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O Banco de Questões da 3ª série visa a dar suporte ao professor em provas e exercícios avaliativos. O critério para a elaboração do mesmo é o da relevância e identidade com o material com que professor e aluno trabalham habitualmente em sala de aula. Várias atividades sugeridas ao longo dos capítulos foram, de alguma maneira, retomadas em questões deste banco.

Bom trabalho .






Conteúdos / Capítulos
Questões
Modernismo brasileiro: poesia e prosa –cap.1.( Noções de Versificação)


Q. 15 a Q.19, Q. 33, Q. 35, Q. 36 e Q. 40
Movimentos de Vanguarda Européia
Q. 26 a Q. 30
Interpretação de texto
Q. 01, Q. 08 a Q.10, Q.25, Q. 34
Semana de Arte Moderna
Q.13, Q.14, e Q. 35
Grupos modernistas/ fases
Q.02, Q.03, Q.04 a Q.07, Q. 17, Q. 20, Q.21,
Q.31
Contemporaneidade: poesia e prosa – cap.2
Q. 11, Q.12, Q. 22, Q.23 e Q.24 Q.32,
Q. 37, Q.38 e Q.39

















I.             QUESTÕES OBJETIVAS



QUESTÃO 01 (Descritor: interpretar texto poético modernista)

Assunto: Interpretação de texto

Leia, atentamente, o texto abaixo. Em seguida, responda às questões correspondentes a ele.

                                      CARTA DE PERO VAZ

                   A terra é mui graciosa,
                   Tão fértil eu nunca vi.
                   A gente vai passear,
                   No chão espeta um caniço,
                   No dia seguinte nasce
                   Bengala de castão de oiro.
                   Tem goiabas, melancias.
                   Banana que nem chuchu.
                   Quanto aos bichos, tem-nos muitos.
                   De plumagens mui vistosas.
                   Tem macaco até demais.
                   Diamantes tem à vontade,
                   Esmeraldas é para os trouxas.
·        Reforçai, Senhor, a arca.
                   Cruzados não faltarão.
                   Vossa perna encanareis,
                   Salvo o devido respeito.
                   Ficarei muito saudoso
Se for embora d’aqui.
- Murilo Mendes -

A respeito do texto acima, é INCORRETA a afirmativa:

a) o eu - lírico do poema é o português, escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral.
b) a linguagem é coloquial: a gente, Esmeraldas é para os trouxas.
c) o humor é possibilidade de revisão do descobrimento do Brasil.
d) a paráfrase feita é o resgate histórico da certidão de nascimento do país.


QUESTÃO 02 (Descritor: reconhecer temas modernistas em trecho lido.)

Assunto: Grupos modernistas/fases

O único tema modernista que NÃO se pode perceber no poema de Murilo Mendes é:

a) preocupação com as raízes de brasilidade: a composição possui traços da tendência primitivista.
b) questionamento da versão de que os colonizadores queriam salvar almas: o poema aponta interesses comerciais.
c) quebra da tradição poética conservadora, comum em épocas literárias anteriores: os versos são brancos, sem rimas.
d) necessidade de provocar polêmica com os poetas parnasianos: o texto denuncia problemas sociais antigos.










QUESTÃO 03 (Descritor: identificar recursos indicadores de irreverência)

Assunto: Grupos modernistas/fases

A irreverência modernista está presente em todos os itens abaixo, EXCETO:

a) no fato de o eu - lírico ser o mensageiro das novidades ao rei D. Manuel.
b) na abordagem debochada do primeiro documento escrito do país.
c) na sugestão de como Portugal exploraria os recursos minerais do Brasil.
d) na menção a elementos da fauna e flora que, em 1500, não eram conhecidos.


QUESTÃO 04 (Descritor: caracterizar poema em tendência modernista)

Assunto: Grupos modernistas/fases

O texto lido foi publicado na segunda fase do Modernismo brasileiro, porém ele possui o tom piadista e debochado da corrente modernista denominada:

a) primitivista.
b) espiritualista.
c) nacionalista ufanista.
d) desvairista.


QUESTÃO 05 (Descritor: analisar intenções do artista em poema lido)

Assunto: Grupos modernistas/fases

                                                    “ Ode Triunfal”

Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos.
De vos ouvir demasiadamente de perto.
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressões de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas.
                       ( ... )
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
                                                                                                      - Fernando Pessoa -

NÃO se percebe no poema:



a)  referência aos avanços tecnológicos.                   
b)  respeito ao comportamento conservador.
c)  ânsia de acompanhamento ao mundo novo.        
d)  exaltação ao progresso veloz da sociedade.




QUESTÃO 06 (Descritor: classificar em texto lido movimento de vanguarda européia)

Assunto: Grupos modernistas/fases

O trecho do poema lido, de autoria do português Fernando Pessoa, possui características do movimento de vanguarda européia denominado:

a) Surrealismo
b) Dadaísmo
c) Futurismo
d) Expressionismo


QUESTÃO 07 (Descritor: classificar vocábulos e expressões em um mesmo campo semântico)

Assunto: Grupos modernistas/fases

Em todas as alternativas, foram apresentadas expressões que indicam que o texto de Fernando Pessoa possui traços futuristas, EXCETO:

a) ruídos modernos
b) arde-me a cabeça
c) excessos contemporâneos
d) automóvel último-modelo


Leia os dois textos abaixo. O primeiro é de um autor romântico; o segundo, de um poeta modernista. Em seguida, responda às questões 08 e 09.


I – Mulher, irmã, escuta-me: não ames.
    Quando a teus pés um homem terno e curvo
    Jurar amor, chorar pranto de sangue,
    Não creias não, mulher: ele te engana!
    As lágrimas são galas de mentira
    E o juramento manto da perfídia.               (Joaquim Manuel de Macedo)

II – Teresa, se algum sujeito bancar o sentimental em cima de você
    E te jurar uma paixão do tamanho de um bonde
    Se ele chorar
    Se ele se ajoelhar todo
    Não acredita não Teresa
    É lágrima de cinema
    É tapeação
    Mentira
    Cai fora                                                          (Manuel Bandeira)


QUESTÃO 08 (Descritor: comparar textos de diferentes momentos literários)

Assunto: Interpretação de texto

Assinale a afirmativa INCORRETA.

a)  O texto II mantém diálogo intertextual com o texto I.
b)  Manuel Bandeira atualiza a linguagem do poema do século XIX.
c)  O eu - lírico de ambos os textos assume papel de protetor da mulher.
d)  O escritor modernista rompe com a mensagem principal de Macedo.


Questão 09 (Descritor: associar textos de diferentes estilos de época)

Assunto: Interpretação de texto

As expressões destacadas do texto I correspondem ao sentido das enumeradas, EXCETO em:

a)   Mulher =  Teresa.
b)  Não ames  = Cai fora.
c)   Chorar pranto de sangue  = É lágrima de cinema.
d)  Ele te engana  = É tapeação.






QUESTÃO 10 (Descritor: enumerar objetivos do artista ao escrever poema)

Assunto: Interpretação de texto

                                                  OURO PRETO

               Ouro branco! Ouro preto! Ouro poder! De cada
               Ribeirão trepidamente e de cada recosto
               De montanha o metal rolou da cascalhada
               Para o fausto d´El Rei, para a glória do imposto.

               Que resta do esplendor de outrora? Quase nada.
               Pedras... templos que são fantasmas ao sol-posto.
               Esta agência postal era a Casa-de-Entrada...
              Este escombro foi um solar... Cinza e desgosto.                    (Manuel Bandeira)

Nos versos acima, pode-se perceber tudo quanto é enumerado a seguir, EXCETO:

a)  constatação da necessidade de deglutição das idéias culturais de outros povos.
b)  defesa e reavaliação do cenário brasileiro de ontem, época de riquezas.
c)  tristeza pela decadência do país, o qual não usufruiu de seu rico sub-solo.
d)  referência à exploração das preciosidades minerais do Brasil.


QUESTÃO 11 (Descritor: reconhecer traços concretistas em poema contemporâneo)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

PARKER
TEXACO
            ESSO
             FORD
                                                  ADAMS
                                                  FABER
MELHORAL
SONRISAL
                            RINSO
                            LEVER
                            GESSY
RGE
GE
                                                 MOBILOIL
                                                 KOLYNOS
                           ELETRIC
                           COLGATE
                           MOTORS
                                         GENERAL
casas pernambucanas
                                                                                                          - Paulo Leminski -

O texto de Paulo Leminski se aproxima das obras concretistas por todos os motivos enumerados abaixo, EXCETO:

a) exploração do espaço em branco como elemento significativo.
b) contraste entre valorização do que é estrangeiro e do que é nacional.
c) uso de letras maiúsculas para realçar nome de empresas internacionais.
d) abolição do verso, estratégia concretista confirmada no poema.






QUESTÃO 12 (Descritor: contextualizar fenômenos sociais a partir de versos lidos)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

O contexto social sugerido pelo artista Leminski, possui um tom semelhante aos dos versos de Murilo Mendes, citados na alternativa:

a) A primeira pros londrinos,/ Pra assentarem os telefones.../ A segunda aos holandeses,/ Pra ensinarem a fazer queijo.../ A terceira pros franceses.../ A quarta foi para os turcos,/ Pra vender chitas, miçangas.../ As outras cinco fazendas,/ entregaram aos lisboetas...
(Divisão das capitanias)
b) Os emboabas, furiosos,/ Avançam para os paulistas,/ Gritam: “Depois do café/ Se costuma beber água”,/ Se embolaram com os paulistas,/ Atiraram eles no rio,/ Lhes dão água pra beber,/ Toda vermelha de sangue,/ Na cuia do rio das Mortes.
(O café dos emboabas)
c) Nem só de pão vive o homem,/ Vive de mágoas também./ Pra distrair minhas mágoas/ Namoro e toco vitrola./ Vamos tocando assim mesmo,.../ A terra e a gente são boas.../ Deus até nasceu aqui.
(Discurso do filho do Jeca)
d) Um presidente resolve/ Construir uma boa escola/ Numa vila bem distante./ Mas ninguém vai nessa escola:/ Não tem estrada pra lá./ Depois ele resolveu/ Construir uma estrada boa/ Numa outra vila do Estado.
(Linhas paralelas)


QUESTÃO 13 (Descritor: reconhecer antecedentes da Semana de Arte Moderna)

Assunto: Semana de Arte Moderna

São acontecimentos anteriores à Semana de Arte Moderna o(a):

a)  Primeira Guerra Mundial.
b)  Revolução Russa.
c)  leitura do poema “Os sapos”.
d)  exposição de Anita Malfatti.


QUESTÃO 14 (Descritor: analisar os ideais modernistas da SAM)

Assunto: Semana de Arte Moderna

Todas as citações abaixo traduzem os ideais modernistas que nortearam o comportamento dos artistas em 1922, EXCETO:

a)  ...foi uma ruptura, foi um abandono de princípios e de técnicas conseqüentes, foi uma revolta contra o que era a inteligência nacional...
b)  Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em conseqüência disso fazem arte pura...
c)  E vivemos uns oito anos, até perto de 1930, na maior orgia intelectual que a história artística do país registra.
d)  Ver com olhos livres pressupõe uma abertura para assumir tudo o que somos, como se fôssemos uma criança que estivesse vendo o país pela primeira vez.












As questões 15 a 19 se referem ao poema abaixo.

                            SONETO DE FIDELIDADE

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, fim de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
                                                                     (Vinícius de Morais)

QUESTÃO 15 (Descritor: interpretar soneto modernista)

Assunto: Modernismo brasileiro: poesia e prosa

Na composição lida, o eu - lírico é:

a)  preocupado com a possibilidade de o amor não ser correspondido.
b)  cuidadoso com a pessoa amada, com quem ele se envolve.
c)  consciente de que o amor é efêmero, desaparece por dois motivos.
d)  angustiado diante da certeza de que pode ser relegado a segundo plano.
e)  desanimado por saber que o amor só é importante para os românticos.


QUESTÃO 16 (Descritor: reconhecer intenções do eu - lírico em parte do texto lido)

O último terceto do poema sugere que o eu - lírico pretende amar

Assunto: Modernismo brasileiro: poesia e prosa.

a)  embora o sentimento não seja correspondido.
b)  mesmo sabendo que será esquecido.
c)  apesar de a mulher amada demonstrar-lhe indiferença.
d)  ainda que o sentimento amoroso seja contraditório.


QUESTÃO 17 (Descritor: analisar imagens antitéticas em vocabulário empregado no texto lido)

Assunto: Modernismo brasileiro: poesia e prosa

A idéia de contraste, de oposição estão explícitas nos termos apresentados na alternativa:

a) atento/ zelo.
b) canto/ contentamento.
c) morte/ solidão.
d) riso/ pranto.
e) imortal/ infinito.





QUESTÃO 18 (Descritor: aplicar conceitos de versificação em poema modernista)

Assunto: Modernismo brasileiro: poesia e prosa

Vinícius de Morais, autor modernista se aproxima do estilo parnasiano de composição, PORQUE:

a)  escreve acerca das emoções humanas.
b)  usa métrica e rima no soneto criado.
c)  explora técnica do cavalgamento nas estrofes.
d)  elabora poema de caráter metalingüístico.


QUESTÃO 19 (Descritor: analisar título de texto)

Assunto: Modernismo brasileiro: poesia e prosa

Marque a alternativa que NÃO contém interpretação aceitável acerca do título do soneto lido.

a)  Demonstra a disposição da voz poética em se dedicar ao relacionamento.
b)  Sugere qual é o perfil do amante com o sentimento abordado.
c)  Considera que a ligação amorosa pressupõe exclusividade.
d)  Alerta outros amantes para o comportamento do verdadeiro amante.
e)  Retrata a preocupação da voz poética em enfrentar os dissabores da traição.


QUESTÃO 20 (Descritor: distinguir tipo de nacionalismo explorado no Modernismo)

Assunto: Grupos modernistas/fases

O único texto da relação abaixo que possui teor ufanista é o correspondente à alternativa:

a) A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
b) A língua não me chegava pelos jornais nem pelos livros/ Vinha da boca do povo na língua errada do povo/ língua certa do povo/ Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil...
c) Nosso nacionalismo é de afirmação, de colaboração coletiva, de igualdade dos povos e das raças, de liberdade do pensamento, de crença na predestinação do Brasil na humanidade, de fé em nosso valor de construção nacional.
d) E assim o Brasil começa a se dizer de maneira mais direta nos versos de seus poetas. Abaixo os puristas. Rompem-se as amarras com a tradição, a língua portuguesa fica mais brasileira, “bárbara e nossa”, como quer Oswald de Andrade.


QUESTÃO 21 (Descritor: reconhecer caráter irreverente dos autores da 1ª. Fase modernista)

Assunto: Grupos modernistas/fases

O tom piadista e irônico dos autores modernistas da 1ª. Fase, está presente em todos os versos de Murilo Mendes, EXCETO:

a)   O rei português mandou/ Buscar um frasco de sais/ Depois um padre chamou/ Pra decifrar a mensagem;/ Logo ficou sabendo/ Dá com a cabeça no chão,/ Depois desanda a arrotar.
b)  Qualquer dia dou um grito,/ Mando às favas Portugal,/ Toda a corte de Bragança./ Qualquer dia dou um cascudo/ No tal ministro inglês.
c)   Foi nas margens do Ipiranga,/ Em meio a uma pescaria./ Sentindo-se mal, D. Pedro/ - comera demais cuscuz -/ Desaperta a barriguilha/ E grita roxo de raiva:/ “Ou me livro d´esta cólica/ Ou morro logo d´ua vez!”
d)  Se eu não tivesse chorado/ Nunca teria mamado,/ Não estava agora cantando,/ Não teria um automóvel,/ Estaria caceteado,/ Assinando promissória...
e)   O padre era mesmo bom,/ Deu a mão a muita gente,/ Deu a luz a muita gente,/ Muitos colégios fundou.


Leia atentamente o fragmento do conto O BÚFALO, de Clarice Lispector. Ele é o texto de referência para a resolução das questões 22 a 24.

         ... A mulher desviou os olhos da jaula, onde só o cheiro quente lembrava a carnificina que ela viera buscar no Jardim Zoológico. Com os punhos nos bolsos do casaco, olhou em torno de si, rodeada pelas jaulas, enjaulada pelas jaulas fechadas. Continuou a andar. Os olhos estavam tão concentrados na procura que sua vista às vezes se escurecia de sono, e então ela se refazia como na frescura de uma cova. “Deus, me ensinou somente a odiar.”
         “Eu te odeio”, disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. “Eu te odeio”, disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma? Andou pelo Jardim Zoológico entre mães e crianças. Recomeçou a andar em direção aos bichos. Estava com a testa tão encostada às grades que por um instante lhe pareceu que ela estava enjaulada e que um quati a examinava.
         A jaula era sempre do lado onde ela estava: deu um gemido que pareceu vir da sola dos pés. Depois outro gemido... Não era ódio ainda, por enquanto apenas a vontade atormentada de ódio como um desejo, à promessa do desabrochamento cruel, um tormento de amor, a vontade de ódio se prometendo sagrado sangue e triunfo, a fêmea rejeitada espiritualizara-se na grande esperança. Mas onde, onde encontrar o animal que lhe ensinasse a ler o seu próprio ódio? Onde aprender a odiar para não morrer de amor? E com quem? Deu um gemido áspero e curto, o quati sobressaltou-se, enjaulada olhou em torno de si e como não era pessoa em quem prestassem atenção, encolheu-se como uma velha assassina solitária, uma criança passou correndo sem vê-la.
         Abriu os olhos devagar. Abaixou de novo a cabeça e ficou olhando o búfalo ao longe... E os olhos do búfalo, os olhos olharam seus olhos. Olhos pequenos e vermelhos a olhavam. Os olhos do búfalo. Lentamente a mulher meneava a cabeça, espantada com o ódio com que o búfalo, tranqüilo de ódio, a olhava. Presa, enquanto escorregava enfeitiçada ao longo das grades. Em tão lenta vertigem que antes do corpo baquear macio a mulher viu o céu inteiro e um búfalo.


QUESTÃO 22 (Descritor: analisar texto em prosa modernista)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

A partir do trecho lido, inferimos que a jaula do zoológico tem um significado simbólico na narrativa. Todas as alternativas interpretam de forma aceitável o significado da jaula para a protagonista, EXCETO:

a)  desencadeia nela um processo de auto-análise.
b)  faz com que ela reconheça o seu interior angustiado.
c)  substitui a prisão psicológica da personagem infeliz.
d)  representa a impotência para se libertar das tristezas corriqueiras.


QUESTÃO 23 (Descritor: estratégias de construção do texto)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

A respeito do processo de construção do texto, é INCORRETA a afirmativa:

a)  narrador personagem, interage com o leitor.
b)  presença de discurso indireto livre.
c)  descrição de estados interiores.
d)  fluxo de consciência em operação.
e)  utilização de tempo psicológico.











QUESTÃO 24 (Descritor: analisar comportamento de personagem)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

A respeito da protagonista é CORRETO afirmar que ela:

a)  se comporta resignadamente depois da rejeição sofrida.
b)  encena a experiência de ser consumida pelo ódio.
c)  reprime as sensações que emergem do inconsciente.
d)  busca nas mães, no zoológico, conforto para as angústias.


II.           QUESTÕES ABERTAS


QUESTÃO 25 (Descritor: analisar intenções do eu - lírico nos versos lidos)

Assunto: Interpretação de texto

Redija um parágrafo EXPLICITANDO as duas mensagens enviadas pelo eu - lírico ao rei D. Manuel, mas que estão apenas sugeridas nos cinco últimos versos do poema CARTA DE PERO VAZ, de Murilo Mendes.
- Ver o poema na questão 01 (parte objetiva) deste banco de questões.


QUESTÔES 26 a 29 (Descritor: reconhecer movimentos de vanguarda européia e justificar classificação feita)

Assunto: Movimentos de vanguarda européia

Classifique o movimento de vanguarda européia selecionado nas questões 26 a 29. Justifique cada classificação feita.


QUESTÃO 26
                   Hípica

Saltos records
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails                                     
(Oswald de Andrade)


QUESTÃO 27

Nós declaramos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre adornado de grossos tubos como serpentes de fôlego explosivo... Um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais belo que a Vitória de Samotrácia.
                                                                       (Filippo Tommasio Marinetti)












QUESTÃO 28

         Pré-história

Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos.
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.                                  
  (Murilo Mendes)


QUESTÃO 29

Digam a si mesmos que a literatura é um dos mais tristes caminhos que levam a tudo. Escrevam depressa, sem um assunto preconcebido, bastante depressa para não conterem e não serem tentados a reler. A primeira frase virá sozinha.                                 
(André Breton)


QUESTÃO 30

A realidade que circunda o artista é horrível, por isso ele a deforma ou a elimina, criando a arte abstrata. A intimidade e a vivência da dor derivam do sentido trágico da vida e causam uma deformação significativa torturada. A arte se desvincula do conceito de belo e feio, torna-se uma forma de contestação.
                                                                            (William Roberto Cereja)


As questões 31 a 33 se referem ao texto abaixo.

erro de português

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português                      
 ( Oswald de Andrade )


QUESTÃO 31 (Descritor: explicitar conceito de ambigüidade a partir de texto lido)

Assunto: Grupos modernistas/fases

a) Conceitue ambigüidade.
b) Explicite de que maneira o conceito de ambigüidade é explorado no título do texto.


QUESTÃO 32 (Descritor: enumerar características modernistas presentes no poema)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

Cite três características do Modernismo brasileiro que são evidentes no poema erro de português.
a)
b)
c)

A partir do texto Canção, de Cecília Meireles, responda ao que se pede.

                                      CANÇÃO

                   Pus o meu sonho num navio
                   e o navio em cima do mar;
                   - depois, abri o mar com as mãos
                   para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
                   do azul das ondas entreabertas
                   e a cor que escorre dos meus dedos
                   colore as areias desertas.
                   (...)
                   chorarei quanto for preciso,
                   para fazer com que o mar cresça,
                   e o meu navio chegue ao fundo
                   e o meu sonho desapareça.

                   Depois, tudo estará perfeito;
                   praia lisa, águas ordenadas,
                   meus olhos secos como pedras
                   e as minhas duas mãos quebradas.


QUESTÃO 33 (Descritor: aplicar conceitos de teoria literária em texto)

Assunto: Modernismo brasileiro: poesia e prosa

Identifique no poema Canção:

a)  Versos da primeira estrofe que indicam o tema do texto: renúncia.
b)  Rimas consoantes (repetição do som de vogais e consoantes).
c)  Sinestesia (mistura de sensações) presente na segunda estrofe.
d)  Número de sílabas poéticas do segundo verso da terceira estrofe.


QUESTÃO 34 (Descritor: reconhecer elementos intertextuais no confronto entre versos de autores diferentes)

Assunto: Interpretação de texto

Nos versos de Murilo Mendes, existe diálogo parodístico com a “Canção do Soldado”. Redija um pequeno texto JUSTIFICANDO, com expressões e/ ou versos dos poemas, a afirmativa acima.

A paz queremos com fervor,                                          Quero paz a vida inteira,
A guerra só nos causa dor;                                            A guerra produz a dor,
Porém se a Pátria amada                                       Dor de barriga e outras mais.
For um dia ultrajada,                                                        Quero paz e quero amor. (Murilo Mendes)
Lutaremos com valor. (Capitão Cassula)













QUESTÃO 35 (Descritor: analisar aspectos metalingüísticos de poema modernista)

Assunto: Semana de Arte Moderna

O poema DISCURSO é de caráter metalingüístico. Redija um parágrafo padrão CONCORDANDO com a afirmativa. O texto deverá expor qual é o conceito de literatura apresentado pelo eu - lírico, expressões e versos do poema que comprovem as argumentações e justificativa para o título da composição poética lida. Faça rascunho e transcreva a versão definitiva para a folha de respostas.

                                               DISCURSO

                   E aqui estou, cantando.

                   Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
                   deixa seu ritmo por onde passa.

                   Venho de longe e vou para longe:
                   mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
                   e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes andaram.

                   Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
                   mas houve sempre muitas nuvens.

                   Pois aqui estou, cantando.
                  
                   Se eu nem sei onde estou,
                   como posso esperar que algum ouvido me escute?

                   Ah! se eu nem sei quem sou,
                   como posso esperar que venha alguém gostar de mim?


QUESTÃO 36 (Descritor: Reconhecer elementos poéticos explorados em texto)

Assunto: Movimentos de vanguarda européia.

A partir do texto Retrato, de Cecília Meireles, estabeleça oposição entre o perfil anterior e o atual do eu - lírico.

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio tão amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?












As questões 37 e 38 se referem ao trecho da obra Um copo de cólera, de Raduan Nassar.


QUESTÃO 37 (Descritor: Identificar traços característicos da prosa pós-moderna)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa.

...” você acha que estou nessa de te surrar, hem imbecil?” E vendo nisso quem sabe um recuo, fraqueza, ou sei lá o quê, e associando tudo isso do seu jeito, ela reagiu que nem faísca, e foi metálico, e foi cortante o riso de escárnio “há-há-há...(1) bicha!” foi a mordida afiada da piranha, traindo-se por sinal, ela que trombeteava o protesto contra a tortura enquanto era ao mesmo tempo um descarado algoz do dia-a-dia, igualzinha ao povo, feito à sua imagem, lá nos estádios de futebol, igualzinha ao governo, repressor, que ela sem descanso combatia, eu só sei que aí a coisa foi suspensa, o circo pegou fogo,(2) minha arquitetura em chamas veio abaixo,(3) inclusive os ferros da estrutura e minha mão voando outra explosão na cara dela...

a)  Comente a pontuação caótica empregada por Raduan Nassar e explicite qual o efeito de sentido obtido com ela.
b)  Transcreva uma expressão do texto que comprove que o diálogo entre as personagens é tenso e violento
c)  Redija uma frase clara, coerente e completa que justifique o que deixou o homem fora de si a certa altura da conversa com a mulher.


QUESTÃO 38 (Descritor: Interpretar linguagem figurada)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

Apresente, em frases claras, objetivas e completas, o significado das expressões grifadas e numeradas no texto.

(1)____________________________________________________________________________________
(2)____________________________________________________________________________________
(3)____________________________________________________________________________________


QUESTÃO 39 (Descritor: caracterizar o eu - lírico a partir da voz poética dos versos lidos)

Assunto: Contemporaneidade: poesia e prosa

Redija duas frases argumentativas para traçar o perfil do eu - lírico dos poemas abaixo.

a)  A vida vai no meu peito,/ mas é quem vai me levando:/ tição ardente velando,/ girassol na escuridão./ Carrego um grito que cresce/ cada vez mais na garganta,/ cravando seu travo triste/ na verdade do meu canto. (Thiago de Mello)
b)  Enquanto vou entre automóveis e ônibus/ entre vitrinas de roupas/ nas livrarias/ nos bares/ tic tac tic tac/ pulsando há 45 anos/ esse coração oculto/ pulsando no meio da noite, da neve, da chuva/ debaixo da capa, do paletó, da camisa/ debaixo da pele, da carne,/ combatente clandestino aliado da classe operária/ meu coração de menino  (Ferreira Gullar)














QUESTÃO 40 (Descritor: interpretar texto metalingüístico)

Assunto: Modernismo brasileiro: poesia e prosa

Leia com atenção o soneto de Olavo Bilac.

                            INANIA VERBA

Ah! Quem há de exprimir, alma impotente e escrava,
O que a boca não diz, o que a mão não escreve?
- Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e em breve,
Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...

O pensamento ferve, e é um turbilhão de lava:
A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada abafa a Idéia leve,
Que, perfume e clarão, refulgia e voava.

Quem o molde achará para a expressão de tudo?
Ai! Quem há de dizer as ânsias infinitas
Do sonho? E o céu que foge à mão que se levanta?

E a ira muda? E o asco mudo? E o desespero mudo?
E as palavras de fé que nunca foram ditas?
E as confissões de amor que morrem na garganta?!

a)  O texto de Bilac se constrói a partir do monólogo angustiado da voz poética, diante da dificuldade de expressão. Redija um pequeno texto argumentativo EXPLICITANDO quais são as principais reflexões do poeta acerca da composição poética.
b)  Enumere as antíteses empregadas no soneto para caracterizar pensamento e forma.

































GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 01:
D

QUESTÃO 13:
C
QUESTÃO 02:
D

QUESTÃO 14:
B
QUESTÃO 03:
A

QUESTÃO 15:
C
QUESTÃO 04:
A

QUESTÃO 16:
D
QUESTÃO 05:
B

QUESTÃO 17:
D
QUESTÃO 06:
C

QUESTÃO 18:
B
QUESTÃO 07:
B

QUESTÃO 19:
E
QUESTÃO 08:
D

QUESTÃO 20:
C
QUESTÃO 09:
C

QUESTÃO 21:
E
QUESTÃO 10:
A

QUESTÃO 22:
C
QUESTÃO 11:
B

QUESTÃO 23:
A
QUESTÃO 12:
A

QUESTÃO 24:
B


GABARITO DAS QUESTÕES ABERTAS


QUESTÃO 25


Pero Vaz de Caminha afirma que Portugal não mais terá problemas financeiros e que não gostaria de viver em outro lugar que não fosse o Brasil.


QUESTÃO 26

Cubismo – Multiplicação de planos e focos narrativos, fragmentação.


QUESTÃO 27

Futurismo – Culto à velocidade, ao progresso e à tecnologia.


QUESTÃO 28

Surrealismo – Clima de sonho, de irrealidade, imagens ilógicas.


QUESTÃO 29

Surrealismo – Escrita automática traz à tona o inconsciente.


QUESTÃO 30

Expressionismo – Deformação da realidade expõe os horrores do dia-a-dia: literatura engajada.






QUESTÃO 31

a)  Ambigüidade é a possibilidade de se interpretar um texto de, pelo menos, duas maneiras diferentes.
b)  Erro de português = desvio da norma culta, incorreção gramatical.
                                    = equívoco do colonizador europeu, que menosprezou a cultura indígena quando aqui aportou em 1.500, ou seja, comportamento reprovável de Cabral e sua esquadra.

QUESTÃO 32

Versos brancos e livres.
Ausência de pontuação.
Coloquialismo lingüístico.
Irreverência na releitura dos fatos históricos.
Reflexão bem-humorada sobre nossas raízes nacionais.
Referência à fauna e à flora do Brasil.

QUESTÃO 33

a)   Pus o meu sonho num navio/ para o meu sonho naufragar /                                                                e o meu navio chegue ao fundo/ e o meu sonho desapareça.
b)  Entreabertas/ desertas                ordenadas/ quebradas
c)   Minhas mãos ainda estão molhadas/ do azul das ondas entreabertas
d)  Pa/ ra / fa / zer / com / que o / mar / crês / ça  = 08 sílabas poéticas


QUESTÃO 34

Capitão Cassula constrói, em seu hino, a imagem de um soldado valente, corajoso, que é capaz de enfrentar perigos para defender a pátria. Murilo Mendes ridiculariza a figura dos defensores do país, ao modificar o sentido do vocábulo “dor” e sugerir com isso que o soldado brasileiro é indolente e medroso.


QUESTÃO 35

Cecília Meireles, em Discurso, reflete acerca do ato de escrever e apresenta o perfil de poeta como sendo aquele que é irmão do vento e das águas. Literatura, no poema, é definida como sinônimo de transformação,de mudança constante: Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,/ mas houve sempre muitas nuvens. O título pressupõe fala, diálogo, exposição e defesa oral de idéias: E aqui estou, cantando.

QUESTÃO 36

Antes, o eu - lírico era alegre, forte, esperançoso, disposto a enfrentar a vida.
Hoje, o poeta é frágil, tristonho, desanimado com as transformações ocorridas nele.

QUESTÃO 37

a)  A pontuação é tão caótica quanto a cena em que as duas personagens se envolvem. Não há pausa entre as falas e a reação dos dois.
b)  Mordida afiada de piranha... Minha mão voando na cara dela.
c)  A mulher, na briga, faz referência ao comportamento político do homem.

QUESTÃO 38

1.   Ela se encolerizou e resolveu ofendê-lo.
2.   A discussão atingiu o ponto máximo de tensão.
3.   O homem se descontrolou e reagiu com violência às palavras ouvidas.





QUESTÃO 39

a)  A voz poética é uma pessoa que tem a vida como mola propulsora para suas ações. O eu - lírico é apaixonado pela vida e faz dela forma de iluminar o mundo. É corajoso e faz da arte a proclamação da verdade.
b)  O eu - lírico é um homem maduro, mas com alma de criança. É pessoa engajada na defesa dos pobres e sua luta por justiça social levou-o à clandestinidade ( exílio?)


QUESTÃO 40

a)  A idéia brilhante, a inspiração para a criação literária se enfraquecem quando o artista tenta traduzÍ-la em palavras. Essa impotência cria nele insatisfação e revolta. As indagações finais sugerem que o poeta é incapaz de aceitar esse fracasso, apesar de o próprio texto ser uma prova contrária de sua limitação.
b)  Pensamento = turbilhão de lava, idéia leve / Palavra fria e espessa, palavra pesada, sepulcro de neve.

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