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SUGESTÕES DE QUESTÕES



I)              QUESTÕES OBJETIVAS



TEXTO 1

ISSO É QUE É TER

ESTÔMAGO


Em Super Size Me, o diretor Morgan Spurlock vira sua própria
cobaia numa investigação sobre a cultura do fast-food

Izabela Boscov
 
Morgan Spurlock nunca foi exatamente um asceta: adora um filé, acha que presunto é uma invenção divina e encara qualquer culinária regional, da cubana à indiana. Foi enquanto estava vendo televisão largado no sofá da mãe, posto a nocaute pelo almoço do Dia de Ação de Graças de 2002, que ele soube de um fato curioso: duas adolescentes americanas estavam processando a rede de lanchonetes McDonald’s por torná-las obesas. Em princípio, diz Spurlock, a ação não parecia ter mérito real – ela seria mais um sintoma de um país infestado pela litigância, em que os cidadãos se recusam a assumir suas responsabilidades pessoais e atribuem a culpa por suas falhas às forças maiores das corporações. Mas talvez, raciocinou Spurlock, essas forças sejam de fato maiores. Dessa idéia nasceu o documentário Super Size Me (Estados Unidos, 2004).
Para fazer Super Size Me, Spurlock se transformou, durante um mês, em sua própria cobaia. Determinou que nesse período tudo o que ele ingerisse, até a água, deveria vir do McDonald’s. Cada item do cardápio teria de ser provado pelo menos uma vez e ele teria de dizer “sim” sempre que um atendente oferecesse o lanche na porção super size. Essa opção, que deixou de constar do menu da rede mais ou menos na ocasião em que o documentário estreou nos Estados Unidos (mero acaso, divulgou a empresa), é um dos melhores negócios do ramo de fast-food: por alguns centavos a mais, o cliente ganha quantidades muito maiores de comida. Custa pouco para ele, custa menos ainda para a lanchonete, e proporciona ao freguês a satisfação de ter conseguido uma pechincha. O número de calorias na bandeja, porém, sobe assustadoramente. Spurlock tinha de aceitar o super size porque isso é o que um americano comum faria – e por isso também ele reduziu de forma drástica sua atividade física, até que ela se encaixasse na média nacional.
A primeira refeição super size de Spurlock é um espetáculo dantesco. Seu bom humor logo dá lugar ao fastio, depois à náusea e, finalmente, à rejeição completa da comida, que termina, meio digerida, numa poça ao lado da janela de seu carro. Antes de começar o experimento, Spurlock passou por exames minuciosos com três médicos diferentes. Todos concordaram que, aos 33 anos, ele exibia saúde e forma física perfeitas. Faltando dez dias para a maratona gastronômica terminar, os três pediram a Spurlock que desistisse: seu colesterol disparara, a deposição de gordura tornara seu fígado pastoso como o de um alcoólatra, e o paciente vivia atormentado por fortes dores de cabeça, mau humor e exaustão. Num depoimento cândido, a namorada de Spurlock, que é chef vegetariana, revela o impacto da dieta sobre a vida amorosa do casal: Spurlock não tinha ânimo para mais nada entre os lençóis que não roncar. Após trinta dias, a silhueta do diretor contabilizava 11 quilos adicionais, que ele demoraria mais de um ano para perder.
VEJA, 18 agosto. 2004, p.p. 114-115.


QUESTÃO 01 (Descritor: relacionar uma informação identificada no texto com outras oferecidas no próprio texto ou em outros textos)

Assunto: Procedimentos de leitura

O título do texto, “Isso é que é ter estômago”, deve ser relacionado à idéia de que:

a)     é preciso ter muita coragem para assistir ao documentário Super Size Me, de Morgan Spurlock.
b)    o diretor de cinema Morgan Spurlock é um consumidor inveterado de sanduíches McDonald’s.
c)     para realizar seu filme, Spurlock virou sua própria cobaia e por um mês só fez refeições fast-food.
d)    o americano comum não tem a menor noção do que está ingerindo ao se alimentar de sanduíches.

Questão 02 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, reticências, aspas)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

Releia, com atenção, a passagem abaixo:

“Essa opção, que deixou de constar do menu da rede mais ou menos na ocasião em que o documentário estreou nos Estados Unidos (mero acaso, divulgou a empresa), é um dos melhores negócios do ramo de fast-food...”

O uso dos parênteses na passagem “(mero acaso, divulgou a empresa)” tem a função de:

a)     destacar que a empresa deu uma informação essencial para a notícia.
b)    abrir o comentário de que a informação da empresa pode ser falsa.
c)     garantir o direito que a empresa tem de se defender das acusações.
d)    demonstrar que o texto é favorável à argumentação feita pela empresa.


Questão 03 (Descritor: inferir o sentido de uma palavra ou de uma expressão considerando o contexto e/ou universo temático e/ou estrutura morfológica da palavra – radical, afixos e flexões)

Assunto: Procedimentos de leitura

Assinale a única alternativa em que a palavra destacada foi CORRETAMENTE interpretada.

a)     “Foi enquanto estava vendo televisão, largado no sofá da mãe...” (largado = abandonado)
b)    “... atribuem a culpa por suas falhas às forças maiores das corporações.” (corporações = lanchonetes)
c)     “Seu bom humor logo dá lugar ao fastio, depois à náusea...” (fastio = tédio)
d)    “Faltando dez dias para a maratona gastronômica terminar...” (gastronômica = gigantesca)


Questão 04 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de linguagem figurada – metáfora, hipérbole, eufemismo, repetição, gradação)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

Leia, com atenção, o conceito abaixo:

Eufemismo. Consiste em suavizar a expressão de uma idéia molesta, substituindo o termo exato por palavras ou circunlocuções menos desagradáveis ou mais polidas. Exemplo:

Fulano foi desta para melhor. [= morreu]

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Companhia Editora Nacional, 1988, p. 525.

A passagem do texto que também pode exemplificar “eufemismo” é:

a)     “...adora um filé, acha que presunto é uma invenção divina e encara qualquer culinária regional, da cubana à indiana.”
b)    “... posto a nocaute pelo almoço do Dia de Ação de Graças de 2002, que ele soube de um fato curioso...”
c)     “Custa pouco para ele, custa menos ainda para a lanchonete, e proporciona ao freguês a satisfação de ter conseguido uma pechincha.”
d)    “... à rejeição completa da comida, que termina, meio digerida, numa poça ao lado da janela de seu carro.”






Questão 05 (Descritor: depreender de uma informação explícita outra informação implícita no texto)

Assunto: Procedimentos de leitura

O texto nos permite deduzir que, para Morgan Spurlock, os americanos comuns têm todas as características abaixo EXCETO:

a)     são, hoje, um povo que sempre busca obter vantagens através de processos contra empresas.
b)    dedicam, de maneira geral, pouquíssimas horas para a realização de atividades físicas.
c)     estão sempre dispostos a ganhar uma pechincha, até mesmo na oferta de sanduíches super size.
d)    buscam sempre consumir alimentos muito calóricos, mesmo que isso custe aumento de peso.


Questão 06 (Descritor: relacionar, em um texto, assunto e finalidade com o tipo de texto)

Assunto:  Procedimentos de leitura

A caracterização CORRETA do texto é:

a)     uma resenha, cujo objetivo principal é informar o leitor sobre o conteúdo do filme “Super Size Me” e as reflexões que ele promove.
b)    uma reportagem, que tem como finalidade básica denunciar o quanto as redes de lanchonetes estão prejudicando a saúde das pessoas.
c)     uma análise científica sobre os hábitos alimentares dos americanos comuns, o que os tem levado cada vez mais a ficar obesos.
d)    uma notícia sobre a capacidade que o ser humano tem de se submeter a experiências difíceis com o objetivo de comprovar suas idéias.


Questão 07 (Descritor: analisar a função argumentativa de operações como seleção lexical, formas de tratamento e relações de co-referência – hiperonímia, expressões nominais definidas, repetição, sinonímia)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“Após trinta dias, a silhueta do diretor contabilizava 11 quilos adicionais, que ele demoraria mais de um ano para perder.”

O uso da forma verbal “demoraria”, na passagem acima, sugere que o diretor Morgan Spurlock:

a)     poderia levar mais de um ano para perder os 11 quilos adicionais.
b)    só voltou ao seu peso normal mais de um ano após a experiência.
c)     desejou perder os 11 quilos adicionais um ano após a experiência.
d)    estendeu a sua experiência com a fast-food a mais de um ano.


TEXTO 2



Port 8ª_Texto 2


60% dos americanos estão acima do peso saudável.
Os americanos consome, em média 200 calorias a mais por dia hoje do que uma década atrás - o suficiente para acrescentar 9 quilos à silhueta a cada ano.

Uma criança que come em casa ingere, em média, 130 calorias a menos por refeição do que nos dias em que almoça num restaurante fast-food.

Um refrigerante super size* contém o equivalente a 48 colheres de chá de açúcar.

Seria preciso andar 7 horas seguidas para queimar uma refeição super size com refrigerante, fritas e Big Mac*

1 Big Mac americano contém 600 calorias e fornece 51% da quantidade de gordura recomendada para ingestão diária. Nas filiais brasileiras, essa relação é um pouco melhor:
O Big Mac contém 490 calorias e fornece 31% da gordura que um adulto deve ingerir em um dia



Port 8ª_Texto 2

O lanche mais pecaminoso do McDonald's americano vem na caixa de dez unidades de tiras de peito de frango empanadas: são 1250 calorias, 570 delas na forma de gordura

VEJA, 18 agosto 2004, p. 116.

Questão 08 (Descritor: comparar as opiniões/pontos de vista em dois textos sobre o mesmo tema)

Assunto: Relações entre textos

Em relação às principais idéias do Texto 1, o Texto 2 somente NÃO realiza uma:

a)     confirmação
b)    complementação
c)     oposição
d)    argumentação


Questão 09 (Descritor: relacionar informações oferecidas por figura, foto, gráfico ou tabela com as constantes no corpo de um texto)

Assunto: Procedimentos de leitura

Todos os recursos abaixo estão relacionados às informações presentes no texto, EXCETO:

a)     o sanduíche sendo pesado na balança.
b)    a posição do ponteiro e o valor sugerido.
c)     a seta, em vermelho, que segue o ponteiro.
d)    o fio que segura a tabela à balança.


Questão 10 (Descritor: estabelecer relação entre uma tese – global ou local – e os argumentos oferecidos para sustentá-la)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

A tese central do texto é defendida por todos os tipos de argumentos citados abaixo, EXCETO:

a)     o emprego de números absolutos.
b)    a amostragem percentual.
c)     o uso de comparações.
d)    a opinião de especialistas.


Questão 11 (Descritor: correlacionar, em um texto dado, termos, expressões ou idéias que tenham o mesmo referente)

Assunto: Coesão e coerência no processamento do texto

Em todas as alternativas abaixo, fez-se CORRETAMENTE a relação entre o termo destacado e a expressão entre parênteses, EXCETO em:

a)     “... 200 calorias a mais por dia hoje do que uma década atrás – o suficiente para acrescentar 9 quilos...” (uma década)
b)    Nas filiais brasileiras, essa relação é um pouco melhor...” (lanchonetes McDonald’s no Brasil)
c)     “Nas filiais brasileiras, essa relação é um pouco melhor...” (a relação entre calorias e percentual de gordura)
d)    “... 1250 calorias, 570 delas na forma de gordura” (calorias)











Questão 12 (Descritor: depreender de uma informação explicita outra informação implícita no texto)

Assunto: Procedimentos de leitura

O texto só NÃO nos permite deduzir que:

a)     a gordura é um elemento bastante prejudicial à saúde.
b)    os hábitos alimentares dos americanos, hoje, são piores do que há 10 anos.
c)     a obesidade pode se tornar um sério problema de saúde na América.
d)    As refeições feitas em casa, geralmente,  são mais saudáveis que nos fast-food.




Port 8ª - charge

TEXTO 3

FERNANDES, Millôr, Veja, 10 nov. 2004, p. 28.


Questão 13 (Descritor: avaliar a paródia de um texto dado)

Assunto: Relação entre textos

A frase “E já estou vendo a escuridão no começo do túnel” se opõe ao dito popular “Vejo uma luz no fim do túnel”. A alternativa que traduz essa oposição é:

a)     incerteza x certeza.
b)    desesperança x esperança.
c)     dificuldade x facilidade.
d)    trabalho x descanso.














Questão 14 (Descritor: relacionar uma informação identificada no texto com outras pressupostas pelo contexto)

Assunto: Procedimentos de leitura

NÃO podemos relacionar o texto ao fato de que:

a)     considerada a data de publicação e a primeira frase da charge,  Lula já tem dois anos como presidente da República.
b)    os dois primeiros anos do governo Lula foram marcados pela ilusão de que nossos problemas seriam solucionados.
c)     o presidente de um país como o Brasil só consegue conhecer os nossos problemas após dois anos de governo.
d)    o governo Lula, nos dois anos que ainda lhe restam, encontrará dificuldades ainda maiores para solucionar nossos problemas.


TEXTO 4

Em um texto de propaganda, lê-se a seguinte passagem:

“A Serv-Lar Coop lava a seco no local utilizando sistema americano, com Xampus Bactericida e Germicida, combatendo ácaros, mofos e mau cheiro.”


Questão 15 (Descritor: relacionar níveis de registro – formal e informal)

Assunto: Variação lingüística

A respeito da concordância em “Xampus Bactericida e Germicida” pode-se afirmar apenas que:

a)     está incorreta, pois os adjetivos “bactericida” e “germicida” devem concordar em número com o substantivo “xampus”.
b)    está correta, pois indica perfeitamente que são dois tipos diferentes de xampus: um, bactericida, o outro, germicida.
c)     está incorreta, pois o adjetivo “bactericida”, por estar mais próximo de “xampus”, deveria estar flexionado no plural.
d)    está correta, pois na verdade o que o texto expressa é que são três produtos diferentes: os xampus, um bactericida e um germicida.

TEXTO 5

PAPOS

         Me disseram...
         Disseram-me.
         Hein?
         O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
         Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
         O quê?
         Digo-te que você...
         O “te” e o “você” não combinam.
         Lhe digo?
         Também não. O que você ia me dizer?
         Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir  a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
         Partir-te a cara.
         Pois é. Partir-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
         É para o seu bem.
         Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
         O quê?
         O mato.
         Que mato?
         Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
         Eu só estava querendo...
         Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
         Se você prefere falar errado...
         Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
         No caso... não sei.
         Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
         Esquece.
         Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
         Depende.
         Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
         Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
         Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
         Por quê?
         Porque, com todo este papo, esqueci-lo.


 VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva 2001, p. 65-6.


Questão 16 (Descritor: estabelecer relação, em uma narrativa ficcional, entre a estratégia narrativa e o desenvolvimento do enredo)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

Uma das estratégias do narrador no desenvolvimento da história é explorar a contradição de um dos personagens. Todas as passagens abaixo são exemplos dessa estratégia, EXCETO:

a)     “Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é ‘digo-te’?”
b)    “Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?”
c)     “Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...”
d)    “O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?”





Questão 17 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, reticências, aspas)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

Em todas as alternativas abaixo, as reticências foram usadas com a mesma intenção, EXCETO em:

a)     “– Me disseram...
– Disseram-me.”
b)    “– Digo-te que você...
– O “te” e o “você” não combinam”
c)     “– Mais uma correção e eu...
– O quê?”
d)    “– Se você prefere falar errado...
– Falo como todo mundo fala.”


Questão 18 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de uma transgressão intencional ou involuntária aos padrões ortográficos ou morfossintáticos da modalidade escrita)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

As construções “Matar-lhe-ei-te”, “Sabes-lo”, “Ensines-lo-me” e “esqueci-lo” não existem em português, nem na norma culta e muito menos na norma popular. No texto, portanto, elas têm uma função especial, que é:

a)     provocar efeito de humor com as dificuldades que o personagem tem na colocação de pronomes.
b)    demonstrar que as regras de colocação pronominal em língua portuguesa são ilógicas e sem utilidade.
c)     identificar as características principais do personagem: ele é chato e gosta de parecer elitista.
d)    ironizar o falso conhecimento que o outro personagem tem das regras de colocação pronominal.


Questão 19 (Descritor: relacionar, em um texto, assunto e finalidade com o tipo de texto)

Assunto: Procedimentos de leitura

O texto de Luiz Fernando Veríssimo é uma crônica ficcional que tem como finalidade demonstrar que:

a)     cada pessoa deve ter o direito de usar a língua como bem entender.
b)    a preocupação excessiva com a gramática pode prejudicar a comunicação.
c)     as regras de colocação pronominal em português são muito difíceis.
d)    o aprendizado das regras de colocação de pronomes é muito importante.


Questão 20 (Descritor: estabelecer, na construção de sentido do texto, articulações entre termos pertencentes a uma família lexical ou de um mesmo campo semântico.)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Um título também possível para o texto seria:

a)     Papos furados.
b)    Papos-cabeça.
c)     Papos sérios.
d)    Papos modernos.

II)            QUESTÕES ABERTAS


TEXTO 6

VÁ EXPLICAR

O proverbial marciano que chega na Terra sem saber de nada ao nosso respeito tem sido muito usado para destacar nossos absurdos. O homenzinho verde é um eterno perplexo. Quando viu um mapa do Brasil e lhe disseram que um dos problemas do país é o de agricultores sem terra, ele quase teve um desmaio. Pediu “Amoníaco, amoníaco”, para se restabelecer. Como é que num país com tanta terra, falta terra? E vá você explicar para o homenzinho verde que não é bem assim, porque os latifundiários, porque a propriedade, porque o produtivo e o improdutivo, porque a política e a bancada ruralista, porque isto porque aquilo. Ele não se convence. Se há país no planeta em que não deveria haver questão fundiária, o que dirá conflito fundiário, é o Brasil. Mas isso na opinião do marciano, que não sabe de nada a nosso respeito.
Aliás, sabe um pouco. Mesmo o marciano mais verde, quando chega, quer conhecer o Pelé,  de quem já ouviu falar. E se interessa pelo nosso futebol. Faz perguntas. Fica sabendo que o Brasil é o país do futebol, que aqui se joga o melhor futebol do mundo. Precisa que lhe esclareçam alguns detalhes (como o que é “mundo” mas entende que o futebol deve ser um grande negócio no Brasil, que com tantas e tão grandes torcidas os campeonatos de futebol no Brasil devem ser das competições mais espetaculares e rentáveis do, como é mesmo? Mundo. Esse tal de Flamengo, por exemplo. A maior torcida do Brasil, é isso? Onde o Flamengo joga, enchem os estádios, é isso? Só a torcida do Flamengo deve garantir o sucesso financeiro dos campeonatos brasileiros, exclama o homenzinho. Bem, diz você, não é bem assim. E conta que o Flamengo está ameaçado de rebaixamento. Que, se não fizer os pontos necessários, cai da primeira divisão, e sua torcida vai junto.
O marciano pisca os seus três olhos, perplexo de novo. Como é? Mas logo se reanima. Isso quer dizer que os campeonatos de futebol no Brasil são tão espetacularmente rentáveis que podem abrir mão da maior torcida do país, só porque o seu time terminou mal na tabela. É isso? Não, diz você. Os campeonatos são deficitários. Os clubes não têm dinheiro. O futebol brasileiro precisa de renda. Não pode dispensar um único torcedor, quanto mais a torcida do Flamengo. E do Grêmio, e do Atlético Mineiro, e do Botafogo, e do Palmeiras, que também são times de grande torcida que podem cair... Mas o que vai se fazer? É o regulamento.
– Amoníaco, amoníaco! – pede o marciano.

VERÍSSIMO, Luís Fernando. O GLOBO, 28 nov. 2004. p. 7.


Questão 21 (Descritor: estabelecer relações sintático-semânticas na progressão temática – temporalidade, causalidade, oposição, comparação)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“... porque os latifundiários, porque a propriedade, porque o produtivo e o improdutivo, porque a política e a bancada ruralista, porque isto e porque aquilo.”

a)     Qual é a relação de sentido estabelecida pela conjunção “porque” na passagem transcrita?
b)    O que faz sugerir, no contexto, o uso de tantas estruturas iniciadas pela conjunção “porque”?


Questão 22 (Descritor: reconhecer, em um texto, índices que permitam identificar características do interlocutor ou da passagem)

Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto

Releia a passagem a seguir:

“Precisa que lhe esclareçam alguns detalhes (como o que é “mundo”)... os campeonatos de futebol no Brasil devem ser das competições mais espetaculares e rentáveis do, como é mesmo? Mundo.”

A passagem acima nos permite concluir que, em uma conversa conosco, o marciano não entenderia o que nós chamamos de “mundo”. Por que isso ocorreria?
Questão 23 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, reticências, aspas)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

Releia a passagem a seguir:

“Mas o que vai se fazer? É o regulamento.”

Que função tem a pergunta feita na passagem transcrita? Justifique bem sua resposta.


Questão 24 (Descritor: estabelecer relações entre uma tese – global ou local – e os argumentos oferecidos para sustentá-la)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

Qual é o ponto de vista do locutor do texto sobre o rebaixamento de equipes como Flamengo à segunda divisão do campeonato brasileiro? Justifique sua resposta.


Questão 25 (Descritor: estabelecer, na construção de sentido do texto, articulações entre termos pertencentes a uma família lexical ou de um mesmo campo semântico)

Assunto: Procedimentos de leitura

“– Amoníaco, amoníaco! – pede o marciano”

Que correspondente teria a frase acima na linguagem de um terráqueo? Justifique sua resposta.


Questão 26 (Descritor: inferir o sentido de uma palavra ou expressão considerando o contexto e/ou universo temático e/ou a estrutura morfológica da palavra – radical, afixos e flexões)

Assunto: Procedimentos de leitura

Dê um novo título para o texto sem alterar o significado básico de “Vá explicar”.


























TEXTO 7


Port 8ª charge 2



Revista O GLOBO, nº. 18, 28 nov. 2004. p. 53

Questão 27 (Descritor: estabelecer relação, em uma narrativa ficcional, entre a estratégia narrativa e o desenvolvimento do enredo)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

A estratégia narrativa do texto é a surpresa. O autor conduz o leitor por uma interpretação, mas depois o surpreende com uma revelação inesperada. Redija um pequeno texto, comprovando tal estratégia.


Questão 28 (Descritor: relacionar informações oferecidas por figura, foto, gráfico e/ou tabela com as constantes no corpo de um texto)

Assunto: Procedimentos de leitura

Observe, no quadrinho final, a expressão fisionômica do personagem que pediu o endereço das garotas. O que revela essa expressão?


Questão 29 (Descritor: reconhecer níveis de registro – formal e informal)

Assunto: Variação lingüística

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“ficamos eu e mais seis garotas, ali ó...”

Que fatores determinam a flexão do verbo na 1ª pessoa do plural, “ficamos”?


Questão 30 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de recursos gráficos – diagramação, forma, tamanho e tipo de letras, disposição espacial, etc.)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

O que revela sobre o locutor o uso de negrito nas expressões “eu”, “seis”, “uma loucura” e “claro”?



Port 8ª - texto sorriso

TEXTO 8

Questão 31 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de linguagem figurada – metáfora, hipérbole, eufemismo, repetição, gradação, etc.)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

O anúncio explorou os sentidos literal e figurado da palavra “operação”. Redija um pequeno parágrafo, comprovando essa afirmativa.





Questão 32 (Descritor: avaliar a força argumentativa com a finalidade do texto ou em função do interlocutor)

Assunto: Implicações do suporte do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto

O anúncio não vê a necessidade de deixar claro para o leitor o tipo de operação a que as crianças foram submetidas. Justifique essa afirmativa considerando:

a)     a ilustração que acompanha o anúncio.
b)    o público alvo do anúncio.


TEXTO 9

A polêmica cartilha da escola da vida

Alunos, professores e empresários discutem os ensinamentos atribuídos a Bill Gates

Por Tatiana Clébicar

FLUÊNCIA EM INGLÊS E ESPANHOL, DOMÍNIO DO computador, conhecimentos gerais e específicos  afiados não são as únicas ferramentas que as escolas deveriam dar a crianças e adolescentes que sonham com um futuro promissor. É o que diz um e-mail, atribuído a Bill Gates, com dez – ou 11, dependendo da versão – itens que a escola não ensina aos alunos. O texto, cuja autoria o dono da Microsoft se apressou em negar, está no livro “Dumbing down our kids” (“Emburrecendo nossas crianças”, numa tradução livre), do educador americano Charles Sykes, e critica projetos pedagógicos que não mostram em sala de aula a vida como ela é. Entre alunos, pais e professores, o tema é polêmico: as escolas devem tratar crianças e adolescentes como pequenos adultos?
– Outro dia, na gincana, a professora parou a contagem de pontos e decretou todos campeões. Nada a ver. A vida não é boazinha, a nossa educação também não deve ser – diz João Atala, que aos 18 anos toca com nove amigos e sócios a produtora Ion. – As escolas não ensinam a fazer dinheiro.
Colega de turma do precoce empreendedor e aspirante a cineasta, Carlos Frederico Paes comemora o fato de estar prestes a concluir o ensino médio sem ter aprendido matemática pensando em cifrões:
– A escola é também um lugar onde me divirto, faço amigos e sou feliz!
Os argumentos dividem os alunos e também os professores. Para o diretor da Our Lady of Mercy (OLM), escola americana de Botafogo, onde estuda a dupla, o Ph.D em administração educacional e professor da Unicamp Charles Lyndaker, a lista obedece somente à lógica do mercado de trabalho:
– As leis que regem o meio empresarial criaram um mundo com problemas. A escola tem que entender esse ambiente difícil, mas não deve ser um espelho dele. Deve, sim, esforçar-se para transformá-lo.
George Cardoso, diretor pedagógico do Centro Educacional da Lagoa (CEL), acha que as lições incentivam o respeito às diferenças e o amadurecimento.
– A pessoa que escreveu tem bom senso e ampla visão de mundo – diz ele. – Por ter vindo assinado pelo Bill Gates, o e-mail ganhou proporção maior. Mas qualquer profissional bem-sucedido tem essas convicções.

REVISTA O GLOBO, nº 18, 28 nov. 2004, p. 24.




Questão 33 (Descritor: relacionar uma informação identificada no texto com outras oferecidas no próprio texto ou em outros textos)

Assunto: Procedimentos de leitura

A partir das informações presentes no texto, defina o que é um “tema polêmico”.



Questão 34 (Descritor: comparar paráfrases avaliando sua maior ou menor fidelidade ao texto original.)

Assunto: Relações entre Textos

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“... Carlos Frederico Paes comemora o fato de estar prestes a concluir o ensino médio sem ter aprendido matemática pensando em cifrões...”

Agora compare:

“... Carlos Frederico Paes comemora o fato de estar prestes a concluir o ensino médio tendo aprendido matemática sem pensar em cifrões...”

As duas passagens têm significado semelhante? Justifique.


TEXTO 10

Os dez passos par o mundo real

1. A vida não é fácil. Acostume-se com isso.

2. O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele antes de você se sentir bem com si mesmo.

3. Você não ganhará US$ 40 mil por ano assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes de comprar seu próprio carro e telefone.

4. Se você acha seu professor rude e chato, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você. Você será cobrado o tempo todo.

5.Fritar hambúrgueres, cortar grama ou lavar carros não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de “oportunidade”.

6. Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então, não lamente seus erros, aprenda com eles. Aliás, seus pais não eram tão chatos como são agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, levar você à escola, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são ridículos. Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

7. Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Na vida real, se você errar, será demitido.

8. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros colegas o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

9. Televisão não é vida real. No mundo real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou boate e ir trabalhar.

10. Seja legal com seus nerds e CDFs. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.

* Segundo o educador americano Charles Sykes, no livro “Dumbing Down our Kids”

REVISTA O GLOBO, nº 18, 28 nov. 2004, p. 25.
Questão 35 (Descritor: comparar as opiniões/pontos de vista em dois textos sobre o mesmo tema)

Assunto: Relações entre textos

Dentre os “dez passos para o mundo real”, identifique 05 (cinco) que podem ser associados à crítica feita pelo professor Charles Lyndaker (Texto 9).


Questão 36 (Descritor: estabelecer relações sintático-semânticas na progressão temática – temporalidade, causalidade, oposição, comparação)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Una os períodos de cada item abaixo, usando a conjunção coordenativa adequada.


a)     “A vida não é fácil. Acostume-se com isso”.
b)    “Em algumas escolas você não repete de ano e tem quantas chances precisar até acertar.Na vida real, se você errar, será demitido.”
c)     “Seja legal com seus Nerds e CDFs. Existe uma grande possibilidade de você vir a trabalhar para um deles.


Questão 37 (Descritor: reconhecer, em um texto, índices que permitam identificar características do interlocutor ou da passagem)

Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto.

O item 5 comprova que o texto foi produzido para um público bem específico: o jovem americano. Por quê?


TEXTO 11

É NISSO QUE DÁ LIMPAR A CASA INTEIRA TODO DIA: VOCÊ CHEGA
AOS 80 ANOS TININDO.


Para chegar aos 80 anos entre as líderes do mercado, uma empresa não pode parar de inovar. Foi pensando assim que a Reckitt Benckiser trabalhou desde o início, em 1924. Uma  história de sucesso que começou com o lançamento do alvejante de roupa Anil e dos limpadores de metais Brasso e Silvo e hoje é responsável por marcas que fazem parte do dia-a-dia do brasileiro, como Veja, Poliflor, Harpic, Vanisch e SBP, entre outras.
Convenhamos: não é todo mundo que chega aos 80 anos com disposição para limpar a sua casa toda.


Questão 38 (Descritor: correlacionar, em um texto dado, termos, expressões ou idéias que tenham o mesmo referente)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Identifique a que termos se referem as palavras e/ou expressões listadas a seguir:

a)     nisso
b)    você
c)     sua casa


Questão 39 (Descritor: avaliar a função argumentativa de operações como seleção lexical, formas de tratamento e relações de co-referência: hiperonímia, expressões nominais definidas, repetição, sinonímia)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“É NISSO QUE DÁ LIMPAR A CASA INTEIRA TODO DIA...”

O autor do texto poderia ter feito opção pela seguinte frase:
“LIMPAR A CASA INTEIRA TODO DIA DÁ NISSO...” No entanto, o uso de “É que “ produz um efeito de sentido mais eficiente. Por quê?


Questão 40 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, aspas)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

Releia, com atenção, o slogan do anúncio:

“É NISSO QUE DÁ LIMPAR A CASA INTEIRA TODO DIA: VOCÊ CHEGA AOS 80 ANOS TININDO”

Agora responda: qual é a função dos dois pontos no slogan?











GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO 01:
C

QUESTÃO 11:
A
QUESTÃO 02:
B

QUESTÃO 12:
A
QUESTÃO 03:
C

QUESTÃO 13:
B
QUESTÃO 04:
D

QUESTÃO 14:
C
QUESTÃO 05:
D

QUESTÃO 15:
B
QUESTÃO 06:
A

QUESTÃO 16:
C
QUESTÃO 07:
B

QUESTÃO 17:
D
QUESTÃO 08:
C

QUESTÃO 18:
A
QUESTÃO 09:
D

QUESTÃO 19:
B
QUESTÃO 10:
D

QUESTÃO 20:
A

 

GABARITO DAS QUESTÕES ABERTAS



QUESTÃO 21

a)     A conjunção "porque" estabelece, em todas as orações da passagem, a relação de causa.
b)    A repetição da conjunção "porque" na passagem transcrita sugere que há uma infinidade de causas para o problema fundiário no Brasil. Ou ainda, o problema da terra no Brasil não se resolve por causa dos inúmeros conflitos de interesse.


QUESTÃO 22

O marciano não entenderia o que é "mundo", ou seja, ele não entenderia a razão de usarmos uma palavra como "mundo". Isso porque o "mundo", para nós, é único: existe somente o nosso mundo. Ora, o marciano sabe que não é assim, existem outros mundos, a Terra, Marte, e talvez outros.


QUESTÃO 23

A pergunta, na referida passagem, tem a função de apresentar o conformismo do locutor. O seu sentido é mais de uma afirmação: não há nada a se fazer.


QUESTÃO 24

O locutor do texto é claramente contrário ao rebaixamento de equipes como o Flamengo. Afinal de contas, se existe uma chance de o futebol brasileiro se tornar rentável esta chance está nas grandes torcidas, nas rendas que elas podem propiciar comparecendo aos estádios. Um time como o Flamengo, que tem a maior torcida do Brasil, não poderia, portanto, disputar um campeonato de "segunda categoria". Aí, sim, o prejuízo será ainda maior. Quem se interessará pela competição?


QUESTÃO 25

A frase "Amoníaco, amoníaco!" teria, na voz de um terráqueo, o correspondente "Água, água!". Isso porque é o que um humano comum pede quando passa por uma situação de grande choque ou susto. O marciano se assustou com as notícias sobre o futebol brasileiro, ficou sem "ar" ou algo parecido. Então, pediu o que lhe daria algum alívio naquele momento.




QUESTÃO 26

Um outro título possível para o texto seria algo como "É impossível explicar!". Ou ainda: "Tente explicar e verá como é difícil!". Afinal, é esse o sentido da expressão "Vá explicar" no contexto em que foi usada. O texto confirma que tal título significa que alguém teria muitas dificuldades para explicar a um marciano que o Brasil é um país com muitos problemas de distribuição de terra, ou com muitos problemas no futebol, apesar de jogar o melhor futebol do mundo.


QUESTÃO 27

A estratégia narrativa é, de fato, a surpresa. Ao longo do texto, pensa-se que o personagem está falando que esteve pessoalmente com as seis garotas. Só ao final descobre-se que, na verdade, o seu contato com elas foi apenas virtual, eles estavam em um chat via internet.


QUESTÃO 28

A expressão do personagem revela que ele ficou muito satisfeito em receber o endereço eletrônico para se comunicar também com as garotas. Poder-se-ia até esperar um descontentamento por parte dele. Afinal, seu amigo falou de forma tão entusiasmada... Parecia um contato real com as garotas. Mas, ao contrário, ele gostou de receber o endereço. Ele também é, portanto, uma pessoa que curte os relacionamentos virtuais.


QUESTÃO 29

O uso do verbo na primeira pessoa do plural, "ficamos", se deve aos fatos de o sujeito ser composto e um de seus núcleos ser o pronome pessoal "eu".


QUESTÃO 30

O uso do negrito nas palavras "eu", "seis", "uma loucura", "claro" revela que o locutor é um tanto convencido. Ele se gaba de ter estado com seis garotas , numa loucura total, e até mesmo de ajudar um amigo a fazer o mesmo.


QUESTÃO 31

A palavra "operação" foi usada, no texto, em sentido literal e em sentido figurado. Em sentido literal, ela significa "cirurgia": as crianças beneficiadas pelo projeto foram submetidas a uma intervenção cirúrgica em um hospital. Em sentido figurado, "operação" quer dizer "campanha", "mobilização". A sociedade, as empresas participaram de uma campanha de solidariedade e ajudaram as crianças a passar pela cirurgia.


QUESTÃO 32

a)     A ilustração que acompanha o texto já indica o tipo de cirurgia: trata-se de uma cirurgia nos lábios (ou na boca), de forma a permitir que as crianças possam sorrir normalmente, além de outras habilidades.
b)    O público-alvo do anúncio são as empresas listadas no texto. Ora, elas já sabem do que se trata. Seria redundante explicar a elas. Afinal, foram elas que mais contribuíram para que as cirurgias pudessem ser realizadas.


QUESTÃO 33

De acordo com o texto, um tema polêmico é aquele que gera muitas discussões e pontos de vista bem distintos. Muitas pessoas são favoráveis, e têm boas razões para isso; mas muitas pessoas são contrárias e não deixam de ter bons argumentos para sustentar seus pontos de vista.



QUESTÃO 34

Sim, as duas passagens têm sentido semelhante. Ambas afirmam, de maneiras distintas, que: o aluno aprendeu matemática, mas ele não aprendeu apenas pensando em cifrões.


QUESTÃO 35

O professor Charles Lyndaker critica o texto, afirmando que a lista procura obedecer à lógica do mercado, ou seja, os alunos estariam então na escola apenas para se preparar para o mercado de trabalho. Ora, os "mandamentos" que estão relacionados a essa crítica são: 3, 4, 7,9 e 10.


QUESTÃO 36

a)     A vida não é fácil, por isso, acostume-se com isso.
b)    Em algumas escolas você não repete de ano e tem quantas chances precisar até acertar, mas na vida real, se você errar, será demitido.
c)     Seja legal com seus Nerds e CDFs, pois existe uma grande possibilidade de você vir a trabalhar para um deles.


QUESTÃO 37

O item 5 prova que o texto se destinou, inicialmente, ao jovem americano. Isso porque as atividades sugeridas nele (fritar hambúrgueres, cortar grama, lavar carros) são típicas dos jovens daquele país, que, em seus períodos de folga, têm o costume de realizar tarefas desse tipo e guardar o dinheiro ganho para os anos de faculdade. É um costume tipicamente americano.


QUESTÃO 38

a)     nisso: chegar aos 80 anos tinindo.
b)    você: uma empresa.
c)     sua casa: a casa do consumidor que usa os produtos da empresa anunciante.


QUESTÃO 39

A expressão "é que" reforça, enfatiza, dá destaque à afirmativa de que limpar a casa inteira todo dia traz uma conseqüência positiva: uma empresa continuar no mercado por 80 anos. A outra opção não tem esse recurso de ênfase.


QUESTÃO 40

Os dois pontos na frase em questão indicam o estabelecimento de uma relação de causa-conseqüência  entre os dois componentes do período. A primeira parte ("É nisso que dá limpar a casa inteira todo dia") é a causa da segunda parte ("você chega aos 80 anos tinindo"); assim como a segunda parte é a conseqüência da primeira.








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