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SUGESTÕES DE MÚSICAS E PARÓDIAS PARA A ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS, DE LINGUAGEM E CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

64-    Todo Dia Era Dia de Índio  -  Baby do Brasil
Composição: Jorge Bem

Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar

Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim

Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis

Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio

Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril

Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril
Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar

Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra,fauna e flora

Pois em sua glória,o índio
É o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria

Da alegria de viver!
Da alegria de viver!
E no entanto,hoje
O seu canto triste
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz
Pois antigamente

Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim

Terêrê,oh yeah!
Terêreê,oh!


65-    Pais e Filhos  -  Legião Urbana

Estátuas e cofres
E paredes pintadas
Ninguém sabe
O que aconteceu...

Ela se jogou da janela
Do quinto andar
Nada é fácil de entender...

Dorme agora
Uuuhum!
É só o vento
Lá fora...

Quero colo!
Vou fugir de casa
Posso dormir aqui
Com vocês
Estou com medo
Tive um pesadelo
Só vou voltar
Depois das três...

Meu filho vai ter
Nome de santo
Quero o nome
Mais bonito...

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar
Pra pensar
Na verdade não há...

Me diz, por que que o céu é azul
Explica a grande fúria do mundo
São meus filhos
Que tomam conta de mim...

Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua
Não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar...

Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com os meus pais
Huhuhuhu!... Oh! Oh!...

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar
Pra pensar
Na verdade não há...

Sou uma gota d’água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais
Não lhe entendem
Mas você não entende seus pais...

Você culpa seus pais por tudo
E isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?

Trocando ideias sobre a música:

Uma família que seja um refúgio é o que todos queremos. Os conflitos e desencontros na rotina familiar são desafios para o exercício do diálogo e do respeito desejados.
A música pode motivar para uma conversa sobre a família que temos, dificuldades, alegrias e como cada um se sente responsável e participa na construção de um ambiente acolhedor.


66-    Riacho do Navio  -  Luiz Gonzaga
Composição : Luiz Gonzaga / Zé Dantas

Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no meio do mar
O rio São Francisco
Vai bater no meio do mar
Ah! se eu fosse um peixe
Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E nesse desafio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Pra ver o meu brejinho
Fazer umas caçada
Ver as "pegá" de boi
Andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho
E acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia
Das terra civilizada
Sem rádio e nem notícia
Das terra civilizada.

Para conversar:

 Esta música fala de amor e encanto com o que a natureza nos presenteia.
     No pensamento de Marina Silva, defensora do meio ambiente, esse nosso modelo de desenvolvimento não leva em consideração aquilo que já existe de experiências dos povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Precisamos, então, encontrar formas de viver com a consciência de que é possível desenvolver protegendo e proteger desenvolvendo.
     - O que você pensa sobre isso? O que precisa mudar?
     Só defende o meio ambiente e a vida no planeta quem aprende a amar a natureza.
     Um exercício para esse aprendizado é ouvir a música de Luiz Gonzaga e contemplar as belíssimas e proféticas fotografias de João Zinclar, um fotógrafo comprometido com a revitalização da Bacia Sãofranciscana.


67-    Desconstruindo Amélia  -  Pitty e Martin

Já é tarde, tudo está certo
Cada coisa posta em seu lugar
Filho dorme, ela arruma o uniforme
Tudo pronto pra quando despertar
O ensejo a fez tão prendada
Ela foi educada pra cuidar e servir
De costume esquecia-se dela
Sempre a última a sair
Disfarça e segue em frente
Todo dia, até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa,
Assume o jogo
Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto
já não quer ser o outro
hoje ela é um também
A despeito de tanto mestrado
Ganha menos que o namorado
E não entende o porquê
Tem talento de equilibrista
ela é muitas, se você quer saber
Hoje aos trinta é melhor que aos dezoito
Nem Balzac poderia prever
Depois do lar, do trabalho e dos filhos
Ainda vai pra night ferver
Disfarça e segue em frente
Todo dia, até cansar
E eis que de repente ela resolve então mudar
Vira a mesa,
Assume o jogo
Faz questão de se cuidar
Nem serva, nem objeto
já não quer ser o outro
hoje ela é um também.

Conversando sobre a música:

Que mudanças são apontadas pela música em relação à mulher?
- Que outras mudanças precisam ocorrer na sociedade para melhorar a vida das mulheres?
- De que forma homens e mulheres podem se ajudar para garantir uma vida mais digna e feliz?


68-    Novo Tempo  -  Ivan Lins

No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver.

Para pensar:

A mulher contribui para a humanização da sociedade.
Beleza, afeto, ternura, cuidado são características que homens e mulheres precisam desenvolver entre si e com o planeta, para que uma vida melhor seja possível.
- Que tempo é esse que estamos vivendo?
- Que novas relações são necessárias para a construção de um novo tempo?
- Como a mulher vem contribuindo para esse novo tempo?


69-    Dias Melhores  -  Jota Quest

Vivemos esperando
Dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos
Para trás
Vivemos esperando
O dia em que
Seremos melhores
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo

Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre
Vivemos esperando
Dias melhores pra sempre
Dias melhores pra sempre

Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre
Vivemos esperando

Dias melhores
Pra sempre...(4x)

Pra sempre!
Sempre! Sempre! Sempre!...

Para pensar:

Homens e mulheres não são inimigos nem competidores.
Por isso se unem, constroem relacionamentos, lutam juntos. Não só esperam, mas também sonham e trabalham para viver dias melhores.
- Por que a luta das mulheres é também de todos os homens?
- Qual o sentido de comemorar esta data?


70-    Flores em você  -  Banda Ira
Composição: Edgard Scandurra

De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois...
Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer...
Que vejo flores em você!...

Para conversar:

     Perceber as belezas do outro; buscar além das aparências; não remoer mágoas e ressentimentos. De tudo isso e muito mais se fortalecem os relacionamentos.
- Quando as nossas diferenças pessoais não se tornam obstáculos num relacionamento?


71-    É pra rir ou pra chorar?  -  Gabriel Pensador

O Brasil proclamou sua independência,
mas o filho do rei é que assumiu a gerência.
O povo sem estudo não dá muito palpite,
e a nossa república é só pra elite.
(E quem faz greve o patrão ainda demite).
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil aboliu a escravidão,
mas o negro da senzala foi direto pra favela.
Virou um homem livre e foi pra prisão.
Só que a tal da liberdade não entrou lá na cela.
(E a discriminação ainda é verde e amarela).
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil foi parar na mão dos militares,
que calaram o povo no tempo da ditadura.
Torturaram e prenderam e mataram milhares,
mas ninguém foi condenado pelos crimes de tortura.
(E tem até torturador lançando candidatura).
É pra ri ou pra chorar?
O Brasil conseguiu as eleições diretas,
mas a gente que vota ainda é semianalfabeta.
O Collor foi eleito e roubou até cansar.
O povo deu um jeito de cassar o marajá.
Mas ele não foi preso e falou que vai voltar!
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil tem mais terra do que a china tem chinês,
mas a terra tá na mão dos grandes latifundiários.
A reforma agrária, ninguém ainda fez.
Ainda bem que os sem-terra não são otários.
(E tudo que eles querem é direito a ter trabalho).
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil tem miséria, mas tem muito dinheiro,
na mão de meia dúzia, no banco suíço.
O rico sobe na vida feito estrangeiro, e o pobre só sobe no elevador de serviço.
(E você aí fingindo que não tem nada com isso?)
É pra rir ou pra chorar?
O Brasil tem um povo gigante por natureza
que ainda não percebe o tamanho dessa grandeza.
Sempre solidário no azar ou na sorte,
um povo generoso, criativo e risonho.
Poderoso, e tem um coração batendo forte
que põe fé no futuro do mesmo jeito que eu ponho.
E vai ter que ser independência ou morte.
Um por todos, e todos por um sonho.
É pra rir ou pra chorar?
É pra ir ou pra voltar?
Pra seguir ou pra parar?
Pra cair ou levantar?
É pra rir ou pra chorar?
Pra sair ou pra ficar?
Pra ouvi ou pra falar?
Pra dormir ou pra sonhar?
É pra ver ou pra mostrar?
Aplaudir ou protestar?
Construir ou derrubar?
Repetir ou transformar?
É pra rir ou pra chorar?
Pra se unir ou separar?
Agredir ou agradar?
Pra torcer ou pra jogar?
Pra fazer ou pra comprar?
Pra vender ou pra alugar?
Pra jogar pra perder ou pra ganhar?
Dividir ou endividar?
Dividir ou individualizar?
É pra rir ou pra chorar?!

Conversando sobre a música:

- Que críticas e questionamentos estão presentes nesta música?
- Qual o sentido da indignação numa realidade como a nossa?
- A que instrumentos de participação temos acesso, para nos manifestar e ajudar a mudar essa realidade de incoerência e privilégios; falta de ética e de respeito para com o povo?


72-    Coração Civil  -  Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento e Fernando Brant

Quero a utopia, quero tudo e mais
Quero a felicidade nos olhos de um pai
Quero a alegria muita gente feliz
Quero que a justiça reine em meu país
Quero a liberdade, quero o vinho e o pão
Quero ser amizade, quero amor, prazer
Quero nossa cidade sempre ensolarada
Os meninos e o povo no poder, eu quero ver
São José da Costa Rica, coração civil
Me inspire no meu sonho de amor Brasil
Se o poeta é o que sonha o que vai ser real
Bom sonhar coisas boas que o homem faz
E esperar pelos frutos no quintal
Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder?
Viva a preguiça viva a malícia que só a gente é que sabe ter
Assim dizendo a minha utopia eu vou levando a vida
Eu viver bem melhor
Doido pra ver o meu sonho teimoso
Um dia se realizar
E eu viver bem melhor.

Conversando sobre a música:

Partindo da música, conversar com os jovens sobre as justiças que gostaríamos que reinassem em nosso país, em nossa cidade, em nossa escola. Sobre a importância de não perdermos essas utopias e de não desistirmos de lutar por elas.


73-    Voz da massa  -  Seu Jorge
Composição: Gabriel Moura / João Carlos

Seu Zé do Caroço falou:
Quem cuida do nosso Brasil?
Quem livra essa gente da dor?
Quem tem peito de ser varonil?
O ano dois mil já passou
Parece primeiro de abril
O mundo tá aí, não acabou
Mas cadê?
Ninguém sabe, ninguém viu
Refrão
É a voz da massa
Que vai na raça
É a voz da massa
Que vem cantar em coro no meu samba
Criança no morro chorou
A autoridade não viu
Nem lembra que o trabalhador
É filho da pátria gentil
Meu samba é partido, é amor
Versando por esse Brasil
Pedindo respeito e valor
Mas cadê?
Ninguém sabe, ninguém viu.

Conversando sobre a música:
74-   
O descaso de nossos governantes diante do sofrimento vivido pelo povo brasileiro é tema desta música. Neste ano eleitoral, podemos manifestar nossa indignação e descontentamento para com aqueles que nos representam através do voto e de escolhas inteligentes. Muitos ficam indecisos quanto a votar ou não; desistem e deixam para que outros façam a escolha. E você, o que pensa sobre isso? Converse com seus colegas sobre como podemos nos organizar para fazer valer esse momento.


74-    Brasil  -  Cazuza / Nilo Roméro / George Israel

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...
Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"
Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...
Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair...
Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...(2x)
Confia em mim
Brasil!!

Conversando sobre a música:

A canção de Cazuza retrata a situação de corrupção e violência como sugere nos versos “meu cartão de crédito/é uma navalha.” A expressão “festa pobre” sugere o desdém a esse estado de coisas. O fato de ele ficar na porta reflete a sua exclusão social. A televisão colabora para que as pessoas não se rebelem contra o que está acontecendo, transformando-as em robôs. Estabelece diálogo com situações da época, exigindo conhecimento de mundo do ouvinte. Entre eles o quadro Garota do Fantástico apresentado pelo programa dominical da Rede Globo, que leva o mesmo nome. Nesse quadro, era realizado um desfile com meninas anônimas e as que se destacavam eram projetadas para a fama.
Quais fatos históricos são apontados nesta música? Que sentimentos estão expressos? Destaque alguma expressão da música que chama sua atenção e comente-a.
O que é civilidade e qual o seu valor para os dias atuais?


75-    Aquarela do Brasil   -   Composição de Ari Barroso

Brasil, meu Brasil brasileiro,
Meu mulato inzoneiro,vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá, bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor, terra de Nosso Senhor

Brasil, pra mim, pra mim, pra mim

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do serrado
Bota o rei-congo no congado
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda a canção do meu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões, arrastando o seu vestido rendado

Brasil, pra mim, pra mim, pra mim
Brasil, terra boa e gostosa
Da morena sestrosa, de olhar indiferente
O Brasil, samba que dá, bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor, terra de Nosso Senhor

Brasil, pra mim, pra mim, pra mim

Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro a minha rede, nas noites claras de luar
Ah ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro
Terra de samba e pandeiro

Brasil, pra mim, pra mim, Brasil
Brasil, pra mim, pra mim aquarela do Brasil.

Nota:

Composta em 1939, esta canção foi considerada um samba-hino, votada em 1997 como a Melhor Canção Brasileira do Século por um juri de 13 peritos, feito pela Academia Brasileira de Letras. Foi gravada inúmeras vezes e dos seus mais conhecidos intérpretes destacam-se João Gilberto, Carmen Miranda, Gal Costa, Elis Regina etc.


76-    Pra não dizer que não falei das flores   -    Geraldo Vandré

Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer

Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não

Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição.

Nota:

   Esta música que chegou ao 2º lugar no Festival da TV Globo de 1968, foi a preferida do público, que a cantou em uníssono no Maracanãzinho e virou hino contra a ditadura. Geraldo Vandré fugiu do país, após a apreensão, no festival da Record, da música de sua autoria Pra não dizer que não falei das flores (1968) – censurada pela repressão militar.
   A letra dessa música, com grande sensibilidade captou o momento histórico pelo qual o país passava na segunda metade dos anos sessenta. Essa canção ressurgiu cantada pelos operários do ABC paulista, em fins dos anos setenta, quando o sindicalismo brasileiro ganhava novo impulso.

Atividade:

- A partir do estudo da letra da música, é possível identificar as razões da proibição por parte da censura? Justifique.
- Como música de protesto, ainda hoje possui atualidade?
- Transcreva o verso em que toda a sociedade brasileira está resumida.
- Transcreva o verso em que demonstra a concentração da renda.
- o que significa: “que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer.”

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