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INTRODUÇÃO


Caro professor, prezada professora,

            Como é de seu conhecimento – pois assim prescreve o nosso Projeto Pedagógico e os livros de nossa coleção – o texto é o nosso ponto de partida e o de chegada das atividades de ensino e de aprendizagem da língua materna. A recepção e a produção de textos, portanto, devem ser a tônica das avaliações. Através delas – sejam formais ou processuais – o que queremos é identificar se os alunos compreendem o que lêem e produzem usando recursos lingüísticos adequados às mais diversas situações comunicativas. Em outras palavras, queremos identificar se os alunos percebem a leitura e a escrita como práticas que exigem a apropriação consciente das finalidades e intenções, dos ditos e não-ditos e das estratégias usadas pelo locutor para atingir os objetivos de seu texto. Enfim, se os alunos estão desenvolvendo os saberes necessários à constituição de sua competência discursiva.
            O presente Banco de Questões prevê que as competências e habilidades necessárias aos alunos da 7ª série do Ensino Fundamental sejam avaliadas, no 1º semestre/2006, por meio de questões relativas aos gêneros textuais estudados no Livro 1 da nova Coleção Pitágoras. Espero que as questões, se usadas, se tornem um momento privilegiado do processo ensino-aprendizagem, revelando os sucessos do aluno na construção de seus conhecimentos, apontando necessidades e problemas e redefinindo estratégias para a maior eficiência na interação com o aluno.
            As 40 (quarenta)questões foram distribuídas conforme a nossa Matriz de Referências de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II (5ª a 8ª série). Veja o quadro a seguir.



Distribuição das questões/tema da Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II – 5ª a 8ª série

Procedimentos de Leitura
Questões:  4, 7, 9, 10, 11, 16, 17, 21, 31, 34, 36, 39, 40
Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto
Questões: 22, 28, 38
Relações entre textos
Questões: 6, 12, 20, 35, 37
Coerência e coesão no processamento do texto
Questões: 1, 2, 13, 15, 18, 26, 30, 33
Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido
Questões: 3, 5, 8, 14, 23, 24, 25, 27, 29, 32
Variação lingüística
Questão: 19


             


Francisco de Assis Assunção






I)   QUESTÕES OBJETIVAS

TEXTO 1

PROBLEMAS DA LINGUAGEM ESCRITA
Exemplos retirados de textos da imprensa
Exemplo: “Deputados tentam ‘limpar’ obras com irregularidades”
Exemplo: “A osteoporose é uma doença que fragiliza os ossos, quebrando-se com facilidade”.
Explicação: a ordem pode determinar o sentido da frase ou, pior ainda, dificultar a compreensão do texto. Que fizeram os deputados? Tentaram “limpar”, no sentido de “legalizar”, as obras irregulares ou, com o pretexto de “limpar”, praticaram atos irregulares? A inversão da expressão “com irregularidades” seria uma das saídas: “Com irregularidades, deputados tentam ‘limpar’ obras”. Outra saída seria substituir a locução “com irregularidades” pelo adjetivo “irregulares”: “Deputados tentam ‘limpar’ obras irregulares”. Antes de dar o texto por encerrado, é preciso lê-lo e relê-lo.
Explicação: se é tão fácil quebrar a osteoporose, por que preocupar-se com ela, como sugere a peça publicitária? Verdadeira praga, o gerúndio é um dos mais perigosos aliados da ambigüidade. Por não constituir oração independente, o gerúndio gravita em trono da oração principal cujo sujeito, no caso, é “a osteoporose”. Moral da história: é ela, a osteoporose, que se quebra com facilidade. Que fazer? Usar o gerúndio com todo o cuidado do mundo. No caso, o melhor mesmo é desistir dele: “A osteoporose é uma doença que fragiliza os ossos e os torna facilmente quebráveis”.
Exemplo: “A casa Branca garante que haverão novos atentados”.
Exemplo: “Com o início do horário de verão na próxima segunda-feira, a bolsa de valores passará a funcionar das.”.
Explicação: usado com o sentido de “ocorrer”, o verbo “haver” não apresenta a flexão de plural. Assim como se diz “Há atentados” (e não “Hão atentados”), deve-se dizer “Haverá atentados”. Isso vale para qualquer tempo e modo em que se conjugue o verbo “haver” com o sentido de “ocorrer”, “acontecer” ou “existir”: “Caso haja atentados.”.; “Se houver atentados.”.; “Os atentados que houve.”.; “Havia muitas pessoas na fila.”.
Explicação: um dia, aprendemos na escola que “virgula é para respirar”. Santa bobagem! A vírgula não é um bálsamo pulmonar; é um instrumento sintático-estilístico. Na frase em questão, a vírgula fez a expressão temporal “na próxima segunda-feira” indicar quando começaria o horário de verão. O que se queria informar, no entanto, era que, a partir da segunda-feira seguinte, a bolsa passaria a funcionar em determinado horário. Isso seria conseguido com a mudança de posição da vírgula (“Com o início do horário de verão, na próxima segunda-feira a bolsa de valores passará a funcionar das.”.). Não se colocam as vírgulas como quem salpica orégano em uma pizza.

CIPRO NETO, Pasquale. VEJA, 7 de novembro de 2001, p. 107 (fragmentos)


Questão 01 (Descritor: correlacionar, em um texto dado, termos, expressões ou idéias que tenham o mesmo referente)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Conforme ensina o professor Pasquale, o verbo “haver”, no sentido de “ocorrer” (e também “existir”)não apresenta flexão de plural. Assim, o correto é dizer “haverá atentados”, e não “haverão atentados”. Tal regra se justifica pelo fato de:

a)     a forma verbal “hão” ter uso muito restrito em nossa língua.
b)    “haver”, naqueles sentidos, necessitar de complemento, e nunca de sujeito.
c)     o verbo “haver” precisar garantir os seus sentidos de “acontecer” ou “existir”.
d)    os verbos “acontecer” e “existir” transferirem suas características para “haver”.



Questão 02 (Descritor: estabelecer relações sintático-semânticas na progressão temática – temporalidade, causalidade, oposição, comparação)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“A osteoporose é uma doença que fragiliza os ossos, quebrando-se com facilidade”.

Ao empregar a oração “quebrando-se com facilidade”, o locutor quis estabelecer um importante relacionamento de sentido com a informação anterior. Esse relacionamento é de:

a)     causa.
b)    tempo.
c)     conseqüência.
d)    condição.


Questão 03 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de linguagem figurada – metáfora, hipérbole, eufemismo, repetição, gradação, etc)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Todas as passagens abaixo são marcadas pela ironia do professor Pasquale, EXCETO

a)     “.. se é tão fácil quebrar a osteoporose, por que preocupar-se com ela, como sugere a peça publicitária?”
b)    “.. cujo sujeito, no caso, é “a osteoporose”. Moral da história: é ela, a osteoporose, que se quebra com facilidade”.
c)     “.. vírgula é para respirar. Santa bobagem! A vírgula não é um bálsamo pulmonar, é um instrumento sintático-estilístico”.
d)    “.. a vírgula fez a expressão temporal “na próxima segunda-feira” indicar quando começaria o horário de verão”.


QUESTÃO 04 (Descritor: relacionar uma informação identificada no texto com outras oferecidas no próprio texto ou em outros textos)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“.. a ordem pode determinar o sentido da frase ou, pior ainda, dificultar a compreensão do texto”.

O termo “da frase”, na passagem transcrita, se refere:

a)     a toda e qualquer frase da língua portuguesa.
b)    a toda e qualquer frase de qualquer língua.
c)     à frase “Deputados tentam limpar obras com irregularidade”.
d)    às frases em que a ordem pode determinar o sentido.








Questão 05 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, reticências, aspas).

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Releia, com atenção, a frase dada como exemplo de problema:

“Deputados tentam ‘limpar’ obras com irregularidades”.

Todas as intenções abaixo justificam o uso de aspas em “limpar”, EXCETO

a)     produzir efeitos de ironia.
b)    usar linguagem figurada.
c)     demonstrar uma contradição.
d)    realizar uma citação.


Questão 06 (Descritor: comparar paráfrases avaliando sua maior ou menor fidelidade ao texto original)

Assunto: Relações entre textos.

Dentre as sugestões oferecidas abaixo, a que realmente resolve o problema do duplo sentido da frase e mantém o significado pretendido é:

a)     Deputados tentam ‘limpar’ obras irregulares.
b)    Com irregularidades, deputados tentam ‘limpar’ obras.
c)     Deputados tentam, com irregularidades, ‘limpar obras.
d)    Deputados tentam ‘limpar’, irregulares, obras.


Questão 07 (Descritor: relacionar uma informação identificada no texto com outras pressupostas pelo contexto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Na tentativa de solucionar o problema da frase (“Deputados tentam ‘limpar’ obras com irregularidades”), o professor Pasquale sugere a sua reescrita. Mas é também evidente que o duplo sentido desaparecerá se forem contemplados os aspectos abaixo, EXCETO

a)     o leitor ler todo o texto, e não apenas a sua manchete.
b)    o leitor tiver conhecimento do contexto de produção do texto.
c)     o leitor deduzir o óbvio: os deputados querem esconder as irregularidades.
d)    o leitor souber diferenciar ordem direta e inversa dos termos da frase.


Questão 08 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de linguagem figurada – metáfora, hipérbole, eufemismo, repetição, gradação)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“Não se colocam as vírgulas como quem salpica orégano em uma pizza”.

A comparação acima tem o objetivo de afirmar que as vírgulas:

a)     mudam o sentido de uma frase, se usadas indevidamente.
b)    devem ser usadas com critério, em locais específicos da frase.
c)     são acessórios responsáveis por pequenos detalhes de sentido.
d)    têm a função de dar um toque especial à entonação da frase.



TEXTO 2

PECADOS CAPITAIS DA LINGUAGEM ORAL
Exemplo: “Há dez anos atrás.”.
Exemplo: “Fazem muitos anos.”.
Explicação: redundâncias enfeiam o discurso. Melhor dizer “Há dez anos” ou “Dez anos atrás”. “Há dez anos atrás” é o mesmo que “um plus a mais”.
Explicação: quando o verbo “fazer” se refere a tempo, ou indica fenômenos da natureza, não pode ser flexionado. Diz-se “Faz dois anos que trabalho na empresa”, “Faz seis meses que me casei”.
Exemplo: “Para mim não errar.”.
Exemplo: “Ir ao encontro de.”.,
         “Ir de encontro a.”.
Explicação: “mim” não pode ser sujeito, apenas complemento verbal (“Ele trouxe a roupa para mim”). Também pode completar o sentido de adjetivos: “Fica difícil para mim.”.
Explicação: muita gente acha que as duas expressões significam a mesma coisa. Errado. “Ir ao encontro de.”. é o mesmo que estar a favor. “Ir de encontro a.”. significa estar contra, discordar.

POLITO, Reinaldo. VEJA, 7 de novembro de 2001, p. 108 (fragmentos)


Questão 09 (Descritor: inferir o sentido de uma palavra e/ou de uma expressão considerando o contexto e/ou universo temático e/ou a estrutura morfológica da palavra – radical, afixos e flexões).

Assunto: Procedimentos de leitura.

O uso da expressão “pecados capitais” faz sugerir que, para Reinaldo Polito, os exemplos dados são:

a)     enganos muito comuns.
b)    erros bastantes graves.
c)     descasos bem compreensíveis.
d)    descuidos apenas dos grandes centros.


Questão 10 (Descritor: utilizar informações oferecidas por um verbete de dicionário e/ou de enciclopédia na compreensão ou interpretação de um texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Leia, com atenção, o verbete a seguir:

Redundância s.f. excesso de palavras repetindo idéias, pleonasmo

Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: objetiva, 2001, p. 376

A definição do dicionário nos permite concluir que “Há dez anos atrás” é mesmo um exemplo de redundância ou pleonasmo. Isso porque:

a)     “há” e “atrás”, na frase dada, indicam tempo que já passou.
b)    “há”, em frases desse tipo, tem o mesmo uso do verbo “fazer”.
c)     “atrás”, nesse contexto específico, é sinônimo da palavra “passados”.
d)    “há” e “atrás” podem ser usados em situações comunicativas diversas.





QUESTÃO 11 (Descritor: relacionar uma informação identificada no texto com outras oferecidas no próprio texto ou em outros textos)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Leia, com atenção, a frase a seguir:

“A proposta do candidato é ótima e vem de encontro aos nossos interesses, por isso votaremos nele”.

Considerando as explicações de Reinaldo Polito, pode-se afirmar que a frase acima apresenta essencialmente:

a)     duplo sentido.
b)    sentido figurado.
c)     falta de lógica.
d)    correção gramatical.


Questão 12 (Descritor: Comparar as opiniões / pontos de vista em dois textos sobre o mesmo tema)

Assunto: Relações entre textos.

Pode-se afirmar que o Texto 1 e o Texto 2 buscam realizar, perante o leitor, objetivos:

a)     opostos: escrever é muito mais importante que falar corretamente, e vice-versa.
b)    diferentes: ensinar a escrever, no Texto 1, e ensinar regras gramaticais, no Texto 2.
c)     complementares: para escrever corretamente é preciso, antes, saber falar corretamente.
d)    semelhantes: é essencial, hoje, que as pessoas escrevam e falem corretamente.


TEXTO 3

MAX SCHMELING
99 ANOSBOXEADOR

O peso-pesado alemão Max Schmeling nunca imaginou que derrotaria o invicto campeão americano – e negro – Joe Louis, em 1936, e nunca pretendeu levar sua vitória além do ringue. Adolf Hitler, porém, viu nele uma ferramenta de propaganda. Contra suas convicções, Schemling se viu transformado em “prova” da superioridade ariana. Ele rejeitou os títulos que o Reich quis lhe impor e se recusou a deixar sua mulher, de origem checa, e a demitir seu empresário judeu. Só ganhou a batalha, entretanto, ao ser nocauteado por Louis em 124 segundos na revanche de 1938, diante de 70.000 espectadores reunidos em Nova York. Os dois boxeadores se tornaram amigos pelo resto da vida. Quando a carreira de Louis terminou, na pobreza, em 1981, foi Schmeling quem deu a ele um enterro de campeão.


VEJA, 28 de dezembro, 2005, p. 156




Questão 13 (Descritor: avaliar a função argumentativa de operações como seleção lexical, formas de tratamento e relações de co-referência: hiperonímia, expressões nominais definidas, repetição, sinonímia)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“O peso-pesado alemão Max Schmeling nunca imaginou que derrotaria o invicto campeão – e negro – Joe Louis, em 1936, e nunca pretendeu levar sua vitória para além do ringue”.

A opção do locutor pelas expressões “nunca imaginou”, “derrotaria”, “nunca pretendeu” tem como função destacar que o boxeador Max Schmeling:

a)     sequer sonhou em enfrentar Joe Louis e muito menos vencê-lo para levar sua vitória ao plano político, além do ringue.
b)    chegou a enfrentar Joe Louis e a vencê-lo, embora não acreditasse ser isso possível e não tenha levado sua vitória além do ringue.
c)     jamais imaginou que a sua vitória sobre Joe Louis, em 1936, fosse usada como propaganda da superioridade racial alemã.
d)    nunca quis vencer o negro Joe Louis – campeão invicto – para que sua superioridade no ringue não fosse levada ao plano político.


Questão 14 (Descritor: Analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de linguagem figurada – metáfora, hipérbole, eufemismo, repetição, gradação)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“Só ganhou a batalha, entretanto, ao ser nocauteado por Louis em 124 segundos na revanche de 1938.”.

Observe que, na passagem transcrita, o locutor usa um recurso de linguagem conhecido como “paradoxo”, isto é, ele faz afirmações que, a princípio, são contraditórias entre si, criando uma situação aparentemente absurda: como alguém pode ganhar a batalha sendo nocauteado? Tal recurso, entretanto, no contexto em que foi usado, tem uma função muito importante. Essa função é:

a)     destacar a crença daquela época de que os boxeadores negros e americanos eram superiores.
b)    enfatizar o êxito de Schmeling em provar que a superioridade da raça alemã era uma mentira.
c)     insinuar que, na primeira luta entre Schmeling e Louis, em 1936, a vitória do alemão foi mero acaso.
d)    comprovar que Schmeling estava certo quando, em 1936, não acreditava ser capaz de vencer Louis.


Questão 15 (Descritor: estabelecer relação entre uma tese – global ou local – e os argumentos oferecidos para sustentá-la)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Todos os elementos abaixo têm uma importante função argumentativa no texto, EXCETO

a)     o uso em destaque do termo “e negro”, entre dois travessões.
b)    o emprego destacado pelas aspas da palavra “prova”.
c)     a ênfase em números como “124 segundos” e “70.000 espectadores”.
d)    a informação da morte de Schmeling, aos 99 anos.
  TEXTO 4






















































revista O GLOBO, 23 de dezembro de 2005, p. 43.




Questão 16 (Descritor: relacionar informações oferecidas por figura, foto, gráfico e/ou tabela com as constantes no corpo de um texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Observe ao longo de todo o texto as expressões faciais da “vó”. Desde o início, tais expressões indicam que ela:

a)     não entende os argumentos da neta.
b)    não concorda com as idéias da neta.
c)     não acredita na sinceridade da neta.
d)    não aceita as recusas da neta.


QUESTÃO 17 (Descritor: identificar o tema / tópico central de um texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Pode-se afirmar que o tema central do texto é uma crítica:

a)     às incoerências dos jovens.
b)    às novas tecnologias.
c)     ao consumo exagerado
d)    ao mau gosto das avós.


Questão 18 (Descritor: estabelecer relações sintático-semânticas na progressão temática – temporalidade, causalidade, oposição, comparação)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Releia, com atenção, os dois primeiros quadros do texto. Observe o uso que a “vó” faz da conjunção “e”. Essa palavra, no contexto em que foi usada, só NÃO pode ser substituída por:

a)     pois.
b)    mas.
c)     então.
d)    aí.


QUESTÃO 19 (Descritor: reconhecer, em um texto dado, marcas típicas da modalidade oral)

Assunto: Variação lingüística


Dentre os recursos apresentados abaixo, o que comprova a informalidade da linguagem do texto é:

a)     o uso de “puro” na expressão “puro comércio materialista”
b)    o emprego de formas reduzidas, ”vó” e “pra”, e palavras como “sacar”.
c)     a utilização da 2ª pessoa (“tu”)nos imperativos “disfarça” e “joga”.
d)    a escolha do pronome demonstrativo “esse”, em vez do similar “este”.


QUESTÃO 20 (Descritor: reconhecer referências ou remissões explícitas a outros textos)

Assunto: Relações entre textos.

Assinale o provérbio que se relaciona à situação apresentada no Texto 4.

a) Por fora, renda de bilro; por dentro, molambo só.
b) A cavalo dada não se olham os dentes.
c)     Casa de ferreiro, espeto de pau.
d)    Cada macaco no seu galho



II) QUESTÕES ABERTAS

TEXTO 5

































PAIVA, Miguel. O GLOBO. Caderno Rio Show, 30 de dezembro de 2005.


Questão 21 (Descritor: relacionar informações oferecidas por figura, foto, gráfico e/ou tabela com as constantes no corpo de um texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

O autor do texto espera que o leitor associe elementos da primeira imagem ao ano velho, 2005, e elementos da segunda imagem ao ano novo, 2006. Redija um pequeno parágrafo, explicando essas associações.


Questão 22 (Descritor: reconhecer, em um texto, índices que permitam identificar características do interlocutor ou da passagem)

Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto.

A fala final da personagem (“Essa energia, esse entusiasmo, essa força.. não dura um ano”)mostra que ela é muito irônica. Justifique essa afirmativa.


QUESTÃO 23 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente de uma transgressão intencional ou involuntária aos padrões ortográficos ou morfossintáticos da modalidade escrita)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Compare os dois enunciados a seguir:

I - É uma questão de tempo que passa..
II - É uma questão do tempo, que passa..

Considerando o contexto da fala da personagem, a opção II é mais adequada. Redija um pequeno parágrafo, explicando por quê.


Questão 24 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, reticências, aspas).

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Releia, com atenção, a frase final do texto: “Essa energia, esse entusiasmo, essa força.. não dura um ano!”

A função das reticências na passagem acima é quebrar a expectativa do leitor, surpreendê-lo. Redija um pequeno parágrafo, justificando essa afirmativa.


Questão 25 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, reticências, aspas).

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Compare as duas frases a seguir:

    I.       Liga, não, está acabando mas a culpa não sua..
   II.       Liga não, está acabando mas a culpa não é sua..

Para as intenções comunicativas da locutora, a opção II é mais adequada. Redija um pequeno parágrafo, explicando por quê.


Questão 26 (Descritor: correlacionar, em um texto, termos, expressões ou idéias que tenham o mesmo referente)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Releia, com atenção, a fala final da personagem:

“Essa energia, esse entusiasmo, essa força.. não dura um ano!”.

A frase acima está absolutamente correta sob o ponto de vista gramatical. A opção do autor, entretanto, pode nos fazer acreditar que há um erro na relação sujeito-verbo. Com base nessas observações, faça o que se pede: reescreva a frase, eliminando qualquer possibilidade de alguém pensar na existência de um erro grave de concordância verbal.


Questão 27 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva – interrogação, exclamação, reticências, aspas).

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Com que objetivo a locutora termina sua fala final (“Essa energia, esse entusiasmo, essa força.. não dura um ano!”)com uma exclamação?


TEXTO 6


MENOS

Fuja dessa e de outras expressões nada inteligentes
da pseudo-intelligentsia carioca
(-)!
Nos últimos anos, uma meia dúzia de expressões irritantes caiu no gosto de uma certa sociedade carioca pretensamente moderna e alternativa, principalmente dos que se querem fashion e dos que se gabam de ter aquela coisa vaga que se convencionou chamar de “atitude”, e que é vendida como biscoito nos guias de comportamento e anúncios de publicidade. São expressões de uma pobreza absurda se a gente considerar o estupendo leque de gírias e modos do falar coloquial brasileiro, e são usadas como bordões da falta de inteligência que se apoderou das cabeças mais variadas.
“Ninguém merece”, “fala sério”, “vamos combinar”, “básico” – e a campeã de todas, a quase-fascista “menos” – , são expressões reducionistas e opressivas que, na essência, têm a mesma função: excluir de uma discussão (ou da convivência entre pessoas e grupos)tudo que apareça como desmedido, “estranho”, não adequado a um certo senso comum que nunca se estabelece claramente (pois, no fundo, é puramente arbitrário). (.)
Assim, o sujeito que, por falta de conhecimento, coragem ou espírito argumentativo, não quiser aprofundar um assunto, dirá:
– Vamos combinar que isso não tem nada a ver. Vamos combinar que fulano é uma mala. Vamos combinar que gostar disso é muito cabeça. Vamos combinar: Vamos combinar.
Na verdade ninguém combinou nada, mas a maioria concordará. (.)
Os poucos que discordarem não terão forças para reagir, ou buscarão abrigo numa roda mais viva, se a encontrarem no deserto de vida inteligente que domina os salões.
O “fala sério” e o “ninguém merece” têm mais um efeito de criar cumplicidades redentoras entre espíritos frívolos, crônica ou temporariamente incapazes de conviver com a diversidade de personalidades e de discursos que os cercam. (.)
Mas não há nada pior e mais violento que o “menos, fulano, menos” – em geral acompanhado de um gesto de mão pedindo moderação. O “menos” aplica-se a tudo. (.)
Se a Maria der uma gargalhada escandalosa, de opereta (porque essa é a gargalhada de Maria quando ela está feliz!), a Luiza, que é uma perua de dar dó mas tem a personalidade mais forte que a da Maria (e usa umas grifes feias consideradas in), vai intervir:
– Menos, Maria, menos – e a Maria vai engolir a gargalhada e pensar duas vezes antes de rir desse jeito. Depois, vai ter úlcera aguda por não ser mais ela mesma. (.)
Eu ia terminar a crônica dizendo que o “menos” é a síntese do tempo em que vivemos. Um tempo em que tudo que resvala no complexo ou no inesperado é excesso. Um tempo em que qualquer elaboração é papo-cabeça, e papo-cabeça é escória. Um tempo em que só o simples vive. Tempo em que só o resumo vale, o saber é lixo. (.)Mas não vou dizer nada disso, tenho muitos amigos partidários do “menos”. (.)

BLOCH, Arnaldo. O GLOBO, 23 de dezembro de 2005. (fragmentos)


Questão 28 (Descritor: avaliar a força argumentativa com a finalidade do texto ou em função do interlocutor)

Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto.

A crônica de Arnaldo Bloch foi escrita com o firme propósito de convencer o leitor de uma idéia, e para isso utilizou um argumento básico. Redija um pequeno parágrafo, justificando essa afirmativa.


Questão 29 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de recursos gráficos – diagramação, forma, tamanho e tipo de letras, disposição espacial, etc)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Observe com atenção, o símbolo (-)!. Redija um pequeno parágrafo, estabelecendo pelo menos duas relações de sentido entre o símbolo e o conteúdo do texto.


Questão 30 (Descritor: analisar a função argumentativa de operações como seleção lexical, formas de tratamento e relações de co-referência – hiperonímia, expressões nominais definidas, repetição, sinonímia)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“Se a Maria der uma gargalhada escandalosa, de opereta (porque essa é a gargalhada de Maria quando ela está feliz!).”.

Que efeito de sentido o locutor pretende obter ao usar o nome “Maria” na passagem acima?


QUESTÃO 31 (Descritor: lLocalizar informações em num texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Que elogio o locutor faz à linguagem coloquial brasileira quando comparada às “expressões irritantes”?


Questão 32 (Descritor: analisar o efeito de sentido conseqüente do uso de linguagem figurada – metáfora, hipérbole, eufemismo, repetição, gradação, etc)

Assunto: Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“... e que é vendida como biscoito nos guias de comportamento e anúncios de publicidade”.

Que efeito de sentido o locutor pretende obter ao empregar a comparação do “biscoito” na passagem acima?


Questão 33 (Descritor: estabelecer relações sintático-semânticas na progressão temática – temporalidade, causalidade, oposição, comparação)

Assunto: Coerência e coesão no processamento do texto.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“Mas não vou dizer nada disso, tenho muitos amigos partidários do menos”.

Que palavra pode ser usada para ligar a 1ª oração (“Mas não vou dizer nada disso”)à 2ª (“tenho muitos amigos partidários do menos)? Justifique sua resposta.


Questão 34 (Descritor: utilizar informações oferecidas por um verbete de dicionário e/ou de enciclopédia na compreensão ou interpretação de um texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Leia, com atenção, o verbete a seguir:

Intelligentsia: Termo usado para descrever os membros das comunidades científica, artística e literária de uma sociedade. A expressão surgiu na Rússia revolucionária para separar tais membros de duas outras classes: a classe média (mercadores, comerciantes, banqueiros, advogados)e a classe formada por operários e camponeses.

Traduzido livremente do site www.saburchell.com/history/hist003.html

Com base nas informações do verbete e no uso que se faz das expressões “ninguém merece”, “fala sério”, “vamos combinar”, “básico”, responda: tais expressões devem ser associadas só à “intelligentsia”? Justifique sua resposta.


TEXTO 7

agora falando sério

                     letra e composição: Chico Buarque

Agora falando sério
Eu queria não cantar
A cantiga bonita
Que se acredita
Que o mal espanta
Dou um chute no lirismo
Um pega no cachorro
E um tiro no sabiá
Dou um fora no violino
Faço a mala e corro
Pra não ver a banda passar

Agora falando sério
Eu queria não mentir
Não queria enganar
Driblar, iludir
Tanto desencanto
E você que está me ouvindo
Quer saber o que está havendo
Com as flores do meu quintal?
O amor-perfeito, traindo
A sempre-viva, morrendo
E a rosa, cheirando mal



Agora falando sério
Preferia não falar
Nada que distraísse
O sono difícil
Como acalanto
Eu quero fazer silêncio
Um silêncio tão doente
Do vizinho reclamar
E chamar polícia e médico
E o síndico do meu prédio
Pedindo pra eu cantar

Agora falando sério
Eu queria não cantar
Falando sério

Agora falando sério
Preferia não falar
Falando sério

http://chico-buarque.letras.terra.com.br/letras/85834/


QUESTÃO 35 (Descritor: reconhecer referências ou remissões explícitas a outros textos)

Assunto: Relações entre textos.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“Agora falando sério
Eu queria não cantar
A cantiga bonita
Que se acredita
Que o mal espanta”

Os versos da passagem transcrita fazem referência a um provérbio muito conhecido. Redija um pequeno parágrafo, explicitando que provérbio é esse e que novo sentido ele ganha no texto.


Questão 36 (Descritor: depreender de uma informação explícita outra informação implícita no texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Releia, com atenção, a passagem a seguir:

“Agora falando sério
Eu queria não mentir
Não queria enganar
Driblar, iludir
Tanto desencanto
E você que está me ouvindo
Quer saber o que está havendo
Com as flores do meu quintal?
O amor-perfeito, traindo
A sempre-viva, morrendo
E a rosa, cheirando mal”

Os versos da passagem transcrita nos permitem deduzir pelo menos uma razão para o desencanto do locutor. Redija um pequeno parágrafo, apontando uma possível razão para isso. Justifique sua resposta com base em elementos da passagem.


Questão 37 (Descritor: comparar textos de diferentes gêneros quanto ao tratamento temático e aos recursos formais utilizados pelo autor)

Assunto: Relações entre textos.

As expressões “fala sério” e “falando sério” foram empregadas na crônica de Arnaldo Bloch e na música de Chico Buarque com o mesmo propósito? Justifique sua resposta.


QUESTÃO 38 (Descritor: associar as características e estratégias de um texto ao gênero – ficcional ou não-ficcional – e/ou locutor e interlocutor)

Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto.

A principal estratégia do locutor para dizer o que diz é o uso de uma linguagem altamente poética. Escolha um exemplo desse tipo de linguagem e, em seguida, redija um pequeno parágrafo associando o(s)verso(s)escolhido(s)à intenção do locutor.



TEXTO 8

Imersos na tecnologia – e mais espertos

As crianças e os adolescentes de hoje vivem cercados de videogame, computador, TV e DVD. As últimas descobertas da ciência dizem que o uso desses recursos na medida certa, ao contrário do que se pensava, pode ajudá-los a afiar a inteligência.

(.)para muitos pesquisadores, à luz da neurociência, os computadores, videogames, certos programas de TV e filmes de hoje, usados ou vistos na dose certa, proporcionam à moçada um outro tipo de aprendizado: eles ensinam a selecionar e processar informações, a exercitar a lógica e a deduzir – em suma, a raciocinar.
“As diversões estão cada vez mais complexas, fazendo com que as crianças e os adolescentes desenvolvam suas capacidades cognitivas e exercitem suas estruturas cerebrais com maior intensidade. Isso os torna mais inteligentes, e não menos”, disse à VEJA o escritor americano Steven Johson, que lançou há pouco o livro Surpreendente! A Televisão e o Videogame Nos Tornam Mais Inteligentes. É ele quem também completa, numa entrevista à repórter Ruth Costas: “Os jovens não estão deixando de ser sociáveis. Só estão adotando novos padrões de relacionamento e de convivência. As crianças costumam jogar videogame em grupo. Enquanto brincam, elas conversam com os colegas, riem e fazem piadas. Muitas aproveitam os jogos em rede e a internet para conhecer gente diferente e criar círculos de amigos. As atividades relacionadas às mídias eletrônicas são mais sociais do que alguns pais acreditam”.

VEJA, 11 de janeiro, 2006, p. 66-73 (fragmentos)




TEXTO 9


"No Brasil, os games e os filmes moldam a mente dos jovens para o mundo da tecnologia. Mas os currículos escolares clamam por adequações à nova realidade"

José Wagner Cabral de Azevedo
Tambaú, SP

Videogame e TV

A repostagem "Imersos na tecnologia - e mais espertos" (11 de janeiro) é o espelho do que aconteceu com meu filho. Quando ele tinha 11 anos, eu o presenteei com um PC, um à época poderoso 386. Ele aprendeu a jopgar xadrez em programas de computador e foi campeão de vários torneios escolares, regionais e estadual. Hoje ele joga Warcraft, na internet. Quando fez vestibular, aos 17 anos, foi Viçosa e Belo Horizonte. Formou-se em ciência da computação e agora, aos 22, é mestrando na UFMG, onde concluiu a graduação em 2004. Com certeza, o computador, e tudo o que ele possibilita, foi decisivo para seu desenvolvimento e para a escolha da carreira.

José Vitorino da Cunha Filho
Ipatinga, MG


Não é apenas a inteligência que precisa se formada, mas também os sentimentos e a moral. Os pais devem dedicar especial atenção à dica dada na reportagem: deixar os filhos usar esses recursos na medida certa. O controle sobre os pensamentos e os estímulos passados aos filhos pelo mundo da tecnologia e o tempo para convivências reais (não apenas virtuais) são dois aspectos importantes para conhecer essa medida. Utilizá-la é imprescindível para a consolidação de amizades, da vontade de realizar, da valentia em substituição ao medo e de muitos outros valores que os jovens carregarão em sua bagagem.

Diogo Siqueira Lemos
Belo Horizonte, MG

O neurocientista Gerald Edelman adverte para a grande interferência das tecnologias na formação da criança. É necessário que haja orientação de pais e professores para a escolha de programas adequados e acompanhamento das ações das crianças diante dos mais variados jogos ou do uso de qualquer tecnologia, para um bom aproveitamento doa atuais recursos disponíveis.

Marina Morais Felipe
Goiânia, GO

Sugestiva a fotografia da capa. A expressão do garoto retrata o tipo de espertinhos que estamos criando: arrogantes, individualistas, feras da tecnologia mas totalmente incapazes de relacionamentos não virtuais. Felizes as crianças que ainda não estão robotizadas.

Hilda A Santos Dias
Santos, SP

VEJA, 18 de janeiro, 2006, p. 24.


QUESTÃO 39 (Descritor: localizar informações num texto)

Assunto: Procedimentos de leitura.

O Texto 9 reproduz as cartas que quatro leitores enviaram à redação de Veja para comentar a reportagem “Imersos na tecnologia – e mais espertos” (Texto 8). Indique os leitores que se caracterizam por: crítica totalmente favorável, crítica parcialmente favorável e crítica desfavorável ao conteúdo da reportagem.


Questão 40 (Descritor: inferir o sentido de uma palavra ou de uma expressão considerando o contexto e/ou universo temático e/ou a estrutura morfológica da palavra – radical, afixos, flexões)

Assunto: Procedimentos de leitura.

Releia, com atenção, as passagens a seguir:

    I.       “.. para a consolidação de amizades, da vontade de realizar, da valentia em substituição ao medo.”.
   II.       “.. retrata o tipo de espertinhos que estamos criando.”.

Reescreva as duas passagens, substituindo “valentia” e “espertinhos” por sinônimos ou expressões correspondentes.





GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS


QUESTÃO 01:
B

QUESTÃO 11:
C
QUESTÃO 02:
C

QUESTÃO 12:
D
QUESTÃO 03:
D

QUESTÃO 13:
B
QUESTÃO 04:
C

QUESTÃO 14:
A
QUESTÃO 05:
D

QUESTÃO 15:
D
QUESTÃO 06:
A

QUESTÃO 16:
C
QUESTÃO 07:
D

QUESTÃO 17:
C
QUESTÃO 08:
B

QUESTÃO 18:
A
QUESTÃO 09:
B

QUESTÃO 19:
B
QUESTÃO 10:
A

QUESTÃO 20:
A

 

 

GABARITO DAS QUESTÕES DISCURSIVAS


QUESTÃO 21

Os elementos da primeira imagem relacionados ao ano de 2005 são: a placa do carro, o próprio carro (um modelo mais antiquado)e o homem ao volante: maduro, meia-idade; os elementos relacionados ao ano de 2006 são: a placa, a moto (nova, potente)e o piloto (mais jovem do que o homem do carro).


QUESTÃO 22

A personagem se mostra madura no primeiro quadro, quando afirma ser preciso encarar com naturalidade a passagem do tempo. Isso nos leva a acreditar a princípio que ela vai amar a chegada de um novo ano. Mas ela desconstrói essa idéia ao demonstrar que o entusiasmo pela chegada de 2006 não durará muito. Logo logo tudo aquilo que envolve um ano novo vai ficar velho e chato. Isso comprova a sua ironia.


QUESTÃO 23

A expressão “É uma questão de tempo” é geralmente usada quando se quer dizer que algo acontecerá em breve, trata-se apenas de uma questão de tempo. Mas não é isso que a personagem quer dizer. Ela quer afirmar sobre a passagem do tempo, isto é, o tempo passa mesmo, não há nada que possamos fazer para deter isso, é natural. Portanto, a frase II é mais adequada para o contexto.


QUESTÃO 24

As reticências surpreendem o leitor. Com base no que a personagem afirma no primeiro quadro e no início do segundo, supõe-se que ela vai elogiar o ano novo, mas o elogio acaba logo logo, quando ela diz que o entusiasmo por ele não durará nem um ano. As reticências contribuem para criar o suspense entre o que ela começa a dizer e o que ela realmente diz, entre a idéia aparente e a idéia real.


QUESTÃO 25

A frase II é a mais adequada. Em I, a pontuação pode sugerir a um leitor menos atento que a personagem pede o contrário, isto é, pede para o rapaz ligar, se importar com a passagem do tempo. A idéia, contudo, não é essa: ela quer que ele não ligue, que não se importe. A frase que diz isso, sem qualquer esforço interpretativo do leitor, é a II.


QUESTÃO 26

A frase seria: “Esse entusiasmo, essa energia, essa força.. não duram um ano!” O verbo no plural elimina qualquer possibilidade de dúvida sobre o acerto da frase. (Se for conveniente, o professor pode justificar por que o verbo ficou no singular: núcleos do sujeito composto são sinônimos)


QUESTÃO 27

A exclamação reforça a sua idéia: o espírito de ano novo não dura muito. Ela exclama isso, como a querer evidenciar essa grande contradição: as pessoas festejam, criam rituais, se sentem entusiasmadas mas isso tudo acaba logo.


QUESTÃO 28

O argumento básico do locutor é que usar as expressões “ninguém merece”, “menos”, “fala sério”, “vamos combinar” e “básico” é sinal de falta de inteligência. Além disso, tais expressões evidenciam um preconceito muito grande, pois querem excluir uma pessoa de uma discussão.


QUESTÃO 29

( - )! O símbolo gráfico usado no texto pode remeter a pelo menos duas idéias. A primeira, uma referência ao fato de o locutor abordar o significado da expressão “menos” usada nos dias de hoje. A segunda, uma referência a um rosto com expressão zangada: é o próprio autor, com raiva de quem usa a expressão “menos”


QUESTÃO 30

O nome Maria reforça a idéia de que, nos dias de hoje, muitas pessoas estão sendo vítimas de quem usa expressões como “menos”.


QUESTÃO 31

A linguagem coloquial brasileira é elogiada no seguinte aspecto: ela é estupenda em exemplos (tem muitos exemplos, todos muito variados e criativos)para expressar diferentes idéias. As expressões criticadas pelo locutor são pobres, poucas e muito menos criativas.


QUESTÃO 32

A comparação do biscoito mostra que, hoje, as pessoas “compram” as expressões criticadas muito facilmente, ou seja, passam a consumi-las com muito facilidade, como se estivessem comprando algo tão simples quanto biscoitos.


QUESTÃO 33

Duas palavras básicas poderiam ser usadas: pois e porque. (Mas não vou dizer isso, pois/porque tenho muitos amigos partidários do menos). A razão é simples. Pode-se estabelecer uma relação de causa entre os dois fatos: Por que o autor não vai dizer isso. Ele não vai dizer porque.. Ou então uma justificativa: qual a justificativa que ele apresenta para não dizer isso? A justificativa é que ele tem muitos amigos que usam a expressão.


QUESTÃO 34

Não faz muito sentido, hoje, associar tais expressões apenas a “intelligentsia”, seja ela pseudo ou não. Uma simples observação no modo de falar de todas as classes sociais mostrará que muitas pessoas as utilizam cotidianamente.
QUESTÃO 35

O provérbio é “Quem canta seus males espanta”. No texto, porém, ele “ganha um novo sentido”. Embora seja um provérbio, de grande uso e crença entre as pessoas, o locutor não crê mais nele. Ele não vai cantar nenhuma canção, pois de nada adiantará. Uma canção não curará a sua dor.


QUESTÃO 36

Várias podem ser as razões para o desencanto do locutor. Uma decepção amorosa, por exemplo; ou o fim de um relacionamento. Isso pode ser comprovado pelas imagens do “amor-perfeito” que não é mais perfeito; ou a “sempre-viva”, que não é mais para sempre, ou não está mais viva.


QUESTÃO 37

Não, as expressões foram usadas com propósitos bem distintos. Arnaldo Bloch critica o uso da expressão “fala sério”. Ele afirma que quem a usa o faz por falta de inteligência e por preconceito. Já o locutor de “falando sério” quer, com a expressão, enfatizar que ele está mesmo falando a verdade: ele não quer mais se iludir, ele assume o seu desencanto com a vida, ele assume a sua dor; ele só quer mesmo dormir para esquecer o sofrimento.


QUESTÃO 38

São várias as expressões do texto que podem comprovar isso. Por exemplo: “chute no lirismo”, “pega no cachorro”, “tiro no sabiá”, “não ver a banda passar”, “silêncio tão doente do vizinho reclamar” e “o síndico do meu prédio pedindo pra eu cantar”. Todas elas comprovam o sofrimento do locutor, seu desencanto. “Dar um chute no lirismo”, por exemplo, significa recusar qualquer forma de sentimento; “dar um pega no cachorro” ou um “tiro no sabiá” ou ainda “não ver a banda passar” significam recusar tudo quanto pode ser motivo de alegria.


QUESTÃO 39

O leitor que se mostra inteiramente favorável ao conteúdo da reportagem é José Vitoriano da Cunha Filho, de Ipatinga. Parcialmente favoráveis (já que destacam a importância dos valores morais e da orientação não só de pais e professores)são Diogo Siqueira Lemos, de Belo Horizonte, e Marina Morais Felipe, de Goiânia. A única leitora contrária é Hilda A. Santos Dias, de Santos, SP.


QUESTÃO 40

A palavra “valentia” pode ser substituída, por exemplo, por “coragem”. Quanto a “espertinhos”, vale ressaltar a importância de o aluno perceber o caráter irônico do diminutivo. Assim, “garotos-problema” poderia ser uma opção.






















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