Colegio __________________________
Língua Portuguesa
Nome: ____________________________________ Ano _____ Turma _____
Parábola dos sete
vimes
Era uma vez um pai que tinha sete filhos. Quando estava para morrer,
chamou-os todos sete e disse-lhes assim:
- Filhos, já sei que não posso
durar muito; mas, antes de morrer, quero que cada um de vós me vá buscar um
vime[1] seco e
mo traga aqui.
- Eu também? - perguntou o mais pequeno, que só
tinha 4 anos. O mais velho tinha 25, e era um rapaz muito reforçado e o mais
valente da freguesia.
- Tu também - respondeu o pai ao mais pequeno.
Saíram os sete
filhos; e daí a pouco tornaram a voltar, trazendo cada um o seu vime seco.
O pai pegou no
vime que trouxe o filho mais velho, e entregou-o ao mais novinho, dizendo-lhe:
- Parte esse vime.
O pequeno
partiu o vime, e não lhe custou nada a partir. Depois o pai entregou outro ao
filho mais novo, e disse-lhe:
- Agora, parte também esse.
O pequeno
partiu-o; e partiu, um a um, todos os outros, que o pai lhe foi entregando, e
não lhe custou nada a parti-los todos. Partindo o último, o pai disse outra vez
aos filhos:
- Agora ide por outro vime e trazei-mo.
Os filhos tornaram a sair, e dali a pouco estavam outra vez ao pé do
pai, cada um com o seu vime.
- Agora dai-mos cá - disse o pai.
E dos vimes todos fez um feixe[2],
atando-os com um vincelho[3]. E
voltando-se para o filho mais velho, disse-lhe assim:
- Toma este feixe! Parte-o!
O filho empregou quanta força tinha, mas não foi capaz de partir o
feixe.
- Não podes? - perguntou ele ao filho.
- Não, meu pai, não posso.
- E algum de vós é capaz de o partir? Experimentai.
Não foi nenhum capaz de o partir, nem dois juntos, nem três, nem
todos juntos.
O pai disse-lhes então:
- Meus filhos, o mais pequenino de vós partiu sem lhe custar nada
todos os vimes, enquanto os partiu um a um; e o mais velho de vós não pôde
parti-los todos juntos; nem vós, todos juntos, fostes capazes de partir o
feixe. Pois bem, lembrai-vos disto e do que vos vou dizer: enquanto vós todos
estiverdes unidos, como irmãos que sois, ninguém zombará de vós, nem vos fará
mal, ou vencerá. Mas logo que vos separeis, ou reine entre vós a desunião,
facilmente sereis vencidos.
Acabou de dizer isto e morreu - e os filhos foram muito felizes, porque viveram sempre em boa
irmandade ajudando-se sempre uns aos outros; e como não houve forças que os
desunissem, também nunca houve forças que os vencessem.
1.
“Era uma vez um pai que tinha sete filhos.”
1.1.
Identifique a personagem principal do texto.
1.2.
Caracterize essa personagem de forma completa.
1.3.
Que membros desta família são destacados no conto?
1.4.
Justifique esse destaque dado pelo texto a tais
personagens.
1.5.
Transcreva do texto as informações que lhe são fornecidas sobre
essas personagens.
2.
Segundo o conto, o que
representa cada vime? E o feixe?
2.1. Qual é o ensinamento que
o pai pretende dar aos filhos? Como
consegue prová-lo através das figuras
do vime e do feixe?
3. Consegue dizer, exactamente, quando e onde se desenrola esta história? Porquê?
3.1. Retire passagens do conto que comprovem essa indefinição do tempo e do espaço.
4. Classifique o narrador quanto à sua
presença. Justifique, recorrendo, se
possível, ao texto.
5. Identifique os modos de apresentação da narrativa presentes no conto. Dê um exemplo para cada um deles.
6. Dos provérbios a seguir apresentados, assinale com um û os que de uma forma
ou outra se relacionam com o ensinamento moral da “Parábola dos sete vimes”.
q A pressa é inimiga
da perfeição.
q A união faz a
força.
q Guarda te do homem
que não fala e do cão que não ladra.
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