Caro
professor, prezada professora,
O trabalho com a língua é constante,
é diário. O nosso aluno faz uso da linguagem todo o tempo. Ele pensa, ele
sonha, ele planeja, tudo isso na Língua Portuguesa. Por isso é importante que
nós o preparemos para fazer o melhor uso dessa ferramenta. Oportunizar momentos
de construção do saber, para que todos compreendam a importância das diversas
linguagens na nossa vida.
Como todo processo deve ser
avaliado, para que possamos avançar na descoberta do conhecimento com nossos
alunos, é preciso pensar nas atividades que nos apontam caminhos a seguir. Este
banco de questões foi desenvolvido com base em descritores, que especificam as habilidades e as competências
esperadas dos alunos, de acordo com a idade, e tem por objetivo auxiliar o
professor na tarefa da elaboração de provas ou atividades de sala.
Sendo o texto o nosso ponto de partida e o de chegada nas
atividades de ensino-aprendizagem da língua materna, a recepção e a produção de
textos devem ser a tônica das avaliações. Por meio delas – sejam formais ou
processuais – o que queremos é identificar se os alunos compreendem o que lêem
e se produzem usando recursos lingüísticos adequados às mais diversas situações
comunicativas. Ou seja, perceber se os alunos estão desenvolvendo os saberes
necessários à constituição de sua competência discursiva.
O presente
Banco de Questões prevê que as competências e habilidades necessárias aos
alunos da 8ª série do Ensino Fundamental sejam avaliadas, no 1º semestre/2008,
por meio de questões relativas aos gêneros textuais estudados no Livro 1.
Espero que as questões, se usadas, se tornem um momento privilegiado do
processo ensino-aprendizagem, revelando os sucessos do aluno na construção de
seus conhecimentos, apontando necessidades e problemas e redefinindo
estratégias para a maior eficiência na interação com o aluno.
Conteúdos/capítulos
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Questões
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Formalidade e informalidade lingüística
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Q. 40 (b)
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Adequação lingüística
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Q.30
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Variação
lingüística
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Q. 6, 21
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Leitor e situação comunicativa
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Q.3, 13
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Entrevista, resenha, charges, tirinhas e provérbios
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Q. 11, 19, 22, 23, 31
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Conhecimentos prévios e produção de sentido
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Q. 9, 10
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Situação comunicativa e humor
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Q. 28, 29
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Interpretação de grafismos e de ilustrações textuais
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Q. 16, 36
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Intertextualidade e produção de sentido
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Q. 12, 17, 27, 32
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Partes principais e secundárias dos textos
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Q. 1, 14, 18
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Tese e argumentação
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Q. 8
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Escolha vocabular e seus efeitos de sentido
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Q. 39
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Relação de causa e conseqüência e produção de sentido
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Q. 2
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Concordância verbal e nominal
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Q. 15, 25, 33, 34
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Regência verbal e nominal
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Q. 38
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Conjunções e coesão textual
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Q. 37
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Valor lógico-discursivo das
conjunções
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Q. 24
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Articulação de orações
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Q. 5, 26 (a)
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Período composto por coordenação e
subordinação
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Q. 26 (b)
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Orações coordenadas
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Q. 20, 35
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Oração principal
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Q. 4
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Orações subordinadas substantivas
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Q. 7
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Relação entre o período simples e o
composto por subordinação
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Q. 40 (a)
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I) QUESTÕES OBJETIVAS
TEXTO 1 – Texto jornalístico
Folha de SP, 11/09/07, caderno Cotidiano, p. 4
QUESTÃO 01
(Descritor: identificar informações explícitas no texto.)
Assunto: Partes principais e
secundárias dos textos.
O jornal é um dos veículos de comunicação que circula na
sociedade. O texto “Clima seco no Sudeste e no Centro-Oeste” PRETENDE, principalmente,
a) mostrar ao leitor os cuidados que se deve ter nos períodos de
“veranicos”.
b) ensinar como ocorre o fenômeno que impossibilita a chegada de
ar frio numa região.
c) declarar que o período de “veranicos” ainda se estenderá por
mais um mês.
d) explicar o porquê do verão fora de época, destacando sua
relação com a poluição.
Questão 02 (Descritor: estabelecer
relação de causa/conseqüência entre partes e elementos de um texto.)
Assunto: Relação de causa e
conseqüência
Todas as alternativas abaixo apontam uma relação de
causa/conseqüência percebida no texto, EXCETO
a) Frente
fria desviada – ocorrência de queimadas
b) Alta-pressão
+ massa de ar seco – desvio de frente fria
c) Clima seco – não há dispersão da poluição
d) Umidade
do ar entre 20% e 30% - consumir muita água
Questão 03 (Descritor: inferir o
tipo de leitor e a situação comunicativa a partir da caracterização da
linguagem.)
Assunto: Leitor e situação comunicativa
Cada texto escrito no jornal é pensado para um público. Claro
que uma mesma pessoa poderá se identificar com vários deles. O que normalmente
define o público leitor de um texto é o tema, o assunto. Porém, a linguagem
também delimita esse grupo de pessoas.
Qual das opções abaixo NÃO
representaria público alvo para esse texto?
a) Estudantes
acima de 13 anos, com finalidade educativa.
b) Pais
preocupados com o bem estar dos filhos e com o seu próprio.
c) Idosos interessados
na saúde e em qualidade de vida.
d) Atletas
que se expõem ao sol para aproveitarem o “veranico”.
Questão 04 (Descritor: distinguir a
oração principal das orações subordinadas a ela.)
Assunto: Oração principal.
“A massa de ar seco que está entre as regiões Sul e Sudeste,
associada a um sistema de alta pressão, não permite o avanço da frente fria
vinda do sul dentro do continente, que acaba sendo desviada para o mar.”
O período acima é composto de diversas orações. Qual das orações
abaixo é a oração principal?
a) “A
massa de ar seco não permite o avanço da frente fria”
b) “que
está entre as regiões Sul e Sudeste”
c) “associada
a um sistema de alta pressão”
d) “que
acaba sendo desviada para o mar”
QUESTÃO 05
(Descritor: reconhecer diferentes relações de sentido
decorrentes do emprego de diferentes conectivos.)
Assunto: Articulação de orações.
Os elementos destacados nos períodos abaixo são responsáveis por estabelecer a relação de idéias entre as frases. Qual das opções abaixo NÃO apresenta uma conexão adequada?
a) Tratava-se de uma pessoa consciente. Portanto, seu
lugar só poderia ser aquele e lutaria até o fim para mantêlo.
b) As moscas conseguem detectar tudo o que acontece à sua volta,
à medida que têm olhos compostos. Assim, seus olhos lhes dão uma
visão de praticamente 360 graus.
c) Embora fosse um cais de quase
dois quilômetros de extensão, gostávamos de caminhar ao longo dele, quando
o tempo não era feio e chuvoso.
d) Ainda que fosse um homem de frases curtas, a sua boca só se abria para
dizer coisas importantes. Entretanto, ninguém queria falar dessas
coisas.
TEXTO 2 – Texto publicitário
QUESTÃO 06
(Descritor: identificar, em textos de gêneros e tipos diversos,
marcas de coloquialismo.)
Assunto: Variação lingüística.
Num texto publicitário como o apresentado acima, percebe-se o
uso da linguagem informal. Qual das opções abaixo EXPLICARIA o motivo de uma empresa conceituada no mercado optar
por esse tipo de linguagem?
a) Trata-se de uma variação regional da língua, eleita pelas
empresas como a melhor maneira de se conquistar o cliente, pois a linguagem é
conhecida dele.
b) As empresas desenvolveram uma estratégia de vendas: usar nas
propagandas a forma errada com que as pessoas falam para que elas se
identifiquem.
c) Houve um possível problema de falta de correção do texto a
ser divulgado, o que cria no cliente uma insegurança diante da marca.
d) A empresa pretende estar mais próxima do modo de falar da
maioria dos clientes para que eles se identifiquem com o produto.
QUESTÃO 07 (Descritor: reconhecer as
principais estruturas sintáticas caracterizadoras das orações subjetivas.)
Assunto: Orações subordinadas substantivas.
“...que você vai encontrar mais um lançamento perfumado de OMO.”
Todas as alternativas justificam a classificação da oração acima
como subordinada substantiva subjetiva, EXCETO
a) O verbo
da oração principal está na terceira pessoa do singular.
b) Não
existe preposição entre o verbo da oração principal e a conjunção.
c) Não
existe, na oração principal, nenhum termo que possa ser sujeito do seu verbo.
d) A
oração principal é constituída de verbo de ligação + predicativo.
TEXTO 3 - Texto jornalístico
JÁ NÃO HÁ
MAIS FUTURO PARA O ANALFABETO DIGITAL
Quem não souber se movimentar na Internet, ou achar que possuir
bons conhecimentos é decorar informações, terá dificuldades em conseguir até
empregos modestos.
Daqui a pouco tempo,
muito menos do que podemos imaginar, quem não dominar a informática não
encontrará lugar no mercado de trabalho. Mesmo se estiver à procura de uma vaga
como office-boy.
Nos Estados Unidos, e de
maneira crescente no Brasil, qualquer profissional autônomo que se preze faz
pesquisa na Internet. Mais e mais, a casa vira escritório e o contato com o
mundo exterior se dá pela rede de computadores. Hoje, muitas ofertas de emprego
são feitas eletronicamente. O interessado em uma nova colocação entra na
Internet e consulta as páginas eletrônicas das empresas que lhe interessam.
Quem não tiver acesso a um computador já reduz suas chances de emprego pela
metade.
Não há futuro para o
analfabeto digital. Até porque se redefine o analfabetismo: dominar os códigos das
redes eletrônicas é tão importante como até agora tem sido saber ler e
escrever.
O aluno que decora
livros e tira 10 em todas as provas está com os dias contados. Ter informação
não é tão relevante como processá-la, encará-la de vários ângulos, o que exige
capacidade crítica e flexibilidade para se habituar a um ritmo de mudanças
jamais visto. (...)
O bom profissional nos
dias atuais define-se pela capacidade de encontrar e associar informações, de
trabalhar em grupo e de se comunicar com desenvoltura. Terá futuro o estudante
que souber lidar com imprevistos e se adaptar rapidamente às mudanças, fazer
pesquisas e interpretar os dados.
Ricardo Falzetta. Nova Escola. São Paulo, Abril, n2 110,
mar /2007.
QUESTÃO 08 (Descritor: estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para
sustentá-la.)
Assunto: Tese e argumentação
A passagem que JUSTIFICA o título do artigo é
a) “Daqui a pouco tempo, muito
menos do que podemos imaginar, quem não dominar a informática não encontrará
lugar no mercado de trabalho.”
b) “Nos Estados Unidos, e de
maneira crescente no Brasil, qualquer profissional autônomo que se preze faz
pesquisa na Internet.”
c) “Ter informação não é tão
relevante como processá-la, encará-la de vários ângulos, o que exige capacidade
crítica e flexibilidade para se habituar a um ritmo de mudanças jamais visto.”
d) “O bom profissional nos dias
atuais define-se pela capacidade de encontrar e associar informações, de
trabalhar em grupo e de se comunicar com desenvoltura.”
QUESTÃO
09 (Descritor: reconhecer o
sentido decorrente das escolhas vocabulares na situação comunicativa.)
Assunto: Conhecimentos prévios e
produção de sentido
“Terá futuro o
estudante que souber lidar com imprevistos e se adaptar rapidamente às
mudanças, fazer pesquisas e interpretar os dados.”
O contexto permite inferir que
o estudante a quem o texto 3 se refere é
o aluno que
a) só
tira nota 10 em todas as provas e não domina o conhecimento tecnológico.
b) deixa
de estudar as matérias oferecidas pela escola para se dedicar somente à internet.
c) tem
acesso aos conhecimentos tecnológicos, mas não o domina.
d) consegue
dominar o conhecimento tecnológico e adaptá-lo ao mercado de trabalho.
Questão 10 (Descritor: inferir uma
informação implícita no texto.)
Assunto: Conhecimentos prévios e
produção de sentido.
Marque a alternativa ERRADA a respeito do texto 03.
a) é
possível inferir que o analfabeto digital
terá dificuldade de entrar no mercado de trabalho.
b) em
nenhum momento deixa transparecer a opinião pessoal do autor.
c) apresenta
opiniões bastante diferentes e deixa a conclusão para o leitor.
d) usa
gírias e expressões coloquiais para provar a atualidade do tema.
TEXTO 4
QUESTÃO 11 (Descritor: identificar o que está
em jogo na situação comunicativa e a origem dos efeitos humorísticos.)
Assunto: Charge
A respeito do Texto 4, só NÃO podemos afirmar que
a) trata-se
evidentemente de um texto com intenções humorísticas.
b) faz
uma crítica de maneira bem específica ao valor da tecnologia.
c) mostra
como só a tecnologia é a solução de todos os problemas.
d) exige
que o leitor tenha um conhecimento prévio sobre o ambiente retratado na charge.
QUESTÃO 12
(Descritor: estabelecer relações entre
textos (intertextualidade) como recurso para produzi-los.)
Assunto: Intertextualidade e
produção de sentido.
Sobre os textos 3 e 4 pode-se
afirmar que, EXCETO
a) os
dois textos têm o mesmo assunto como tema central: a tecnologia.
b) os
dois textos têm visão dicotômicas sobre a importância da tecnologia.
c) os
dois textos usam os mesmos recursos lingüísticos para a exposição do tema.
d) os
dois textos exigem conhecimentos básicos sobre a definição de tecnologia.
TEXTO 5 – Texto Jornalístico
Vida moderna
Estresse
Marcada pelo confronto
entre o homem e a máquina, a
“inteligência emocional” e a artificial, a Era
da Informação traz consigo desafios para super-homens: como corresponder às exigências da sociedade e do
mundo profissional sem, contudo, igualar-se à máquina? Como manter o equilíbrio
físico e mental diante da avalanche de informações disponíveis nos meios de
comunicação?
Responda com o coração:
há quanto tempo você não pára para curtir a lua e as estrelas? Já percebeu
como, especialmente este ano, o outono antecipou o florescer da primavera?
Agora, responda com a razão: quanto tempo você fica diante da TV, percorrendo
dezenas de canais a cabo, e do microcomputador, navegando pela Internet ou
“perdido” entre as páginas dos jornais e revistas, buscando sempre um nível
“satisfatório” de informações? E, apesar dessa busca incessante, é comum a você
a sensação de estar sempre perdendo alguma coisa (leia-se novidade)?
Em plena Era da Informação, do conhecimento
globalizado, não são poucas as pessoas que se encaixam nesse perfil. Por não
saberem escolher, filtrar e organizar as informações, executivos entram em
stress e se queixam de que 63% de seu tempo é perdido na já chamada “Síndrome
da Indecisão”, por falta de bom senso na escolha e capacidade de renúncia.
Vítimas ainda da “Síndrome da Fadiga em Informação”, por não conseguirem tirar
informações prioritárias, se viciam na Internet, têm insegurança, se acham
desinformados e perdem quase 40% do tempo em meio a informações desnecessárias.
Para o psicoterapeuta,
neurocientista e escritor Eduardo Aquino, esses verdadeiros prisioneiros da
tecnologia, presentes em sua maioria nos grandes centros, assediados por uma
overdose de informações, “costumam esquecer-se de que o sentimento não pode ser
virtual, depende dos órgãos do sentido e da percepção do momento”.
Computador
não é bicho
Equilíbrio. Para o
médico Eduardo Aquino, esta é a palavra-chave, intermediária entre tecnofílicos
(viciados em tecnologia) e tecnofóbicos (avessos a tecnologia), ou
informatizados e desinformatizados. Aos primeiros, ele alerta: “Já viram que
ipê-amarelo lindo lá fora?” Aos últimos, lembra: “Computador é instrumento, é a
roda do século XXI, se aproxima, ele não morde e, se usado com sabedoria,
simplifica sua vida”.
Simplificar é o desafio diário do empresário Angelo Fares
Menhem, que concilia o cargo de presidente da Sociedade Mineira de Software
(Funsoft) e da Audiolab Sistemas Eletrônicos. Para adequar-se às exigências
profissionais e fugir do stress, Menhem é hoje uma pessoa seletiva na hora de
informar-se sobre os vários assuntos de seu interesse. “Eu não quero saber
tudo, só o índice”, sintetiza com uma frase do humorista Millôr Fernandes. Nem
sempre é fácil. Ao deparar-se com vinte mensagens em seu e-mail, muitas vezes é
levado a tomar conhecimento de informações desnecessárias. “Se não leio todas,
fico sempre com a sensação de que estou perdendo alguma coisa”.
Para a coordenadora do Centro
de Estudos Avançados de Psicologia, a psicóloga Yasrnine Wilmes Demattos, o que
o homem ganha, profissionalmente, em avanço tecnológico, costuma perder em
qualidade de vida. Ou seja, mal dosadas, tecnologia e informação levam ao
stress. “O homem se enriquece de conhecimentos exteriores, mas fica pobre
interiormente.”
MARQUES, Sandra. Jornal de casa. Belo Horizonte: Diário
do Comércio. p. 9. 25 a
31 maio. 2007.
QUESTÃO 13
(Descritor: identificar os conhecimentos prévios
utilizados para a compreensão de textos diversos.)
Assunto: Leitor e situação
comunicativa
Todas as passagens abaixo são expressões usadas especificamente
no contexto tecnológico e virtual, e fora dele não têm sentido, EXCETO
a) “navegando
pela Internet”.
b) “percorrendo
dezenas de canais a cabo”.
c) “perdida
entre as páginas dos jornais e revistas”.
d) “ao
deparar-se com vinte mensagens em seu e-mail”.
QUESTÃO 14
(Descritor: identificar informações
explícitas no texto.)
Assunto: Partes principais e
secundárias dos textos.
Em várias passagens do texto está presente uma dicotomia que vem
em pares. Todas
as opções abaixo representam essa oposição, EXCETO
a) “responda
com o coração”/“responda com a razão”.
b) “inteligência
emocional”/“inteligência artificial”.
c) “tecnofílicos”/“tecnofóbicos”.
d) “computador”/“instrumento”.
QUESTÃO 15
(Descritor: identificar a relação
entre concordância verbal e o texto.)
Assunto: Concordância verbal
Complete as lacunas com a forma adequada do verbo, obedecendo a
norma culta padrão.
I. Mal dosadas,
tecnologia e informação_________________
ao estresse. (levar)
II. A Era da Informação
_______________________ consigo desafios enormes. (trazer)
III. TV, computador, videogame, Internet, tudo isso se
___________________ também na escolha da profissão. (refletir)
IV. Fomos nós que
______________________________ as flores ao homenageado. (entregar)
Assinale a opção CORRETA
a) Levam,
traz, reflete, entregamos.
b) Leva,
traz, refletem, entregam.
c) Leva,
trazem, refletem, entregaremos.
d) Levam,
trazem, refletem, entregaremos.
TEXTO 6 –
Texto publicitário
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QUESTÃO 16
(Descritor: estabelecer relações entre informações escritas e a
informações extraídas dos grafismos, ilustrações e da situação interlocutiva.)
Assunto: Interpretação de grafismos
e de ilustrações textuais.
Sobre o texto 6 é INCORRETO afirmar que
a) É um
texto publicitário, e o produto anunciado é a Aspirina C.
b) O texto
se inspira na variedade de climas brasileiros para a sua construção.
c) As
palavras “tropical, equatorial, temperado e polar” referem-se às estações
climáticas.
d) O texto
associa a idéia das rápidas mudanças climáticas à necessidade do uso do
medicamento.
QUESTÃO 17 (Descritor: estabelecer relações entre textos
(intertextualidade) como recurso de produção de texto.)
Assunto: Intertextualidade e
produção de sentido.
A frase “Moro num país
tropical...” foi construída com base em um recurso conhecido como
a) intertextualidade.
b) ironia.
c) paródia.
d) metáfora.
TEXTO 7 – Texto Jornalístico
Folha de
São Paulo,
Seção Editoriais, p. 2 - 09/09/07
QUESTÃO 18
(Descritor: identificar informações explícitas no texto.)
Assunto: Partes principais e
secundárias dos textos.
A passagem do texto que
justifica o título é
a) “Projetada pelo arquiteto
Niemayer, inaugurada duas vezes no ano passado, o belo edifício não tem livros
em suas instantes – nele, ninguém estuda, lê nem consulta nada. ”
b) “Se tomassem como referência
a Biblioteca Nacional de Brasília, os autores da publicação teriam de
reescrever o verbete.”
c) “... a biblioteca tem
capacidade para receber 250 mil livros, mas está fechada, sem data para a
abertura, porque a administração diz que as condições de armazenamento são
inadequadas.”
d) “... o edifício se torna um
exemplo tipicamente brasileiro, que se repete em outras esferas públicas, de
desperdícios de recursos e erros de planejamento.”
QUESTÃO 19
(Descritor: inferir uma informação implícita
no texto.)
Assunto: Notícia
“Reveladas
as trocas de acusação de praxe, o fato é que a Biblioteca Nacional de Brasília
se tornou um bibelô arquitetônico
de 10 mil m2, que gasta em energia elétrica R$125 mil mensais e é
protegido por dez seguranças por turno.”
O contexto permite inferir que
a palavra “bibelô” está relacionada
a) à idéia
de um pequeno objeto fútil, mas de grande estima.
b) à concepção
do que é velho e ultrapassado.
c) a um
monumento fútil e de pouco valor.
d) a uma
definição irônica de um adorno sem serventia.
TEXTO 8 – Tirinha
QUESTÃO 20
(Descritor: empregar orações coordenadas de
acordo com as necessidades definidas pelo contexto.)
Assunto: Orações coordenadas
Sobre o texto 8, assinale a alternativa INCORRETA, considerando-se a norma culta padrão.
a) A
oração “Doutor, minha cabeça está pesada” é classificada como uma oração
coordenada assindética.
b) A
oração “e meu corpo todo dói” é classificada como uma oração coordenada
sindética aditiva.
c) A
oração “Um demônio entrou no seu corpo” é classificada como oração principal.
d) A
oração “e está devorando suas entranhas” é classificada como coordenada
sindética aditiva.
II)
QUESTÕES ABERTAS
TEXTO 9 – Entrevista
COMPORTAMENTO PROFISSÃO: BUSÓLOGO
ACREDITE,
EXISTEM PESSOAS QUE ANDAM DE ÔNIBUS SÓ POR HOBBY
POR DIVERSÃO, Adrianno Sakamoto, 24 anos, acorda às 3h30, sai às
4h, passa o dia fotografando ônibus e à noite posta tudo em seu site. É
maluquice, mas pode chamar de busologia, termo criado pelo designer Hélio de
Oliveira para o estudo de tudo o que tem relação com ônibus. Adrianno, um
busólogo de carteirinha (ou melhor, de vale-transporte), dá o itinerário desse
passatempo que já conta com 5 mil adeptos no País. (EMILIANO URBIM)
GALILEU: Como surgiu a
busologia?
ADRIANNO SAKAMOTO: É uma evolução do “trainspotting”, o passatempo inglês de
observar trens. Mas a gente vai além, estuda tudo o que está relacionado aos
ônibus: itinerários, empresas, pintura, memória, carroceria, chassi, som de
motor...
GALILEU: Som de motor?
SAKAMOTO: Sim. Agora mesmo estava
terminando de editar alguns para colocar no meu site e dividir com a comunidade
busóloga.
GALILEU: Quem se torna busólogo?
SAKAMOTO: Geralmente é motorista
de ônibus, funcionário de empresa de transporte ou filhos desses caras.
GALILEU: E qual a sua desculpa?
SAKAMOTO: Não sei dirigir, mas
ando por prazer, sou um superusuário. Quando era criança, eu ia cortar o cabelo
e o barbeiro tinha que virar a cadeira para a rua, pois eu precisava ver os
ônibus passarem. Na internet, descobri outras pessoas que dividiam o meu
entusiasmo. “Tem mais gente que gosta, eu não sou maluco!” pensei.
GALILEU: Por que você se destaca
entre os fãs de ônibus?
SAKAMOTO: Já tenho 1.300 fotos
catalogadas, com muita informação sobre ônibus em geral, e algumas dão bastante
trabalho. Saio cedo da minha casa em Guarulhos e me desloco 30km só para
fotografar um “filho-único” (último exemplo de um modelo circulando). Desbravei
a quádrupla divisa de São Paulo, Ferraz de Vasconcellos, Poá e Itaquaquecetuba,
onde passam linhas dos quatro municípios.
GALILEU: Precisa ir tão longe?
SAKAMOTO: O ABC paulista é a
região mais eclética, com maior “busodiversidade”. Tem ônibus novos e com 20
anos de uso, ônibus vítimas do PCC, com carroceria trocada. Fotos dessas
raridades geram reconhecimento, comentários e prestígio.
GALILEU: Vai que alguém queira:
como se tornar um busólogo?
SAKAMOTO: Não tem mistério
nenhum. Enquanto o pessoal do ponto se entedia, você clica. Depois visita
sites, faz amigos, aprende um pouco de mecânica, história, urbanismo. Só requer
uma máquina digital, algum tempo livre e aquela vontade de pegar o ônibus só
para ver onde ele vai parar.
(GALILEU,
09 de 2007, Comportamento, p. 17).
QUESTÃO
21 (Descritor: identificar
diferenças entre recursos lingüísticos utilizados para conferir maior ou menor
grau de formalidade dos textos.)
Assunto:
Variação lingüística
O texto apresenta frases que são um exemplo típico de uma
variedade sócio-cultural do português. Cite uma delas e explique se o uso
dessas frases torna-se inadequado para o gênero textual em questão.
QUESTÃO 22
(Descritor:
empregar símbolos da transcrição de textos orais em textos escritos.)
Assunto: Entrevista
O texto 09 é rico em
pontuações expressivas, mas uma delas é obrigatória nas entrevistas pela
estrutura que essa apresenta. Cite um
exemplo e justifique seu uso.
QUESTÃO 23
(Descritor:
identificar as características lingüísticas e discursivas de uma entrevista.)
Assunto: Entrevista
A entrevista permite que
o leitor conheça mais sobre a vida e a forma de pensar do entrevistado.
Identifique e transcreva do texto 9 um trecho que REVELA um ponto de vista do entrevistado.
TEXTO 10 –
Texto Jornalístico
Uma alimentação variada é fundamental seu organismo funcione de
maneira adequada. Isso significa que é obrigatório comer alimentos ricos em
proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Esses alimentos
são essenciais. Você esteja fazendo dieta para emagrecer, não elimine
carboidratos, proteínas e gorduras de seu cardápio. Apenas reduza as
quantidades. Você emagrece sem perder saúde.
Saúde, n. 5, maio 1993. p.
63.
QUESTÃO 24
(Descritor: reconhecer os processos básicos da articulação
sintática como mecanismos de coesão e de progressão textual.)
Assunto: Valor lógico discursivo
das conjunções
O texto acima necessita de conectores para sua coesão. Empregue
as partículas que estão entre parênteses no lugar adequado, (assim, mesmo que, para que).
TEXTO 11 –
Texto Poético
FAÇA TUDO
O QUE VOCÊ
PUDER
FAZER POR VOCÊ
Millôr Fernandes
Tenha preguiça;
saia do ritmo;
caia na real;
estique a vida;
tome um porre;
grite de raiva;
jogue o lixo fora;
saiba de tudo;
não ligue para nada;
chore as tristezas;
faça a cabeça;
engorde;
morra de saudades;
desbunde;
bote a boca no mundo;
apaixone-se;
ame mais...
QUESTÃO 25
(Descritor: identificar a relação entre concordância verbal e a
produção de sentido.)
Assunto: Concordância verbal.
Observe que o texto 11 tem como principal característica o uso
dos verbos em um modo verbal único. Identifique esse modo verbal e justifique
seu uso.
Leia o texto abaixo:
Tenha
preguiça e saia do ritmo.
Saia do
ritmo ou caia na real.
Tenha
preguiça, mas saiba de tudo.
Estique a
vida, por isso saia do ritmo.
QUESTÃO 26
(Descritor:
distinguir período simples do composto.)
Assunto: Articulações de orações
Observe que as orações do texto 11 foram modificadas. Qual a
modificação ocorrida ao se comparar com o texto original? Que palavras ou
expressões foram acrescentadas?
(Descritor:
estabelecer as diferenças sintático-discursivas entre períodos compostos por
coordenação.)
Assunto: Período composto por
coordenação
a) Através das palavras ou expressões acrescentadas, pode-se
perceber que se criou uma relação entre os dois períodos. Copie o período, do
texto modificado, que contém cada umas das seguintes idéias.
- Acréscimo de ação que deve ocorrer em seqüência.
- Nova ação conclusiva.
- Ação oposta à anterior.
- Outra ação alternativa à anterior.
TEXTO 12 –
Crônica
PRAGA
Luís Fernando Verissimo
— Outra praia, outro
descobridor. Um índio, que até então nem sabia que era índio, estendeu a mão e
ofereceu a Cristóvão Colombo um tomate.
— Um pomo d’oro! —
exclamou o almirante, confundindo o fruto que brilhava ao Sol novo da América
com uma maçã selvagem. Depois examinou o fruto mais de perto e perguntou:
— Para que serve?
— Saladas — respondeu o
índio. — Refogados. Molhos.
— Para o espaguete! —
exclamou Colombo, compreendendo por que o destino o trouxera até ali. Lembrando
que seu nono, em Gênova, vivia elogiando Marco Polo por ter trazido o espaguete
do Oriente e sua nona vivia dizendo que sim, o espaguete era bom, mas faltava
alguma coisa. Sua missão estava revelada: numa só viagem, superara o Marco Polo
do nono e descobrira o que faltava na macarronada da nona. Ficou com o tomate.
— O que você me dá em
troca? — quis saber o índio.
Não se sabe que língua
falavam. A linguagem mágica dos grandes encontros. Não interessa.
— Dou em troca um dos
produtos supremos da nossa civilização. Uma preciosidade. Um dos frutos da indústria
que breve chegará aqui e transformará este mato em outra Europa.
E Colombo deu uma
miçanga ao índio.
Colombo perguntou que
outra novidade o índio tinha para lhe dar. E o índio ofereceu uma batata.
— O que faremos com
isto? — perguntou Colombo, olhando a feia batata com pouco entusiasmo.
O índio descreveu o
futuro da batata, desde a sua importância na alimentação dos camponeses
europeus em fome ainda por vir até a noisette e as fritas. E Colombo botou a
batata na algibeira e deu em troca uma moedinha de valor tão baixo que em vez
da cara mostrava o joelho do rei. O que mais o índio tinha para lhe dar?
O fruto do cacaueiro, de
onde sairia o chocolate. O índio descreveu o significado do chocolate para a
história do mundo, especialmente da Suíça e da Bahia, e como seriam os bombons,
e as barras recheadas com avelãs, e suspeita-se que tenha mencionado até a
mousse. E Colombo trocou o cacau por um espelhinho. Que mais?
Fumo! Em breve, todos
estariam experimentando as delícias do tabaco e o novo hábito dominaria o
mundo. E, para quem quisesse um barato ainda maior, o índio incluía a planta da
coca junto com a planta do fumo em troca das contas que Colombo lhe oferecia.
Que mais?
Milho. Aipim. Um papagaio.
— E isso que você tem no
nariz? — perguntou Colombo, apontando para a argola de ouro.
Colombo ofereceu mais
miçangas, que o índio não quis. Outra moedinha. Comprimidos. Vale-transporte. Finalmente
apontou sua pistola para a cabeça do índio e disse “Isto”. E disparou. Depois
deu ordens a seus homens para recolher todo o ouro à vista, mesmo que tivessem
que trazer os narizes junto.
Do chão, antes de morrer
o índio amaldiçoou Colombo e praguejou. Que a batata tornasse a sua rata obesa,
que o chocolate enchesse as suas artérias de colesterol, que o fumo lhe desse
câncer, que a cocaína o enlouquecesse e que o ouro destruísse a sua alma. E que
o tomate — pediu o índio aos céus, com seu último suspiro — se transformasse em
ketchup e molho enlatado sem graça, que estragasse o espaguete para todo o
sempre. E assim aconteceu.
QUESTÃO 27
(Descritor: estabelecer relações entre textos como recurso de
produção de texto.)
Assunto: Intertextualidade e
produção de sentido
O texto Praga faz intertextualidade com a História oficial sobre
a chegada dos europeus à América. A partir da idéia de intertextualidade,
explique o uso dos pronomes indefinidos na frase “Outra praia, outro
descobridor”.
QUESTÃO 28
(Descritor: identificar o que está em jogo na situação
comunicativa e a origem dos efeitos de humor.)
Assunto: Situação comunicativa e
humor
Perpassa todo o texto de Veríssimo certa dose de humor. Uma das
formas de o humor se apresentar está no fato de que o índio, desde as primeiras
linhas, se mostra como alguém que conhece o contexto cultural do colonizador.
Isso se acentua, à medida que o tal contexto não se restringe ao tempo
histórico em que houve a colonização, se amplia para o futuro: é como se o
índio fosse um vidente.
Explique essa ampla visão do índio e como ocorre o efeito
humorístico com relação
— à batata;
— ao cacau;
— à coca.
QUESTÃO 29
(Descritor: inferir uma informação implícita no texto.)
Assunto: Situação comunicativa e
humor.
O humor, a ironia, muitas vezes, vem acompanhado de dor.
Ironiza-se, então, o sofrimento, os equívocos que a humanidade comete, os males
do mundo. Que fato histórico é revelado através da mistura humor/dor? O que há de doloroso no fato histórico
relatado no texto?
TEXTO 13 –
Texto Epistolar
A Carta de
Pero Vaz de Caminha
Posto que o capitão mor
desta vossa frota e assim os outros capitães escreveram a Vossa Alteza sobre o achamento
desta vossa terra nova que esta navegação achou, não deixarei de também dar
minha conta a Vossa Alteza sim como eu melhor puder ainda que para bem contar e
falar o saiba pior que todos fazer.
Então Vossa Alteza tome
com boa vontade minha ignorância, e creia que tentarei nem embelezar nem enfear
aquilo que vi e me pareceu.
Da marinhagem e das
singraduras do caminho não darei conta a Vossa Alteza porque não saberei
fazê-lo e os pilotos devem ter esse cuidado e portanto, Senhor, do que hei de
falar começo e digo.
Dias depois avistamos a
ilha de Cabo Verde, a saber, a ilha de São Nicolau, segundo o piloto Pero
Escobar e na noite seguinte, quando amanheceu a segunda-feira, perdeu-se a
frota de Vaso de Ataide sem que tenha havido tempo forte nem contrário. O
capitão fez suas diligências para o encontrar em umas e outras partes, mas ele
não apareceu mais. E assim seguimos nosso caminho por este mar.
Então, avistamos terra,
a saber, primeiramente, um grande monte, muito alto e redondo e outras serras
mais baixas ao sul do monte e terras planas, com grandes arvoredos. O capitão
deu ao monte o nome de monte Pascoal e à terra, terra de Vera Cruz.
Ancoramos às dez horas
mais ou menos e dali avistamos homens que andavam pela praia. (...) A feição
deles é serem pardos, à maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes.
Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem usam coisa alguma para tampar suas
vergonhas, e fazem isso com tanta inocência como a têm para mostrar o rosto.
Trazem ambos os beiços de baixo furados e ornados com ossos.
Quando eles vieram até o
navio, o capitão estava assentado em uma cadeira e tinha uma alcatifa aos pés.
Estava bem vestido e usava um colar de ouro muito grande ao pescoço. Entraram e
não fizeram nenhuma menção de cortesia, nem de falar ao capitão nem a ninguém,
mas um deles pôs os olhos no colar do capitão e começou a acenar com a mão para
a terra e depois para o colar como a nos dizer que havia ouro em terra e também
viu o castiçal de prata e da mesma forma acenava para a terra como se houvesse
castiçal em
terra. Mostraram-lhes um papagaio e acenaram para a terra
como se houvesse deles ali. Mostraram-lhes um carneiro e eles não deram
qualquer atenção. Mostraram-lhes uma galinha e ficaram com medo dela e não lhe
queriam pôr a mão e depois a tomaram como que espantados. Deram-lhes de comer
pão e pescado cozido, confeitos, mel e figos. Não quiseram comer quase nada
daquilo e alguma coisa que provavam logo lançaram fora. Trouxeram-lhes vinho,
mas não gostaram dele e não quiseram mais. Um deles viu umas contas brancas de
um rosário, fez sinal que lhas dessem e brincou com elas. Acenou para a terra
como se dissesse que daria ouro em troca daquilo. Entendemos assim porque assim
o desejávamos. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto
não desejamos entender. (...)
Esta terra, Senhor, é
muito plana e muito formosa. Nos pareceu do mar que ela é muito grande, porque,
ao estender nossos olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos. Nela, até
agora, não pudemos saber se há ouro ou prata ou nenhuma outra coisa de metal
nem de ferro. A terra tem bons ares, assim frios e temperados como entre Doiro
e Minho. As águas são muitas e infindas. E de tal forma é graciosa, que
querendo-se aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o
melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta
deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. (...)
Beijo as mãos de Vossa
Alteza. Desse porto seguro da vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira,
primeiro dia de maio de 1500.
Pero Vaz de Caminha
Adaptação da Carta de Pero Vaz de Caminha.
QUESTÃO 30
(Descritor: comparar textos que se constroem a partir de
diferentes graus de formalidade.)
Assunto: Adequação lingüística.
Há palavras ou expressões que valem como pronomes pessoais,
usados como forma de tratamento. No Brasil, a forma mais usual de tratamento é “você”. Esse pronome é usado entre as
pessoas informalmente. Outros pronomes de tratamento são usados em diversas
situações. Alguns deles dirigidos, em especial, a certas circunstâncias ou
pessoas.
a) Na carta de Pero Vaz de Caminha, qual é o pronome usado pelo
autor para dirigir-se ao Rei de Portugal, Dom Manuel I?
b) O uso
desse pronome revela maior ou menor intimidade entre os interlocutores?
c) O pronome de tratamento que você identificou na questão
anterior é muito usado hoje em dia no Brasil? Por quê?
TEXTO 14 –
Texto Epistolar
QUESTÃO 31
(Descritor: identificar as
características lingüísticas e discursivas de um texto epistolar.)
Assunto: Carta pessoal
O texto 14 foi produzido como propaganda para persuadir os
leitores a irem a Aruba, uma ilha do Caribe. A forma escolhida pela empresa foi
a de uma carta.
a) Aponte as marcas textuais que permitem identificar o texto
como carta.
b) A data
colocada contribui para o bom resultado da venda do produto? Explique.
(Descritor: identificar o que está em jogo na situação comunicativa e seus
efeitos de sentido.)
Assunto: Carta pessoal
c) O vocativo é adequado aos interlocutores? Explique.
(Descritor: estabelecer relações entre
textos como recurso de produção de sentido.)
Assunto: Carta pessoal.
d) A assinatura também é colocada como uma estratégia na
construção do texto. Explique a frase em destaque.
QUESTÃO 32
(Descritor: identificar as características lingüísticas e discursivas de um
texto epistolar.)
Assunto: Intertextualidade e
produção de sentido
Os textos 13 e 14 são textos epistolares, porém apresentam
muitas diferenças. Escreva um parágrafo apresentando e justificando algumas
dessas diferenças.
QUESTÃO 33
(Descritor: identificar a relação entre concordância verbal e a produção de
sentido.)
Assunto: Concordância verbal
Leia.
A Secretaria de Segurança investiga os suspeitos de terem
ajudado na fuga para o Chile e a Guiana. A polícia desses países não puderam
prendê-los porque o governo brasileiro não fez o pedido formal de captura.
Adaptado de O Estado de São Paulo, 22/10/02.
a) No segundo período, há uma infração às normas de
concordância. Reescreva-o de maneira correta.
b) Indique a causa provável dessa infração.
QUESTÃO 34
(Descritor: identificar a relação
entre concordância verbal e a produção de sentido.)
Assunto: Concordância verbal
No conhecido verso de um rock — “a gente somos inútil” —, ocorre
uma concordância que, apesar de ser condenada pelos padrões gramaticais da
língua culta, é comum na fala popular. Como se explica esta possibilidade de
construção na língua portuguesa?
QUESTÃO 35 (Descritor: estabelecer as diferenças sintático-discursivas entre
períodos compostos por coordenação.)
Assunto: Orações coordenadas.
O anúncio seguinte divulga uma campanha feita pelo jornal Folha
de S. Paulo. Ao comprar o jornal e, mediante o acréscimo de certa importância
em dinheiro, o cliente pode adquirir também um volume da coleção “Os Pensadores”.
Leia-o e responda.
TEXTO 15
O enunciado, intencionalmente, estabelece uma relação de
oposição entre duas idéias ou duas expressões. Quais são elas?
Normalmente, antes da conjunção adversativa “mas” é empregada a
vírgula. Nesse enunciado, entretanto, foi empregado o ponto. Compare essas duas
possibilidades de redação.
I. Sócrates, Aristóteles e Platão são imortais, mas não vão
ficar na banca para sempre.
II. Sócrates, Aristóteles e Platão são imortais. Mas não vão
ficar na banca para sempre.
Que mudança de sentido o
emprego do ponto acarreta à primeira oração? Considerando-se esse sentido da
primeira oração, que papel tem a segunda oração?
QUESTÃO 36 (Descritor: estabelecer relações entre informações escritas e as
informações extraídas dos grafismos, das ilustrações e da situação
interlocutiva.)
Assunto: Interpretação de
grafismos e de ilustrações textuais.
TEXTO 16
Observe que o complemento dos verbos das frases do 1º ao 3º
quadrinho não foi mencionado: está implícito. Mas é possível identificá-lo pelo
contexto. Escreva um pequeno parágrafo, apresentando
o complemento das respectivas frases citadas e EXPLIQUE como foi possível tal dedução.
QUESTÃO 37 (Descritor: reconhecer os processos básicos de articulação
sintática como mecanismos de coesão.)
Assunto: Conjunção e coesão
textual.
TEXTO 17
Observe que no último quadrinho a fala de Manolito é introduzida
pela conjunção mas.
a) Qual
idéia a conjunção mas exprime nessa situação?
b) A que
idéia, anteriormente expressa, essa conjunção se liga?
QUESTÃO 38 (Descritor: identificar a relação de regência verbal e nominal e
a produção de sentido.)
Assunto: Regência verbal e
nominal
TEXTO 18
a) Nas frases dispostas acima da imagem da lâmpada se lê:
“8O% mais econômicas.
10 vezes mais duráveis.”
Nessas frases, não foi explicitado o substantivo a que se
referem os adjetivos “econômicas” e “duráveis”. Considerando a parte verbal e a
parte não-verbal, qual é o substantivo implícito?
b) Leia o enunciado disposto abaixo da lâmpada: “Parece mágica,
mas é só tecnologia”. Nesse caso, a expressão “parece mágica” foi empregada no
singular. Ela se refere ao mesmo substantivo implícito no anúncio? Em caso
negativo, a que se refere então? O que
justifica a concordância no singular?
TEXTO 19
Questão 39 (Descritor: inferir uma
informação implícita no texto.)
Assunto: Conhecimentos prévios e
produção de sentido.
Escreva um parágrafo EXPLICANDO
por que Mafalda deseja ser contagiada por este Sol.
QUESTÃO 40 (Descritor: distinguir período simples do composto.)
Assunto: Relação entre período
simples e composto.
TEXTO 20
1 - “Sabia que eu sou um príncipe encantado?”
2 - “Me dá um beijinho?”
a) Identifique, nos enunciados acima, os verbos ou locuções verbais
e os classifique em período composto ou simples.
(Descritor: corrigir, num
texto dado, determinadas inadequações em relação a um padrão lingüístico
estabelecido.)
Assunto: Formalidade e
informalidade lingüística.
b) O enunciado “Me dá um beijinho?” está inadequado quanto à
norma culta. EXPLIQUE por que essa
transgressão é aceita neste contexto e faça a correção deste enunciado,
adequando-o à norma culta.
GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS
QUESTÃO
01
|
A
|
QUESTÃO
11
|
C
|
|
QUESTÃO
02
|
C
|
QUESTÃO
12
|
C
|
|
QUESTÃO
03
|
D
|
QUESTÃO
13
|
C
|
|
QUESTÃO
04
|
A
|
QUESTÃO
14
|
D
|
|
QUESTÃO
05
|
B
|
QUESTÃO
15
|
A
|
|
QUESTÃO
06
|
D
|
QUESTÃO
16
|
C
|
|
QUESTÃO
07
|
D
|
QUESTÃO
17
|
A
|
|
QUESTÃO
08
|
A
|
QUESTÃO
18
|
A
|
|
QUESTÃO
09
|
D
|
QUESTÃO
19
|
D
|
|
QUESTÃO
10
|
D
|
QUESTÃO
20
|
C
|
GABARITO DAS QUESTÕES DISCURSIVAS
QUESTÃO 21
“Filhos desses caras”. Não, apesar de ser um texto veiculado em
uma revista informativa, o gênero textual, a entrevista, permite o uso de uma
linguagem informal, uma vez que a revista está “transcrevendo a fala do
entrevistado”. Outra opção de resposta:
Nota-se que o próprio entrevistador não mantém durante toda a entrevista um
grau de formalidade. Tal aspecto pode ser justificado, tendo-se em vista o
público alvo e o assunto da entrevista.
QUESTÃO 22
Exemplos: “filho-único”, “busodiversidade”. A expressão
“filho-único” foi usada no sentido conotativo. E a expressão “busodiversidade”
é um neologismo criado pelo entrevistado. Outra
opção de resposta: o uso das aspas para marcar a transcrição do pensamento
do entrevistado.
QUESTÃO 23
“Quando era criança, eu ia cortar o cabelo e o barbeiro tinha
que virar a cadeira para a rua, pois eu precisava ver os ônibus passarem. Na
internet, descobri outras pessoas que dividiam o meu entusiasmo. ‘Tem mais
gente que gosta, eu não sou maluco! ’ - pensei.”
QUESTÃO 24
Uma alimentação variada é fundamental para que seu organismo funcione de maneira adequada. Isso significa
que é obrigatório comer alimentos ricos em proteínas, carboidratos, gorduras,
vitaminas e sais minerais. Esses alimentos são essenciais. Mesmo que você esteja fazendo dieta para emagrecer, não elimine
carboidratos, proteínas e gorduras de seu cardápio. Apenas reduza as
quantidades. Assim, você emagrece
sem perder saúde.
QUESTÃO 25
Os verbos estão no imperativo e na terceira pessoa. O uso desse modo
prova, através das formas verbais do texto, que um dos interlocutores é o
leitor.
QUESTÃO 26
a) Foram elaborados períodos compostos por duas orações.
Acrescentaram-se e, ou, mas, por isso.
b) - Tenha preguiça e
saia do ritmo.
-
Estique a vida e saia do ritmo.
- Tenha preguiça mas
saiba de tudo.
- Caia do ritmo ou caia
da real.
QUESTÃO 27
Os pronomes indefinidos sugerem que o texto é fictício, não
oficial.
QUESTÃO 28
O índio sabe que a batata será alimento básico em épocas de fome
na Europa e que será alimento típico da mesa européia; que a Bahia será
produtora de cacau e que a Suíça fabricará o chocolate mais saboroso do mundo;
que a coca produzirá um dos vícios mais perigosos do mundo moderno.
QUESTÃO 29
O texto apresenta a colonização da América pelo europeu. A
colonização foi um processo de matança cultural, física ou mental.
QUESTÃO 30
a) Pero
Vaz de Caminha usa o nome de tratamento Vossa Alteza.
O uso desse pronome revela pouca intimidade entre os
interlocutores. É pronome de respeito e distanciamento.
O pronome é raramente usado no Brasil. Nosso país é uma
república e não é governado por nobres. Quando recebemos algum rei ou quando nos
referimos à família real de algum país, então tal pronome deve ser usado.
QUESTÃO 31
a) São
componentes de uma carta a data, o vocativo, o corpo do texto e a assinatura.
b) O mês
de fevereiro é estratégico para a propaganda: é um mês de calor, feriado de
carnaval.
c) O vocativo é adequado, pois os interlocutores são amigos
íntimos de Bernardo, que, por isso pode tratá-los com carinho.
d) A letra B está escrita como em um espelho, em letra de
imprensa e o “o” final está substituído
pelo desenho de um boneco, o que caracteriza muito bem a assinatura de uma
criança, como pretende o texto.
QUESTÃO 32
O texto 13 é uma carta formal escrita há tempo. Os
interlocutores não têm nenhuma intimidade e a função da carta é apenas
descrever e informar tudo sobre a terra que foi encontrada. Já o texto 14 é uma
carta formal. Os interlocutores têm intimidade e sua função é a de persuadir o
destinatário (no caso o leitor, uma vez que a carta também é um texto
publicitário) a ir ao local descrito.
QUESTÃO 33
a) A polícia desses países não pôde prendê-los porque o governo
brasileiro não fez o pedido formal de captura.
b) A concordância deve ser feita com o núcleo do sujeito que é polícia,
porém é muito comum ocorrer a concordância com o termo mais próximo, no
caso, desses países.
QUESTÃO 34
Está se fazendo a concordância do verbo com a idéia transmitida
pela expressão a gente (=nós) e não
com a forma (terceira pessoa do singular) dessa expressão. Essa concordância
ideológica é permitida, pois o texto em questão tem a licença poética, por se
tratar de uma letra de música.
QUESTÃO 35
a) “Ser
imortal” e “ficar para sempre”.
b) Ao se colocar o ponto, a primeira oração passa a expressar
uma verdade universal, indiscutível. A segunda oração não se opõe à verdade
expressa na primeira; ela cumpre o papel de uma advertência: se você, leitor,
não for buscar os seus livros, eles vão acabar.
QUESTÃO 36
O complemento é “a bola”. O aluno precisa recorrer ao texto
não-verbal para identificar o complemento.
QUESTÃO 37
a) A de
oposição.
b) A
conjunção estabelece a noção de oposição em relação à frase de Mafalda: “Isso
se chama interesse!”.
QUESTÃO 38
a) Lâmpadas.
b) Não, refere-se às informações do enunciado na parte superior.
O verbo e adjetivo estão no singular porque concordam com uma idéia genérica,
algo como “Isso parece mágica” ou “Esse resultado parece mágica”.
QUESTÃO 39
Pretende-se que o aluno reconheça os nomes mencionados pela
garota como grandes mentes, pessoas que se destacaram por seus feitos, gênios e
que ela deseja também ser uma grande personalidade reconhecida no mundo.
Acredita que se for iluminada pelo mesmo Sol que eles, se ela também será uma
personalidade.
QUESTÃO 40
a) No enunciado 1, os verbos são sabia e sou e o período
é composto. No enunciado 2, o verbo é dá
e o período é simples.
b) Neste enunciado, a transgressão da regra gramatical dá ao
texto um tom de informalidade, pois ali temos uma situação comunicativa que
aceita esta construção. A frase de acordo com a norma culta seria: Dê-me um
beijinho.
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