de uma nova ordem mundial. Passadas duas semanas do extraordinário evento, arrisco dizer que o desmoronar das torres do WTC simbolizam a queda vertiginosa da política neoliberal. Ela já se vinha deteriorando e deteriorando nações a partir dos flagelantes tombos das Bolsas de Valores e sua arremetida contra a humanização. Com a derrocada comunista, urgia o nascimento de uma nova ideologia. Muitos pensadores tentaram cunhá-la a partir das experiências positivas de cada chamada Terceira Via, um produto ideológico inglês, mas sem substâncias aplicativas em países do Terceiro Mundo. Para nações que necessitam da intervenção do Estado nas questões sociais, seu expungir significa lançar milhares de pessoas à fossa da miséria plena. E o neoliberalismo e a massacrante globalização se mantêm diante desta lacuna ideológica e arremessam o planeta para um bojo de desigualdades, acentuando as enormes diferenças culturais e econômicas dos países. Enfim, o terrorismo nada mais é que um ato famígero, embora absurdo e injustificável, para tornar visível o destoar causado por essa plolítica. O ataque tende a forçar as nações ricas a repensar sua exuberância frente a uma miséria que mata, anualmente, apenas de fome, oito milhões de pessoas. Esse países viviam, até então, numa redoma encouraçada pelo dinheiro e pela tecnologia e nada, absolutamente nada, poderia lhes ameaçar. Li um artigo do filósofo esloveno Slajov Zizek e obtive o respaldo necessário para dar esta opinião: o neoliberalismo ruiu com as torres gêmeas. Zizek foi intuitivo e, ao mesmo tempo, realista ao estabelecer que os Estados Unidos viviam uma ‘irrealidade’ conquistada pelas ‘mentiras’ cinematográficas e de um sistema que lhes garante ampla proteção do mundo exterior. Quem assistiu ao filme  ‘Show de Truman’ , onde um cidadão comum vive num maravilhoso mundo armado num set de televisão, vai entender o esloveno. Zizek fala em  ‘desmaterialização da vida real” para que se possa viver num show espectral. Com os ataques, tudo ruiu. Os Estados Unidos deixarão de ser uma ilha da fantasia e vão procurar entender o outro lado da tela. Ao invés de dizerem ‘isso não pode acontecer aqui’ , ampliarão a frase para  ‘isso não pode acontecer  em lugar nenhum’ . A retaliação em questão é apenas um exibicionismo de força bélica para aterrorizar o terror. Os norte-americanos podem arrasar o já arrasado Afeganistão, mas não vão acabar com o terrorismo. Outros Osamas surgirão. Muito mais do que o poder dos mísseis, há a opção da convergência de todas as nações para eliminar tantas diferenças sociais e, sob a tutela da multiplicidade dos pensamentos, o respeito pelos aspectos culturais que a globalização empurrou para debaixo do tapete. Espero que, passado o ódio, prevaleça a racionalidade e dela se estabeleça uma nova ordem mundial. A essa caberia, sim, a alcunha de Justiça Infinita. O mundo não pode Ter paz enquanto existirem Rwanda e Serra Leoa em indigna bulimia. Vive-se uma guerra civil global e a queda das torres foi o sinal mais pertinaz desta contenda.

                                                            (Jornal Estado de Minas – 25 de setembro de 2001)

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 195

 

IR AO BANHEIRO, UMA ESCOLHA NEM SEMPRE ÓBVIA

 

Restaurantes e boates exageram na criatividade dos símbolos das portas e dificultam a vida de quem está no aperto

                                                                                                      (Letícia Helena)

 

"M" para um lado, "H" para outro e ninguém fica no aperto. Simples, não? Nem tanto: acertar a porta do banheiro nos restaurantes do Rio é uma tarefa que anda deixando muita gente com as calças na mão. A necessidade virou mãe da invenção para os decoradores que não economizam em criatividade. Às vezes, a confusão é líquida e certa: no Porcão de Ipanema, de tanto resgatarem clientes perdidos no banheiro errado, os donos optaram por incluir uma sinalização extra ao lado dos bustos em bronze que indicam - ou, pelo menos, deveriam indicar - o lado das mulheres e o lado dos homens.

- É complicado mesmo. Se eu não soubesse, bem que era capaz de entrar errado - diz o ator Thierry Figueira, de 17 anos, frequentador do Porcão.

(...)

A obvidade também passa longe da porta do banheiro do Antiquarius. Por conta disso, não raras vezes, os fregueses também passam longe da porta onde deveriam entrar: os painéis de azulejos com "dom limão" e "dona laranja" rendem histórias saborosas, que o maitre Uedson Peixoto Dias, 19 anos de casa, não se cansa de lembrar.

- Hoje mesmo resgatei duas senhoras que haviam entrado no banheiro dos homens. Fica mais elegante dizer "vou no laranja" do que "vou ao banheiro", mas, normalmente, quem vem pela primeira vez dá uma paradinha antes de se decidir - diz Dias.

(...)

No Luigi's, em Laranjeiras, aquela porta azul, sem letras ou desenhos, esconde um banheiro masculino. As mulheres devem se dirigir à porta cor-de-rosa. A divisão por cores até passa, na opinião da comerciante Márcia Brito. Mas, segundo ela, complicado é saber onde são os banheiros.

Já fiquei parada esperando alguém sair porque achava que podia ser a cozinha. Ainda prefiro o tradicional "homens" e "mulheres" - afirma.

 

 

Com base no texto, redija um parágrafo dissertativo tratando sobre a importância que a palavra assume no nosso meio social, bem como sobre os riscos decorrentes de não se saber interpretá-la adequadamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 196

 

Leia atentamente o texto a seguir.

 

 

QUESTÃO de pontuação

 

       João Cabral de Melo

 

Todo mundo aceita que ao homem

Cabe pontuar a própria vida;

Que viva em ponto de exclamação

(dizem: tem alma dionisíaca);

viva em ponto de interrogação

(foi filosofia, ora é poesia);

vive equilibrando-se entre vírgulas

e sem pontuação (na política):

o homem só não aceita do homem

que use a só pontuação fatal:

que use, na frase que ele vive

o inevitável ponto final.

 

(FAFEOD 2001) Com base no texto acima, redija um parágrafo dissertando  sobre a eficácia da pontuação como recurso substitutivo, na escrita, dos gestos, expressões fisionômicas e corporais, ritmo e tonalidade de voz, elementos essenciais à comunicação falada.

 

 

QUESTÃO 197

 

(FAFEOD 2001) As palavras revelam verdadeiramente nossas intenções?

 

Com base no texto seguinte, redija um parágrafo dissertativo abordando a idéia de que nenhum ato de fala é casual ou desprovido de segundas intenções.

 

Inimigos

                                                               Luis Fernando Veríssimo

 

        O apelido de Maria Teresa, para Noberto, era "Quequinha". Depois do casamento, sempre que queria contar para os outros uma da mulher, o Noberto pegava sua mão, carinhosamente, e começava:

        - Pois a Quequinha...

        E a Quequinha, dengosa, protestava:

        - Ora, Beto!

        Com o passar do tempo, o Noberto deixou de chamar a Maria Teresa de Quequinha.

        Se ela estivesse ao seu lado e ele quisesse se referir a ela, dizia:

        - A mulher aqui...

        Ou, às vezes:

        - Esta mulherzinha...

        ( O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo ataca em silêncio. O tempo usa armas químicas.)

        Com o tempo o Noberto, a esta altura, embora a chamasse de Ela, ainda usava um vago gesto da mão para indicá-la. Pior foi quando passou a dizer "essa aí" e apontar com o queixo.

        - Essa aí...

        E a apontava com o queixo, até curvando a boca com um certo desdém.

        (O tempo, o tempo. O tempo captura o amor e não mata na hora. Vai tirando uma asa, depois a outra...)

        Hoje, quando quer contar uma coisa da mulher, o Noberto nem olha na sua direção. Faz um meneio de lado com a cabeça e diz:

        - Aquilo...

Como era uma senhora solteira, ficava até um pouco puxado para o tarado o fato de ela não se dedicar a um bicho qualquer. É aqui que entra a papagaia, aliás, é aqui que ficou chato, porque a papagaia era levadíssima da breca, começou a dizer palavrões homéricos e a citar trechos completos da última peça de Nelson Rodrigues, inclusive confessando desejos incontidos. Já ia mandar a papagaia pro raio que a partisse, quando chegou um vizinho em visita. Ele quando soube do drama disse que tinha dois papagaios comportadíssimos, tão comportados, que passavam o dia rezando. “Eu boto a sua papagaia perto, pode ser que ela se manque e fique igual a eles, rezadeira.” A senhora agradeceu e a papagaia foi. Conforme o prometido, o vizinho deixou a papagaia num poleiro, entre os dois papagaios. Foi aí que um deles abriu o olho e ficou só observando a novidade. Quando teve certeza de que a papagaia era mesmo da pá virada, cutucou o outro e ordenou: “Pode parar de rezar porque ou eu me engano ou nossas preces acabam de ser atendidas!”

 

(SÉRGIO, Renato. Dupla exposição: Stanislaw Sérgio Ponte

                                                                                                           Porto Preta. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998. P.129)

 

QUESTÃO 198

 

Comentário:

 

Para chegar à piada com o desfecho inesperado contido na última frase, Sérgio Porto cria toda uma expectativa, fazendo, inclusive, menção ao estado civil da dona da papagaia e à “última peça de Nelson Rodrigues”.

 

O que você vai fazer:

Construindo um texto coeso e coerente, resumindo à metade (ou até menos), sem os detalhes dispensáveis mas garantindo a expectativa e a surpresa do fecho - obviamente com suas palavras - reconte esta piada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GABARITO

 

 

QUESTÃO 154

 

A

 

 

QUESTÃO 155

 

O papa, representante do pensamento da Igreja católica, estaria errado por acreditar exatamente no contrário do que afirmava Galileu Galilei, o qual foi condenado como herege pela Inquisição.

 

 

QUESTÃO 156

 

A coroa é signo de poder, de supremacia.

O sol coroado representa a estrela que, segundo o pensamento de Galileu, seria o centro do nosso universo.

 

 

QUESTÃO 157

 

A revista ISTOÉ teria sido necessária em 1611 para divulgar a verdade científica de Galileu e impedir que se retratasse diante da Igreja católica. Independente, como se diz, a revista não se sujeitaria à pressão da Igreja; formadora de opinião, talvez conseguisse apoio para o cientista.

 

 

QUESTÃO 158

 

A revista não teria se intimidado diante da Igreja católica, exatamente por se considerar ideologicamente independente.

 

 

QUESTÃO 159

 

Sugerem a data de publicação da revista a moldura floreada que cerca os textos, o traço do desenho, as fontes (tipos de letras) utilizadas, a encadernação.

 

 

QUESTÃO 160

 

O locutor é uma garota entre 10 e 15 anos (a idade pode variar conforme os costumes locais), cujo linguajar não permite identificar uma tribo em especial, nem uma região geográfica determinada: ela fala como uma adolescente típica, recorrendo a uma linguagem informal, compreensível pela média dos leitores da revista. O que é possível identificar na sua fala são os valores que preza em uma relação: sinceridade, modéstia, franqueza.

Percebe-se que o texto faz parte de uma reportagem, provavelmente publicada em jornal ou revista endereçada a jovens e elaborada a partir de entrevista sobre o tema com diferentes garotas. (Na verdade, o texto foi extraído da revista TODATEEN. São Paulo, Alto Astral, ano 5, n.59, out. 2000. p. 52-

 

 

QUESTÃO 161

 

B

 

 

QUESTÃO 162

 

B

 

 

 

 

QUESTÃO 163

 

D

 

 

QUESTÃO 164

 

Em “Olha o passarinho”, o que se pretende é destacar a ação verbal, levando o interlocutor à realização da ação, transformando-se em agente da ação desejada.

 

 

QUESTÃO 165

 

gostosos – sintagma adjetivo       

mais – adjunto adverbial de intensidade do adjetivo gostosos

O anunciante pretende enfatizar o sabor agradável dos biscoitos, sugerindo que ficou melhor o que já era bom.

O produto é comparado aos outros biscoitos do mercado, sobressaindo-se já que está associado ao melhor chocolate do mundo: o suíço.

 

 

QUESTÃO 166

 

Ele apenas e mais ninguém ganhou cem reais. Ou a quantia que ele ganhou foi considerável.

Ele poderia ter ganho mais; ele merecia mais.

O esforço foi pequeno se comparado ao dinheiro que recebeu.

Não tinha de fazer mais nada; só reduzir o consumo de energia.

 

 

QUESTÃO 167

 

Em (a), achar equivale a encontrar, descobrir.

Em (b), é utilizado no sentido de supor, pensar, considerar.

 

 

QUESTÃO 168

 

As reticências reforçam na gradação vi/achei/contei/recontei a idéia de admiração, surpresa, espanto e/ou incredulidade diante do que estava acontecendo.

 

 

QUESTÃO 169

 

Expressa a certeza do locutor em relação ao que está sendo dito.

 

 

QUESTÃO 170

 

Marca que o locutor considera o que está sendo dito uma realidade menos importante em relação ao que está por vir.

 

 

QUESTÃO 171

 

Identifica o tempo do que está sendo declarado como demarcado e preciso.

 

 

 

 

 

 

QUESTÃO 172

 

O que provocou o comentário do jornal foi o erro de concordância verbal em Os convênios assinados traduz...

a expressão sugere que um representante do Ministério da Educação não poderia cometer um deslize desses.

 

 

QUESTÃO 173

 

D

 

 

QUESTÃO 174

 

Proibições têm de ser explícitas.

Calvin tira as calças e cronicamente pretende ir comer fora para afrontar a falha no texto da proibição.

Não, pois a placa só diz para não parar; não faz referência a outros procedimentos.

 

 

QUESTÃO 175

 

E

 

 

QUESTÃO 176

 

Orientação para uso deste medicamento: antes de usá-lo, verifique se constam do rótulo as seguintes informações: nome do paciente, nome do médico, data de manipulação, validade e fórmula.

O pronome possessivo seu pode referir-se tanto ao destinatário do texto, indicado por meio do pronome de tratamento você, quanto ao medicamento em questão. Como os dois termos – você e medicamento – aparecem próximos do pronome seu, ele pode indicar seja um, seja o outro, embora pelo contexto seja mais cabível a referência a você.

 

 

QUESTÃO 177

 

O título  “Idéia fixa”

“Só pra variar” é uma expressão que indica que alguma coisa acontecerá de forma diferente da habitual. No entanto, no contexto apresentado, a expressão é irônica, porque representa exatamente o contrário. O SBT , segundo o articulista, tem o hábito de mostrar cenas ou situações apelativas do ponto de vista sexual.

 

 

QUESTÃO 178

 

B

 

 

QUESTÃO 179

 

E

 

 

QUESTÃO 180

 

E

 

 

 

QUESTÃO 181

 

B

 

 

QUESTÃO 182

 

(COLÉGIO PITÁGORAS – CIDADE JARDIM –BH) Os dois usaram a expressão “não tem onde cair morto” em sentido figurado, conotativo, querendo dizer que alguém estava em dificuldades financeiras. Mafalda, ingenualmente, entendeu a expressão no seu sentido literal, achando que estava difícil encontrar um lugar para um corpo ser enterrado. Esse equívoco na comunicação gerou o efeito humorístico da tirinha de Quino

 

 

QUESTÃO 183

 

D

 

 

QUESTÃO 184

 

C

 

 

QUESTÃO 185

 

A

 

 

QUESTÃO 186

 

A

 

 

QUESTÃO 187

 

Uma das interpretações pode ser a de que o papagaio saiu para se encontrar com a papagaia no lugar onde ela vivia.

A Segunda interpretação pode ser a de que o papagaio recebeu a papagaia no lugar onde ele vivia.

 

 

QUESTÃO 188

 

(...) poleiro dela.

(...) poleiro dele.

 

 

QUESTÃO 189

 

A

 

 

QUESTÃO 190

 

 

B

 

 

QUESTÃO 191

 

C

 

QUESTÃO 192

 

D

 

 

QUESTÃO 193

 

D

 

 

QUESTÃO 194

 

        Dentre as formas de comunicação a palavra ocupa um lugar de extrema importância, devido a sua eficiência e praticidade. É certo, porém, que em muitas situações do cotidiano, o ouvinte ou o leitor poderão encontrar formas lingüísticas pouco claras, o que fatalmente interferirá na compreensão da mensagem ou da informação testual.

        Por motivos variados: inadequação, ambigüidade, incorreções, ou até mesmo pelo aspecto polifômico de algumas palavras ou expressões, pode-se interpretar erradamente um texto. O "ruído" pode levar a um equívoco na comunicação, acarretando desentendimento, constrangimento, confusão e até danos morais e materiais. Bom senso na formulação de perguntas e respostas, ordens e pedidos, avisos e informações, entre outros, é fundamental para não se expor ninguém a situações complicadas.

 

 

QUESTÃO 195

 

(FAFEOD 2001) Na fala, os interlocutores se comunicam em tempo real, utilizando-se, além das palavras e frases, de recursos como gestos, expressões fisionômicas e corporais, entonação. Mesmo assim, são, às vezes, interrompidos por um ouvinte que não entendeu perfeitamente uma mensagem ou um ponto de vista expresso pelo falante. No texto escrito contamos exclusivamente com as palavras. A informação precisa ser clara, objetiva e correta para que haja um perfeito entendimento. Nesse momento a pontuação é essencial: ela é responsável pela emoção que o texto passa ao leitor, servindo de modalizador para percebemos a alegria, a dúvida, a hesitação, a ironia, a crítica, a tristeza e a certeza expressas nas orações e períodos. Virgulas e pontos dão agilidade ou morosidade às frases, travessões e parênteses inserem avaliações subjetivas, tornando um texto algo cheio de vida.

 

 

QUESTÃO 196

 

(FAFEOD) A fala reflete nossa leitura do mundo, nossas avaliações e julgamentos. É por meio dela que vamos expor nossos pensamentos e idéias. Nada do que falamos consegue ser inteiramente imparcial ou impessoal. Palavras e frases são escolhidas de acordo com nossos propósitos, a entonação denuncia nossas emoções. Por isso mesmo, nenhum ato de fala é casual, ele revela a intenção comunicativa do falante no simples fato de usar um vocabulário mais ou menos formal, na presença dos adjetivos permeando um discurso, na escolha de advérbios modalizadores e pausas bastante significativas.

 

 

QUESTÃO 197

 

Aquela solteirona tinha uma papagaia muito sem vergonha que conhecia todos os palavrões e contava histórias picantes. Estava disposta a desfazer-se dela, quando um vizinho foi visitá-la e soube do problema. O homem sugeriu-lhe que colocasse a papagaia perto de seus dois papagaios, pois eles eram comportadíssimos e só faziam rezar o dia todo. Acreditavam que a papagaia fosse regenerar-se. Assim foi feito: O vizinho levou a papagaia para casa e assim que seus dois animais ouviram a “menina” exclamaram: “Podemos parar de rezar, fomos atendidos em nossas preces”.

 

 

 

 





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