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A crônica O Lixo


Língua Portuguesa – 8°Ano

Sugestão de Atividades

FICHA 2

Sobre o poema “O Bicho”, de Manuel Bandeira:
“Sentimos ao ler essa poesia uma compreensão fraternal do mundo, não isenta de melancolia e crítica.
Ela deve contribuir como um grito de alerta, já que, na sociedade, há pessoas que vivem do lixo e no lixo. Bandeira
observava as pessoas da janela de sua casa na Lapa, porque a doença às vezes o impedia de sair. O dia a dia
desperta uma completa revolução literária. Há uma forte tendência de valorizar a discussão dos problemas sociais.
Aníbal Machado tem razão ao dizer que: “Não sabemos o que queremos, mas sabemos discernir o que não
queremos”. O que vale é a intuição do poeta. Isso Bandeira tinha no seu jeito de enxergar o mundo. As imagens
citadas na poesia são tiradas da vida diária. Existe um interesse pelo social. Podemos perceber o quanto a poesia de
Manuel Bandeira pode colaborar com os estudantes ao escrever um texto, seja qual for a tipologia escolhida. Isso
pode ser comprovado com o argumento de autoridade, segundo Platão & Fiorin em seu livro Lições de texto: leitura
e redação. Othon Garcia, também, indica o que ele chama de métodos de autoridade. É a citação de autores
renomados. Talvez seja por isso que alguns escritores afirmam que todo texto tem intertextualidade. Só precisamos ter
cuidado para não citarmos frases falsas, que não fazem parte da realidade”.
Adaptado: A poesia de MANUEL BANDEIRA como recurso estilístico nas redações escolares - Luci Mary.

FICHA 2

Os Textos 4 e 5 falam de prosa e poesia. Aproveite para esclarecer esses conceitos e trabalhar suas
características. Prepare uma coletânea de textos que envolvam poesia e prosa para que os alunos entendam bem a diferença
existente entre eles. Após trabalhar o caderno do aluno, amplie a atividade.
Sugestão de Atividades
O QUE SIGNIFICA PROSA? O QUE SIGNIFICA POESIA?
Peça aos alunos que criem seus conceitos.
Leia/leiam os conceitos.
Leia/leiam o poema "POESIA E PROSA“, de José Paulo Paes.
Discutem e relacionem o poema com os conceitos criados pelos alunos.
VAMOS BRINCAR DE POESIA?
Leia uma poesia para a turma e peça a um aluno que leia uma também. Solicite que cada aluno escolha e leve uma poesia
para ler para os colegas.
Crie o momento da poesia na sala de aula. Estabeleça um dia da semana para leitura de poesias. Estimule os alunos a
criarem suas poesias.
CONSTRUIR UM POEMA: TÉCNICA “ME LEMBRA”
EXEMPLO:
POESIA ME LEMBRA: BELEZA
BELEZA ME LEMBRA: COR
COR ME LEMBRA: AMOR
AMOR ME LEMBRA: SORRISO
SORRISO ME LEMBRA: POESIA
SEMPRE FINALIZAR COM A MESMA PALAVRA COM QUE INICIOU O POEMA.

FICHA 1

Textos 6 e 7
Momento da Música
Antes de desenvolver as atividades propostas a partir dos Textos 6 e 7, coloque as músicas para os alunos ouvirem
e busque a interpretação das letras junto com eles.
- Forme três ou mais grupos para cantar e conversar sobre a letra das músicas sugeridas e discuta que ideias e
sentimentos nos transmitem seus autores.
- Peça para pesquisarem outras músicas que abordem o mesmo assunto.
- Desafie os grupos a sintetizarem as ideias, compondo uma nova música em que se expressem os mesmos
sentimentos e tema.
- Crie em sua aula um momento para a música.
Textos 8 e 9
O objetivo dessa atividade é exercitar a leitura da charge e sua contextualização.
- Selecione uma charge atual que retrate uma situação polêmica.
- Peça que os alunos verbalizem o que compreendem da charge em questão e que procurem matérias no jornal
que abordem o mesmo assunto tratado na charge.
- Com base nas informações extraídas das matérias, juntamente com a leitura da charge, debata com seus alunos
os valores sociais que as charges carregam, analisando a opinião nela expressa, e incentivando seu
posicionamento frente a essa opinião.
- A partir do debate, outras atividades podem ser geradas: desde novas charges até textos produzidos pelos
alunos.
Texto 10
Para avaliar o aprendizado dos alunos, sugerimos que o
professor explore a linguagem de gráficos e tabelas, presente
em vários contextos, como jornais, revistas e em textos
informativos de quaisquer áreas do conhecimento, propondo
exercícios de interpretação e de produção escrita a partir de
dados presentes nesses textos.

FICHA 2

Texto 12
O documentário “Ilha das Flores” trata da triste realidade das pessoas que vivem em um
lixão.
- Vale a pena assistir ao documentário junto com seus alunos e discutir conteúdos
importantes, como: consumo, luxo, lixo, valores da sociedade... Faça um confronto entre
teoria e prática, estabeleça relação entre as bases do capitalismo e a situação
apresentada pelo documentário. Ofereça situações a partir das quais os alunos possam ler
e reler a realidade sob diferentes aspectos e opiniões.
- Explore a questão do filme documentário, apresentando as características desse tipo de
filme.
- Sugestão de Leitura:
Autoridades eletivas: o lugar do documentário em meio ao universo audiovisual. Marina
Baltar
http://www.portacurtas.com.br/Parecer/%5B478%5D%20ilhaflores_moran_PDF.pdf
Texto 11
Aproveite este texto para desenvolver atividades ligadas ao meio ambiente. Fale da
importância de deixarem as praias limpas, retirarem o lixo que produzirem.
- Crie em sua escola a gincana do meio ambiente. As tarefas são todas voltadas à questão
ambiental.
- Os participantes terão que catar lixo, escrever letras de músicas com motivos ambientais,
cuidar de jardins etc.

FICHA 2

Texto 1: artigo do biólogo Alvaro Rodrigues dos Santos.
Sugestão de atividade:
Leia o texto com os alunos. Divida a turma em grupos. Distribua os parágrafos dos
textos entre os grupos e peça que escrevam um texto dando a opinião acerca do
tema/parágrafo.
Você terá, assim, uma variada gama de textos de opinião produzidos pela turma.
Organize um painel em que os alunos possam localizar o texto raiz da atividade, e ver
seus parágrafos desdobrados em opiniões. Assim, juntando os textos em um só
(utilizando resumo), podem criar um texto resposta ao do biólogo.
Texto 2: também propicia o debate, estimula o aluno a emitir sua opinião.
Sugestão de atividade:
Peça aos alunos que registrem sua opinião contra ou a favor do tema. Crie com eles um
mural explicando a campanha. Coloque o mural em um lugar de grande circulação na
escola. Deixe espaço para a pesquisa, para o que se apresentar contra ou a favor do
assunto.
Esse mural pode se tornar instrumento para um fórum permanente de debates na escola.
Não esqueça, porém, de que é preciso que os alunos escrevam um artigo sobre o
assunto discutido.
A segunda atividade deste caderno está voltada para habilidades em que, comprovadamente, nossos alunos apresentam mais
dificuldade.
Uma delas é a de diferenciar fatos de opiniões. Buscamos textos para dar suporte ao trabalho pedagógico que deve ser realizado
em sala de aula. Para desenvolver esta habilidade é necessário municiar o aluno de informações e temas conflitantes que provoquem
o debate e as possíveis opiniões sobre o tema debatido, dando-lhe a consciência do tema debatido, do fato comprovado, das
opiniões diversas e das causas e consequências dos posicionamentos apresentados.

FICHA 2

Textos 4 e 5
O jornal é material riquíssimo e enriquecedor, porque é texto, palavra,
comunicação, fato diário, vida! Trazer o jornal para a escola é trazer a
realidade para as aulas e permitir que os alunos tomem ciência dos fatos,
falem sobre eles, opinem e até desejem criar uma nova realidade para o
mundo em que vivem.
Além de ler, interpretar, reescrever notícias, a lista de atividades que
podem ser realizadas é infinita, bastando ao professor permitir que o projeto
seja criativo! É possível trabalhar recorte e colagem com as turmas menores,
falando sobre as imagens ou gerando palavras e sentenças com os recortes.
Os cálculos podem ser realizados a partir dos recortes dos encartes
comerciais, assim como as situações problemáticas ou o debate sobre o valor
da vida e o valor do trabalho, salário X dignidade, violência, drogas, temas
atuais.
Montar um jornal com a turma é também uma ideia excelente. Veicular
as notícias da escola, recados, receitas, avisos importantes, poesias, num
meio de comunicação criado pela turma, cujo nome pode ser resultado de uma
discussão ou votação em classe.
Imagine que alegria fotografar cenas diárias para o jornal da escola,
escrever uma poesia que todos irão ler, ter um espaço para dizer o que pensa
ou criticar algo que não vai tão bem! É uma ideia que pode gerar muitas
atividades prazerosas e com as quais se aprenderá muito.
Se a escola dispõe de poucos recursos para veicular o jornalzinho da
turma, ou seja, fazer a tiragem e distribuir entre os alunos, uma ideia é fazer
um jornal mural. Todo o trabalho será desenvolvido como para o jornal
impresso, a única diferença é a economia, pois um grande mural pode ser
montado com o título do jornal confeccionado pela turma e as manchetes
principais, fotografias, seções, índices e organizados neste Mural, de
preferência no pátio da escola ou num local onde todos possam ler.

FICHA 2

Texto 6
Converse com a turma e dê exemplos de questões que envolvam causa e
consequência. Comece com o Texto 6 para mostrar as causas do aquecimento global.
Ainda no tema, discuta os parágrafos e mostre que os argumentos foram retirados de
fontes seguras e confiáveis.
Quando se debate uma questão, em uma dissertação, quase sempre as causas e as
consequências do problema devem ser convocadas para a discussão.
É claro que dependerá, também, do tema proposto, no entanto, a princípio, quase
todas as questões discutidas dão margem a este tipo de abordagem.
Vejamos: Em uma proposta apresentada pela seguinte frase: “O consumo de drogas
aumenta entre os jovens de classe média”, como organizar uma argumentação?
As estatísticas apresentadas, quase todos os dias, pelos jornais e revistas, tornam o
fato verídico e inquestionável. Então, discuta o problema e faça com que os alunos
demonstrem ter espírito crítico e de análise. Não há como estruturar todo um texto
baseando-se em argumentos que provem o fato. O que deverá ser feito é uma discussão na
qual se apontará as causas e as consequências desse fato no mundo atual.
Textos 7, 8, 9, 10 e 11
As consequências do aquecimento global vêm em forma de charge. Auxilie seus alunos nas
leituras de textos imagéticos. Chame atenção para os detalhes, as expressões, as relações
entre o verbal e o não verbal. Estimule a produção.
Sugestão de atividade:
Solicite que os alunos procurem em jornais ou revistas imagens que possam servir de
base para a colocação de balões com texto verbal construindo, assim, uma charge coletiva
ou individual.

FICHA 2

Textos 12 e 13
Neles, a interpretação refere-se ao texto verbal e não
verbal. Peça aos alunos que registrem o que entenderam
na leitura da postura do animal e do homem.
Incentive-os a pesquisar sobre a participação dos animais,
em especial a vaca, no processo do aquecimento global.
Você também pode lhes solicitar que produzam um texto
verbal a partir da charge, inteiramente não verbal.
Texto 14
O Texto 14 é uma tira. Você pode pedir aos alunos que criem uma nova tira
tendo como base a ilustração do Texto 14. Só que, desta vez, Deus pode dar
uma solução positiva para o aquecimento global. É imaginar e acreditar. Bons
trabalhos!

FICHA 1
Para Refletir:
O lixo iguala e nivela o homem.
Não que o lixo não possua personalidade, expondo hábitos, posses e taras. Há estudos interessantes sobre o
comportamento humano feitos a partir do lixo. Eles revelam o quanto de cada um é posto no lixo a cada lixo:
absorventes? – Lixo feminino; guimbas? – Fumantes...
O que nos torna iguais é nossa atitude: o lixo só nos incomoda enquanto não nos livramos dele.
Ainda no berço aprendemos a torcer o nariz para o que não queremos mais. Cedo somos ensinados, entre
caretas e nojo, sobre o sentido de podre, sujo, velho e imprestável.
De forma pavloviana associamos conceitos, olfato, imagens e sentimentos em torno de tudo aquilo que não
queremos e de que precisamos nos livrar. A isso atribuímos um nome: lixo.
“– Eca! Jogue no lixo!”
Tanto faz que seja uma fralda descartável, sobra de comida, cinzas de cigarros, embalagens: ficou
inservível? Virou lixo? – livre-se dele!
A questão, portanto, não é o lixo em si, mas livrar-se do indesejável.
A velha expressão “varrer para debaixo do tapete” mostra como a humanidade se comporta com seu lixo:
se não pode ser visto, não existe. Por isso ele precisa ser rapidamente descartado. Basta colocar num saco plástico e levar
até o corredor. Ou à calçada, de onde a cidade se encarregará de escondê-lo.
Isto feito, limpos e isentos de culpa, continuamos vivendo, consumindo e produzindo... lixo.
A presunção nos faz acreditar que tudo é reaproveitável, mesmo que para nós não preste mais. Inventou-se
a coleta seletiva e as cidades são decoradas com lixeiras coloridas. Crianças já aprendem a reciclar, mas continuamos
produzindo embalagens descartáveis, aparelhos de raios-x, telefones celulares, plásticos...
Não importa, já está na sacola, alguém vai resolver a questão, mesmo que seja daqui a um milhão de anos.
Hoje, enquanto se fazem aterros sanitários no lugar dos antigos lixões e baterias são estocadas à espera do
futuro, os assaltantes se divertem pintando o rosto dos filhos com o pó colorido de ferro velho. Mas nem com a morte
brilhando no escuro se consegue ver tudo que é varrido, a cada segundo, para debaixo do tapete.
Todo drama tem um epílogo. Esse também tinha, mas foi pro lixo.
Jason Prado.
Adaptado de Leituras Compartilhadas, dezembro de 2002.

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