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Secretários acham insuficiente proposta do MEC para um exame nacional para professores

Camila Campanerut*
Clipping Educacional - Enviada do UOL Educação 
A proposta de um "Enem" para professores -- uma prova para profissionais interessados na carreira docente -- é vista com cautela por alguns secretários municipais de Educação ouvidos pela reportagem do UOL. Para eles,a intenção o MEC (Ministério da Educação) de 
substituir os concursos para preenchimento das vagas na rede pública com a nova prova poderia ser um processo gradual e dependeria da aceitação e da adesão nacional à proposta.
“Temos que fazer a experiência, mas não é fácil de fazer. Temos que ver quem vai aplicar, quais outros critérios para usar junto. Só ela sozinha não vai ser suficiente [para avaliar os professores]”, disse secretário de educação município de Paranacity (PA), Adair do Amaral. 
Na mesma linha, outra profissional do setor de outra região, a professora aposentada e ex-secretária municipal de educação de Recife (PE) por três vezes, Edla Soares, também destaca que a prova não poderia ser um instrumento único para avaliar os futuros professores do serviço público. “Como projeto nacional de educação é importante, mas não é suficiente para medir e para se assegure ‘um rosto próprio’ do professor de cada região”. 
Para a secretária de educação do pequeno município de Paulista (PE), Jaqueline Moreira da Silva, o projeto é "ousado". “Cada município tem a sua realidade, outros critérios devem ser analisados. Se dois candidatos conseguiram a mesma nota. A escolha deve recair sobre aquele que tem mais experiência, que tem uma melhor formação”, afirma.
Um dos entrevistados, que pediu para não ser identificado, apontou outro problema: “Negociar contratos antigos das prefeituras e dos governos [estaduais] que já fazem a contratação de profissionais não é simples". Além disso, todos os secretários entrevistados reconheceram que, localmente, serão necessárias discussões para avaliar a adesão ou não à prova, que não é obrigatória. "Talvez a possibilidade de uma prova nacional poderia representar um custo melhor, o que poderia ajudar a convencer os prefeitos”, disse o dirigente que pediu para não ser identificado.
Enem dos professores
Batizada como “Prova nacional de concurso de ingresso na carreira docente”, a proposta ainda está em elaboração pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), com a contribuição de representantes do Ministério da Educação, CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e de entidades de pesquisa em educação.
Para a presidente nacional da Undime e também secretária de Educação de São Bernardo do Campo (SP), Cleuza Repulho, a proposta representa um avanço e permite que a qualidade no nível do teste esteja presente em todo o país. 
“Hoje, a maioria dos municípios que consegue fazer boas provas de acesso é formada pelos grandes [municípios], porque o custo disso é muito alto e também nós sabemos que ainda existem no Brasil acesso ao serviço público que não seja via concurso. E isso não pode mais acontecer”, afirma Repulho. 
A primeira edição da prova está prevista para agosto de 2012 e só será realizada nos municípios interessados que se inscreverem no Inep, que será responsável pela aplicação do exame. O Inep tem a mesma responsabilidade na aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) aos alunos que saem do 3º ano do Ensino Médio. Justamente por isso, a comparação das duas provas é inevitável.
“Acho fundamental ter uma prova nacional. Já não era sem tempo, [o governo federal] possibilitar este instrumento para o país como um todo. Da mesma forma que possibilitou aos nossos alunos, que pudéssemos trabalhar com eles numa prova nacional, podemos trabalhar com padrões nacionais para o professor, o que contribui para tanto para a profissionalização como estímulo para do profissional”, avaliou a secretária de educação de Betim (MG), Sandra Gomes.
* A jornalista viajou a convite da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

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