INTRODUÇÃO
Caro professor, prezada professora,
Como é de seu conhecimento – pois assim prescrevem o nosso
Projeto Pedagógico e os livros de nossa coleção – o texto é o nosso ponto de
partida e o de chegada das atividades de ensino e de aprendizagem da língua
materna. A recepção e a produção de textos, portanto, devem ser a tônica das
avaliações. Através delas – sejam formais ou processuais – o que queremos é
identificar se os alunos compreendem o que lêem e produzem textos usando recursos
lingüísticos adequados às mais diversas situações comunicativas. Em outras
palavras, queremos identificar se os alunos percebem a leitura e a escrita como
práticas que exigem a apropriação consciente das finalidades e intenções, dos
ditos e não-ditos e das estratégias usadas pelo locutor para atingir os
objetivos de seu texto. Enfim, se os alunos estão desenvolvendo os saberes
necessários à constituição de sua competência discursiva.
O
presente Banco de Questões prevê que as competências e habilidades necessárias
aos alunos da 6ª série do Ensino Fundamental sejam avaliadas, no 1º
semestre/2007, por meio de questões relativas aos gêneros textuais estudados no
Livro 1 da Coleção . Espero que as questões, se usadas, se tornem um momento
privilegiado do processo ensino-aprendizagem, revelando os sucessos do aluno na
construção de seus conhecimentos, apontando necessidades e problemas e
redefinindo estratégias para a maior eficiência na interação com o aluno.
As
40 (quarenta) questões foram distribuídas conforme a nossa Matriz de
Referências de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II (5ª a 8ª série). Veja
o quadro a seguir.
Distribuição das questões/tema da Matriz de
Referência de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental II – 5ª a 8ª série
Conteúdos/Capítulos
|
Questões
|
Procedimentos de
Leitura
|
Q: 6, 10, 13, 14,
18, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 30, 31, 32, 33, 35, 38
|
Implicações do
suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto
|
Q.: 1, 2, 3, 7, 8,
11, 16, 17, 34, 36, 37
|
Relações entre
textos
|
Q.: 4, 12
|
Coerência e coesão
no processamento do texto
|
Q.: 9, 15
|
Relações entre
recursos expressivos e efeitos de sentido
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Q.: 40
|
Variação lingüística
|
Q.: 5, 19, 24, 28,
29, 39
|
SUGESTÕES DE QUESTÕES
I) QUESTÕES OBJETIVAS
TEXTO 1
QUESTÃO 01 (Descritor:
avaliar a adequação do texto considerando sua finalidade em função do gênero
(propaganda e persuasão; notícia e informação) e veículo de divulgação (jornal,
revista, livro)).
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto
Após a leitura do texto, analise as
afirmativas abaixo. Use V para as verdadeiras e F para as falsas. Depois marque
a opção CORRETA, de acordo com a
seqüência encontrada.
(
) Apresenta muitas informações,
por isso não chama a atenção do leitor.
(
) Utiliza linguagem verbal e
não-verbal, o que facilita o entendimento do texto.
(
) Tenta convencer o leitor de que
este é o melhor produto do mercado.
(
) Foi publicada numa revista que
não é voltada para o público desejado.
(
) Preocupa-se em apresentar as
reais qualidades do produto para convencer o leitor de comprá-lo.
a)
V V F F V .
b)
V F F V V .
c)
F V F V V .
d)
F V V F V .
QUESTÃO 02 (Descritor:
avaliar a força argumentativa com a finalidade do texto ou em função do interlocutor).
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto
Todas as afirmações abaixo servem de
argumentos que procuram convencer o consumidor a adquirir o produto, EXCETO:
a)
a imagem atrai a atenção do aluno, pois
sugere uma atitude que deve ser praticada por ele.
b)
a advertência apresentada no quadro é
dada pela “Diretoria”, referência de confiança na escola.
c)
a vantagem de o produto ser apresentado
como não-tóxico, é a tranqüilidade de saber que não fará mal á saúde do aluno.
d)
a utilidade do produto esta ligada à
correção dos erros cometidos em textos escritos com eficiência e capricho.
QUESTÃO 03 (Descritor:
associar as características e estratégicas de um texto ao gênero (ficcional ou
não-ficcional) e/ou locutor e interlocutor).
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto
Leia as informações abaixo, que se
referem ao texto publicitário marque a INCORRETA.
a)
A propaganda tem por objetivo vender um produto ou uma idéia ao maior
número de consumidores possível.
b)
É preciso conhecer bem as características, os artifícios e as intenções
da propaganda para não ser enganado.
c)
O intelectual das pessoas é sempre o foco, quando se trata de um texto
publicitário, e menos o lado emocional.
d)
É preciso compreender que uma propaganda é planejada para oferecer ao
consumidor a possibilidade de realizar seus sonhos.
QUESTÃO 04 (Descritor:
reconhecer referências ou remissões explícitas a outros textos)
Assunto: Relação entre textos:
intertextualidade
O trecho:
“A diretoria da escola adverte:” é uma
estratégia utilizada pelas propagandas de:
a)
remédios.
b)
cigarros.
c)
produtos de limpeza.
d)
produtos de estética.
QUESTÃO 05 (Descritor:
reconhecer níveis de registro (formal e informal)).
Assunto: Variação lingüística
Identifique a frase ERRADA quanto à
relação de correspondência entre as palavras
a)
“felizmente seu filho é (...)” (o
advérbio modifica o nome).
b)
“(...) cumprindo as normas da escola” (a
locução adjetiva modifica o nome).
c)
“(...) extremamente social e
responsável (...)” (o advérbio modifica os adjetivos).
d)
“(...) para corrigir seus erros (...)”
(o pronome modifica o nome).
TEXTO 2
Século 21/ Arqueologia
História
Preservada
Por
Júlio Wiziack
Duas novas tecnologias estão salvando os
hieróglifos que recobrem as paredes de mausoléus e contam a história milenar
dos egípcios. Uma técnica fotográfica francesa que usa o nitrato de prata e o
nanquim permite recuperar os símbolos carcomidos por infiltrações ou pela ação
de bactérias. Já o método alemão consiste em bombardear os hieróglifos com
laser monocromático tendo um vidro sensível à luz como anteparo. Os ícones
ficam assim copiados nas pranchas de vidro que são transformados em hologramas
tridimensionais e arquivados em bibliotecas virtuais. Esses métodos estão sendo
utilizados no sítio de Amun-Re, em Karnak, próximo a Luxor.
(Revista
Isto É, pág. 83, 30/08/2006)
QUESTÃO 06 (Descritor:
relacionar, em um texto, assunto e finalidade com outro tipo de texto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Selecione o item que NÃO confirma a importância de se
aprender a ler uma notícia.
a)
Aprimora a compreensão do mundo.
b)
Influencia nosso modo de pensar e de
agir.
c)
Enriquece nossos relacionamentos.
d)
Provoca total mudança nos
comportamentos.
QUESTÃO 07 (Descritor:
associar as características e estratégicas de um texto ao gênero (ficcional ou
não-ficcional) e/ou locutor e interlocutor))
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto
As afirmações abaixo confirmam a
adequação do texto ao gênero a que pertence, EXCETO:
a)
“História preservada” é a manchete.
b)
apresenta data referente ao fato
narrado.
c)
França e a Alemanha é o “onde?” da notícia
d)
“novas tecnológicas” é o tema, o “o
quê?” da notícia.
QUESTÃO 08 (Descritor:
associar as características e estratégias de um texto ao gênero (ficcional ou
não-ficcional) e/ou locutor e interlocutor).
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto
Em um jornal ou revista, o espaço
reservado para determinada matéria ou assunto é conhecido como seção. No caso
dessa notícia, o nome dado à seção foi “século 21”. O que justifica essa
escolha?
a)
Utiliza uma expressão conhecida para
atrair a atenção do leitor.
b)
As notícias sobre este período têm este
espaço reservado a eles.
c)
Apesar de estarmos neste século, faz o
registro dos fatos atuais e passados.
d)
Espaço dedicado às notícias do futuro,
da tecnologia.
QUESTÃO 09 (Descritor:
correlacionar, em um texto dado, termos, expressões ou idéias que tenham o
mesmo referente)
Assunto: Coerência e coesão no processamento do
texto
Leia o trecho a seguir.
“Esses
métodos estão sendo utilizados no sítio de Amun-Re (...)”
Todas as afirmativas sobre a palavra
destacada são verdadeiras, EXCETO:
a)
substitui a expressão “novas
tecnologias”.
b)
relaciona-se com o substantivo
“métodos”.
c)
refere-se às novas tecnologias,
francesa e alemã.
d)
acompanha o nome “métodos”, por isso é
um pronome adjetivo.
QUESTÃO 10 (Descritor:
inferir o sentido de uma palavra ou de uma expressão considerando o contexto
e/ou universo temático e/ou a estrutura morfológica da palavra (radical, afixos
e flexões)).
Assunto: Procedimentos de leitura
Identifique a palavra que NÂO tem seu significado adequado de
acordo com o contexto.
a)
Mausoléu – sepulcro suntuoso.
b)
Nanquim – tinta preta para desenho.
c)
Hieróglifo – tradutor de símbolos
egípcios.
d)
Carcomido – roído, desfeito como o
caruncho.
Texto 3
Tecnologia
O game que vicia
Por
Luciana Sgarbi
Laboratório
comprova que o jogo World of Warcraft pode ser comparado ao alcoolismo
No
planeta Azeroth, duas facções travam uma guerra sem fim. De um lado, a Aliança
composta por elfos, gnomos, anões e humanos. De outro, a Horda de monstros como
orcs, taurens, undeads e tolls. Esse é o desafio de World of Warcraft, um jogo
desenvolvido pela empresa americana Bizzard para ser disputado exclusivamente
pela internet e que já bateu recordes de venda – na semana passada rompeu a
barreira dos sete milhões de jogadores e estima-se que pelo menos dez mil deles
sejam brasileiros. Mas se o World of Warcraf ostenta a marca do sucesso, ele
traz também uma outra característica inédita, porém não tão boa: trata-se do primeiro game com parecer
científico de que causa dependência como o álcool e as drogas. Um laboratório
clínico dos EUA comprovou que cerca de 40% dos jogadores estão literalmente
viciados.
“Quem
joga mais de 20 horas semanais e sente-se eufórico precisa de tratamento”, diz
Maressa Orzack, especialista do Computer Addiction Services, o instituto
americano responsável pelos laudos do game. Segundo ele, o que explica a
dependência é a explosão de mais de dez mil cores que deixam em êxtase os
milhares de fibras nervosas dos olhos. Para o especialista alemão Ralf
Thalemann, uma das maiores autoridades sobre os efeitos de jogos eletrônicos no
cérebro, passar horas sendo bombardeado por imagens de tons avermelhados, por
exemplo, gera o aumento dos batimentos cardíacos, obrigando o cérebro a ordenar
uma produção extra de dopamina (neurotransmissor que dá a sensação de prazer).
É isso que causa a dependência. “Os
testes comprovam que o eletrocefalograma de quem não consegue abandonar esse
jogo é comparável ao dos alcoólatras”, diz ele. O vício se agrava se o
jogador possui, ainda que de forma branda, alguma característica psíquica de
personalidade compulsiva.
Diferentemente
de outros games, disputados contra
uma máquina, o World of Warcraft permite batalhas travadas na internet em tempo
real. Nele, há uma moeda virtual chamada gold, usada para comprar armas e
mantimentos – e quanto mais golds um participante tiver, mais longe ele poderá
chegar.
Explica-se
assim que no mundo real já exista um mercado clandestino dessas moedas. Cada
mil gols custam R$ 150. Para equipar um personagem com armas e acessórios
gastam-se até R$ 2,5 mil. “Tem quem estoure o cartão de crédito por causa desse
jogo”, diz o médico Rodrigo Bornhausen Demarch, 26 anos, fundador do The Fox Clan, grupo que conta com 200
jogadores brasileiros. Para fazer parte do World of Warcraft é preciso
desembolsar o equivalente a R$ 90 pela senha de acesso e mais R$ 30 mensais.
(Revista Isto É,
pág. 80, 30/08/2006)
QUESTÃO 11 (Descritor:
associar as características e estratégias de um texto ao gênero – ficcional ou
não-ficcional – e/ou locutor e interlocutor)
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto.
Ao comparar o texto 2 e o texto 3, pode-se afirmar que todas
as alternativas são características comuns a eles, EXCETO:
a) narração
na 3ª pessoa.
b) interpretação
do fato.
c) linguagem
objetiva e clara.
d) presença
em jornal, revista, televisão.
Questão 12 (Descritor: comparar textos de
diferentes gêneros quanto ao tratamento temático e aos recursos formais
utilizados pelo autor)
Assunto: Relação entre textos:
intertextualidade.
Após analisar semelhanças e diferenças do tema e dos
recursos formais entre os textos 2 e 3, marque V (verdadeiro) e F (falso) para
as afirmativas abaixo.
( ) o texto 2 é uma
notícia, pois trata o fato de maneira objetiva e concisa.
( ) o texto 3 é uma reportagem por fazer um
aprofundamento da notícia.
( ) ambos textos apresentam o tema tecnologia,
mas uma mostra um uso positivo e a outra negativo.
( ) sendo a temática dos textos semelhante,
ambos são direcionados a um mesmo público
a) V
V F F
b) F
F V V
c) F
V V F
d) V
V V F
Questão 13 (Descritor: relacionar uma informação
identificada no texto com outras pressupostas pelo contexto)
.
Assunto: Procedimentos de leitura.
Das frases abaixo, qual consiste numa interpretação do fato,
pela jornalista?
a) “(...)
um jogo desenvolvido pela empresa americana Blizzard para ser disputado
exclusivamente pela internet (...)”.
b) “(...)
– e quanto mais golds um participante
tiver, mais longe ele poderá chegar (...)”
c) “(...)
ele traz também uma outra característica
inédita, porém não tão boa: (...)”
d) "Explosão
de cores nas cenas do jogo estimula o cérebro a produzir dopamina”.
Questão 14 (Descritor: identificar o tema/tópico
central de um texto.)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Qual das frases abaixo apresenta o tema
da reportagem?
a) "(...)
na semana passada rompeu a barreira dos sete milhões de jogadores (...)”
b) "(...)
trata-se do primeiro game com parecer científico de que causa dependência
(...)”
c) "(...)
passar horas sendo bombardeado por imagens de tons avermelhados, por exemplo,
gera o aumento dos batimentos cardíacos (...)”
d) "(...)
Explica-se assim que no mundo real já exista um mercado clandestino dessas
moedas (...)”
Questão 15 (Descritor: estabelecer relações entre
uma tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la)
Assunto: Coerência e coesão no processamento do
texto.
Todas as afirmações abaixo são
argumentos que comprovam a tese “O game que vicia”, EXCETO:
a)
a descrição detalhada do jogo no início
da reportagem.
b)
o resultado da pesquisa de um
laboratório clínico dos EUA.
c)
o laudo fornecido por Orzack,
especialista de Computer Addiction Services.
d)
o parecer de Ralf Thalemam, autoridade
sobre os efeitos de jogos eletrônicos.
Texto 4
Boca e River
Clóvis
dizia que crise boa era a crise argentina. Isso, porque sempre ouvia dizer que,
em todas as praias do Brasil, só tinha argentino gastador e farrista.
- Clovinho,
meu bem, ando tão cansada! Vamos tirar férias? Vamos pra praia?
- Tá
maluca, querida? Praia é pra argentino, que vive em crise!
Depois de
dois anos economizando, Clóvis cedeu e resolveu tirar umas férias. Foram tão
curtas que ele chamou de féria, no singular. Goiano da gema pegou a esposa e
foram pra Búzios.
Descobriram,
por lá, que ainda tinha muita gente que falava o português, mas claro, a
maioria, o castelhano da Argentina...
- Ei, señor, una birra?
“O quê? Um
mulatinho me chamando de señor? Una birra?”
-Sim, quero
uma cerveja, por favor.
- Un momentito.
Passa outro
vendedor. Outro mulato.
_ Señor, boné e camisa?
- Um boné.
Esse aqui tá bão. Quanté?
- Como, señor?
- Pó,
quanté?
- No ti entiendo su sutaque.
- Então vá
se catar!
- Vino, señor?
- Escuta
aqui, como é seu nome?
- Zé, por
quê?
- Por que
me chama de señor, õ Zé?
- Ah, entiendi... ostê, cierto?
- Deixa pra
lá. Querida, o cara tá vendendo vinho tinto na praia. Onde que ele pensa que
tá?
- Deixa
ele, Clovinho, deixa ele.
-Señor, televisor?
- O quê?
Televisão? Tá vendendo televisão na praia?
- Si, si. Funciona a pilha!
Ah, não! Aí
é demais!
- A cores!
- Pó,
alguém vai querer comprar televisão na praia, ô maluco? Pra quê?
- Boca
Junior e River Plate, daqui a poquito.
No puede perder!
(Kavera, Bazófias Peristálticas: Crônicas de
Botequim, pág. 154)
QUESTÃO 16 (Descritor:
associar as características e estratégias de um texto ao gênero – ficcional ou
não-ficcional – e/ou locutor e interlocutor)
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto.
Todas as opções abaixo confirmam o
gênero desse texto como crônica, EXCETO:
a)
é uma narrativa condensada.
b)
capta um flagrante da vida.
c)
utiliza linguagem coloquial.
d)
é o relato de um fato imaginário.
Questão 17 (Descritor: avaliar a adequação do
texto considerando sua finalidade em função do gênero (propaganda e persuasão;
notícia e informação) e veículo de divulgação (jornal, revista, livro)).
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto.
Identifique a relação INADEQUADA entre os gêneros textuais
mencionados e a característica associada a ele.
a)
Crônica – uso de reduções e
abreviaturas
b)
Notícia – compromisso com a verdade dos
fatos.
c)
Reportagem – informações
cientificamente corretas
d)
Propaganda – disposição intencional das
palavras no papel.
Questão 18 (Descritor: identificar o tema/tópico
central de um texto).
Assunto Procedimentos de leitura.
A crônica tem sempre ligação com o
momento em que é escrita, com os fatos do cotidiano. Identifique o tema
correspondente ao texto “Boca e River”.
a)
A crise argentina e o lucro brasileiro
b)
A influência do excesso de argentinos
no Brasil.
c)
As férias do casal em Búzios.
d)
O jogo de futebol entre Boca e River.
QUESTÃO 19 (Descritor:
reconhecer, em um texto dado, marcas típicas da modalidade oral)
Assunto: Variação lingüística
Todas as opções apresentam marcas
típicas da linguagem oral, EXCETO:
a)
Esse aqui tá bão.
b)
Ondé que ele pensa que tá?
c)
Então, vá se catar.
d)
Tá vendendo televisão na praia?
Questão 20 (Descritor: relacionar uma informação
identificada no texto com outras pressupostas pelo contexto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Das opções relacionadas abaixo, apenas UMA representa a grande influência dos
estrangeiros no Brasil.
a)
A crise argentina.
b)
A crise brasileira.
c)
O excesso de vendedores na praia.
d)
O falar castelhano nas praias.
II) QUESTÕES ABERTAS
Texto 5
Questão 21 (Descritor: relacionar informações
oferecidas por figura, foto, gráfico e/ou tabela com as constantes no corpo de
um texto.)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Observe a ilustração da propaganda e
explique a relação dela com o slogan “Seu telefone fixo vai virar história”.
Questão 22 (Descritor: depreender de uma
informação explícita outra implícita no texto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Ao usar a afirmação “Seu TIM vai
substituir de vez o seu telefone fixo”, que idéia implícita o autor da
propaganda deixa no texto? Que elementos textuais comprovam sua resposta?
Questão 23 (Descritor: relacionar uma informação
identificada no texto com outras pressupostas pelo contexto.)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Em que sentido a palavra “História” está sendo empregada no slogan? Explique.
Questão 24 (Descritor: reconhecer níveis de
registro (formal e informal))
Assunto: Variação
lingüística
Explique por que o verbo utilizado no slogan, “virou”, está
no pretérito perfeito. Qual é o propósito disso?
QUESTÃO 25 (Descritor:
localizar informações num texto; relacionar uma informação identificada no
texto com outras oferecidas no próprio texto ou em outros textos)
Assunto: Procedimentos de leitura.
O texto da propaganda foi introduzido por uma circunstância de tempo.
a) Qual é esta locução adverbial?
b) Que idéia, no texto, é reforçada por essa expressão?
Texto 6
Bom não é malvado
Causos
de Rolando Boldrin
O
viajante chegou numa cidade e perguntou o que tinha pra se fazer ali, pra móde
distrair um pouquinho. Logo lhe disseram que havia lá no arrabalde da cidade
uma rinha de galo. Lugar onde colocam os coitadinhos para brigar.
Era
a vez de um galo branco muito bonito, de crista vermelha, e de um galo preto,
também muito bonito. Galos com esporas afiadas com lima. Coisa de gente ruim
mesmo, pois onde já se viu afiar as esporas pra um deles sair prontinho pra ir
pra panela do bar mais próximo?
Mas vamos ao causo.
Viajante (para
um apostador) – Moço? Eu também queria fazer uma fezinha, só que não
conheço a qualidade dos galos que vão brigar. Qual é o bom, hem?
Apostador (respondendo
sem olhar para o viajante) – O bom é o galo branco.
O viajante, sem pestanejar, lascou uns
500 mil réis no galo branco.
Começou a briga e foi aquela loucura.
Esporada pra cá, pra lá, que era um deus-nos-acuda. Voava sangue. E o pior é
que voava sangue do galo branco, que não deu pro cheiro. O galo preto tinha
levado a melhor. E quem tinha mesmo levado a pior era o nosso viajante, que
perdeu aí uns bons trocados.
Viajante (para
o apostador) – Ô moço, o senhor não disse que o bom era o galo branco? Eu
acabo de perder 500 por sua causa.
Apostador (na
maior cara-de-pau de interiorano) – O bom era o branco, mesmo. Porque o
preto... o preto é o marrrvado, sô! (E
ainda ri.)
(Brasil -
Almanaque de Cultura Popular – março – 2006, pág. 32)
Questão 26 (Descritor: inferir o sentido de uma palavra ou de uma
expressão considerando o contexto e/ou universo temático e/ou estrutura
morfológica da palavra)
Assunto: Procedimentos de leitura.
“Bom não é malvado”
Houve uma confusão com o significado da palavra “bom” no
texto. Há duas interpretações possíveis. Explique-as.
QUESTÃO 27 (Descritor:
depreender de uma informação explícita outra afirmação implícita no texto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Você acredita que o homem que deu a
dica ao viajante o fez equivocadamente, por não entender a pergunta, ou o fez
por astúcia? Comente.
QUESTÃO 28 (Descritor:
reconhecer, em um texto dado, marcas típicas da modalidade oral)
Assunto: Variação lingüística
Identifique, no texto, marcas do uso
coloquial da língua e justifique por que esse é aceito nesse texto.
Questão 29 (Descritor: reconhecer níveis de
registro – formal e informal)
Assunto: Variação lingüística
Explique, no contexto, as seguintes
expressões:
a)
“fazer uma fezinha”
b)
“rinha de galo”
c)
“cara-de-pau”
Questão 30 (Descritor: relacionar informações
identificadas no texto com outras pressupostas pelo contexto.)
Assunto: Procedimentos de leitura.
A imagem do homem do interior é sempre
a de uma pessoa inocente, boba, vista assim pelas pessoas das cidades grandes,
ou pelos viajantes, conhecedores do mundo. Pode-se afirmar que isso se confirma
nessa história? Justifique com elementos no texto.
Texto 7
Brasil
- Almanaque de Cultura Popular – Abril - 2005
Questão 31 (Descritor: relacionar informações
oferecidas por figura, foto, gráfico e/ou tabela com as constantes no corpo de
um texto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Nós nos comunicamos por textos orais e escritos e um conjunto de palavras ou frases mal organizadas, pode não transmitir a mensagem pretendida pelo locutor. Num pequeno parágrafo, explique o que ocorreu na charge.
Questão 32 (Descritor: relacionar, em um texto,
assunto e finalidade com o tipo de texto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Crie um texto para que a mensagem seja entendida conforme a
intenção comunicativa do locutor.
Questão 33 (Descritor: inferir o sentido de uma
palavra ou de uma expressão considerando o contexto e/ou universo temático e/ou
estrutura morfológica da palavra).
Assunto: Procedimentos de leitura.
Crie a sua definição para a palavra
“corrimão” com base no objeto já existente.
Texto 8
Seção
“O Brasil em Abril”
18
– Dia Nacional do Livro
Lobato
escreveu para quem?
Para
quem quer manter o viço quando crescer
Narizinho
é a dona da boneca, mas quem comanda a brincadeira é Emília. A geniosa
criaturinha de pano defende suas idéias com vigor surpreendente para o frágil
recheio de macela.
Já o Visconde de Sabugosa, intelectual,
ávido leitor e fonte de sábias informações, é um vulnerável sabugo de milho.
Misto
de dois personagens, Monteiro Lobato fez da literatura infantil algo mais que
distração para os pequenos. Dono de idéias nacionalistas, como a defesa da
exploração do petróleo, criou personagens elaborados, em livros com ilustrações
atraentes. Dezessete no total. O primeiro, A
Menina do Nariz Arrebitado, foi
lançado em 1920, com a arriscada tiragem de 50 mil exemplares, vendidos em
poucos meses. Estava com 38 anos.
Lobato
dizia que não era um autor de infantilidades, e sim um autor infantil. Desejava
escrever livros onde as crianças pudessem morar. Isto começou numa partida de
xadrez, quando o amigo Hilário Tácito lhe contou a história do peixinho que
morreu afogado porque desaprendeu a nadar. Virou conto, hoje perdido. Seguidas
desilusões com adultos (“que gente chata!”) o incentivaram a continuar.
Resolveu escrever para crianças, na tentativa de formar adultos melhores.
Um país se faz com homens e livros,
disse na célebre frase.
Falava
de adultos que, tendo vivido no Sítio do Pica-Pau Amarelo, aprenderam a manter
a vivacidade e a curiosidade das crianças.
(Brasil -
Almanaque de Cultura Popular – abril – 2006, pág. 8)
Questão 34 (Descritor: avaliar a adequação do
texto considerando sua finalidade em função do gênero e veículo de divulgação)
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto.
O texto cima é uma biografia? Justifique sua resposta.
Questão 35 (Descritor: utilizar informações
oferecidas por um verbete de dicionário e/ou de enciclopédia na compreensão ou
interpretação do texto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
“Viço” significa vigor, energia,
atividade. EXPLIQUE como Lobato
conseguia provocar isso no seu leito.
Questão 36 (Descritor: avaliar a força
argumentativa com a finalidade do texto ou em função do interlocutor)
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto.
Qual é o objetivo do texto, de acordo
com as informações propostas nele?
QUESTÃO 37 (Descritor:
associar as características e estratégias de um texto ao gênero – ficcional ou
não-ficcional – e/ou locutor e interlocutor)
Assunto: Implicações do suporte, do gênero e/ou
do enunciador na compreensão do texto.
Esse texto poderia ser confundido com
uma biografia. Escolha e retire do texto três trechos que comprovem essa
afirmação.
QUESTÃO 38 (Descritor:
depreender de uma informação explícita outra afirmação implícita no texto)
Assunto: Procedimentos de leitura.
Analise e explique a frase:
“(...) Lobato dizia que não era um autor de infantilidades
(...)”.
Questão 39 (Descritor: reconhecer níveis de
registro (formal e informal)).
Assunto: Variação lingüística.
Leia as frases:
I - “Dono de idéias... criou
personagens elaborados, (...)”.
II - “Falava de adultos que,
tendo...”.
Faça uma análise do emprego de tempos
verbais diferenciados, explicando o sentido que cada um assume na frase.
Questão 40 (Descritor: analisar o efeito de
sentido conseqüente do uso de pontuação expressiva)
Assunto: Relações entre recursos expressivos e
efeitos de sentido.
Leia o trecho:
“Seguidas desilusões com adultos (“que gente chata!”) o incentivaram a continuar.
O que justifica o uso dos parênteses e das aspas no trecho?
GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS
QUESTÃO 01:
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D
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QUESTÃO 11:
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B
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QUESTÃO 02:
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A
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QUESTÃO 12:
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D
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QUESTÃO 03:
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C
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QUESTÃO 13:
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C
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QUESTÃO 04:
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B
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QUESTÃO 14:
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B
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QUESTÃO 05:
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A
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QUESTÃO 15:
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A
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QUESTÃO 06:
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D
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QUESTÃO 16:
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D
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QUESTÃO 07:
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C
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QUESTÃO 17:
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A
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QUESTÃO 08:
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B
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QUESTÃO 18:
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B
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QUESTÃO 09:
|
A
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QUESTÃO 19:
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C
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QUESTÃO 10:
|
C
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QUESTÃO 20:
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D
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GABARITO DAS QUESTÕES DISCURSIVAS
QUESTÃO 21
O aluno deve comentar sobre a teia de
aranha no telefone que dá a sensação de um objeto que já não é usado há tempos,
além de mencionar o modelo do aparelho fixo, que também é antigo e só será
lembrado, pois fará parte de um passado que já não existe mais.
QUESTÃO 22
O aluno deve perceber que o autor pressupõe que o consumidor, ou o leitor da propaganda já possui o produto TIM e também um telefone fixo. O pronome “seu”, que indica posse, é o elemento do texto que comprova isso.
QUESTÃO 23
O aluno deve perceber que “História” significa ultrapassado,
pois é algo que não será mais utilizado, será peça de museu.
QUESTÃO 24
O verbo no pretérito perfeito relata um
momento de algo acabado, que ocorreu no passado e não mais acontece. Como a
idéia é convencer de que o telefone fixo não mais será usado, esse é o tempo
verbal adequado.
QUESTÃO 25
a) A partir de agora.
b) A expressão reafirma uma linha divisória no tempo entre
passado/presente. Reforça que agora só se fará uso do telefone TIM, enquanto
que o fixo ficou no passado.
QUESTÃO 26
O viajante, ao perguntar por um galo “bom” de briga, seria
aquele eficiente, forte, vencedor. Já o apostador indica-lhe um galo bondoso, o
que no caso, resulta naquele que não faz maldades.
QUESTÃO 27
O aluno deve reparar que ele era um
apostador que tinha interesse em ganhar e por isso deu a dica errada ao
viajante.
QUESTÃO 28
“pra móde”; “ô moço”, “sô”
Isso é comum por ser o texto um causo,
que retrata histórias de pessoas do interior, que normalmente apresentam na
oralidade esse modo de falar.
QUESTÃO 29
a)
apostar.
b)
briga de galo.
c)
sem vergonha.
QUESTÃO 30
Na história, o astuto é o apostador do
interior, pois engana o viajante, indicando-lhe o galo mais fraco para fazer a
aposta. Há no final na última fala do apostador, um parênteses que confirma sua
esperteza “( na maior cara-de-pau de interiorano)” ... “( e ainda ri)”.
QUESTÃO 31
O aluno deve perceber que, apesar da
frase parecer objetiva, clara, ela permitiu uma segunda interpretação, pois a
personagem desconhecia o significado da palavra “corrimão”.
QUESTÃO 32
Resposta livre.
QUESTÃO 33
O aluno pode perceber que na própria
palavra há uma reunião de duas outras (correr/mão). Ele deve se aproximar da
definição real da palavra.
QUESTÃO 34
Uma biografia consiste no relato
histórico da vida de uma pessoa e esse texto não traz essas informações apesar
de comentar coisas da vida de Lobato.
QUESTÃO 35
O aluno deve buscar nas personalidades
das personagens que são fortes, inteligentes, atuantes, a razão da influência
dos livros de Lobato.
QUESTÃO 36
O texto é uma homenagem ao escritor,
pois é Dia Nacional do Livro Infantil e ele é um ícone, uma referência nesse
tipo de literatura, no Brasil.
QUESTÃO 37
“(...) Monteiro Lobato fez da
literatura infantil algo mais que distração para os pequenos (...)”, “(...) o
primeiro, A Menina do Nariz Arrebitado, foi lançado em 1920, (...)”, “(...)
estava com 38 anos (...)”.
QUESTÃO 38
Interpretar a palavra “infantilidades”
como coisas banais, bobas, sem importância. O que era escrito por Lobato tinha
consistência, conteúdo.
QUESTÃO 39
O primeiro verbo “criou” está no
pretérito perfeito o que significa uma ação acabada no passado; já o segundo
verbo “falava” está no pretérito imperfeito e refere-se a uma ação freqüente de
quando Lobato era vivo.
QUESTÃO 40
Os parênteses indicam uma interrupção
da narrativa para intercalar uma informação; já as aspas sinalizam a fala de
Lobato.
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