Língua Portuguesa – 8°Ano
NA FICHA 1
“O que é bom para o lixo é bom para a poesia.”
Manoel de Barros
Amigo(a) Pofessor(a)
A primeira atividade, tem como temática o lixo.
“A produção de lixo na vida moderna se inicia antes de nascermos e continua além de nossa morte, num processo contínuo e
infindável ao qual estamos tão acostumados que pouco nos damos conta.
Na cultura ocidental poucos conceitos são ensinados e transmitidos com tanta eficiência quanto a ideia de lixo. Assim são
chamadas as coisas para as quais não temos mais uso, especialmente aquelas de origem orgânica, que com o tempo apodrecem e
nos provocam asco.
Junto ao aprendizado do conceito, há o estímulo a um comportamento que, de tão incorporado ao inconsciente coletivo, parece
instintivo: a repulsa ao lixo – a necessidade de afastá-lo de nossas vistas, narizes e lembranças, seja ensacado em plástico negro,
enterrado, exportado em imundos caminhões ou simplesmente atirado pelas janelas dos carros.
Lixo requer atenção especial por inúmeras razões.
Somos mais de seis bilhões de pessoas produzindo-o diariamente, independente de raça, credo, nacionalidade ou do índice de
desenvolvimento humano – IDH.
Os avanços tecnológicos modificaram a qualidade do lixo, introduzindo materiais tóxicos e de dificílima decomposição.
O modo de produção capitalista e a sociedade de consumo alteraram significativamente a quantidade do lixo com os
descartáveis, os obsoletos e a ansiedade pelo novo.
O que desperdiçamos seria suficiente para alimentar, vestir e abrigar a humanidade.
Nos comportamos como avestruzes quando se trata de lixo: se não vemos, não existe.
Milhões de pessoas, em todo o mundo, vivem de e no lixo.
Com raras exceções, pouco se criou – e se escreveu – sobre o assunto.
Sendo assim, esse material pode nos ajudar a reciclar o pensamento.”
Adaptado de Leituras Compartilhadas, dezembro de 2002.
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