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Caro professor, prezada professora,
                       
            O trabalho com a língua é constante, é diário. O nosso aluno faz uso da linguagem todo o tempo. Ele pensa, ele sonha, ele planeja, tudo isso na Língua Portuguesa. Por isso é importante que nós o preparemos para fazer o melhor uso dessa ferramenta. Oportunizar momentos de construção do saber, para que todos compreendam a importância das diversas linguagens na nossa vida.
            Como todo processo deve ser avaliado, para que possamos avançar na descoberta do conhecimento com nossos alunos, é preciso pensar nas atividades que nos apontam caminhos a seguir. Este banco de questões foi desenvolvido com base em descritores, que especificam as habilidades e as competências esperadas dos alunos, de acordo com a idade, e tem por objetivo auxiliar o professor na tarefa da elaboração de provas ou atividades de sala.
            Sendo o texto o nosso ponto de partida e o de chegada nas atividades de ensino-aprendizagem da língua materna, a recepção e a produção de textos devem ser a tônica das avaliações. Por meio delas – sejam formais ou processuais – o que queremos é identificar se os alunos compreendem o que lêem e se produzem usando recursos lingüísticos adequados às mais diversas situações comunicativas. Ou seja, perceber se os alunos estão desenvolvendo os saberes necessários à constituição de sua competência discursiva.
            O presente Banco de Questões prevê que as competências e habilidades necessárias aos alunos da 8ª série do Ensino Fundamental sejam avaliadas, no 1º semestre/2008, por meio de questões relativas aos gêneros textuais estudados no Livro 1. Espero que as questões, se usadas, se tornem um momento privilegiado do processo ensino-aprendizagem, revelando os sucessos do aluno na construção de seus conhecimentos, apontando necessidades e problemas e redefinindo estratégias para a maior eficiência na interação com o aluno.




Conteúdos/capítulos
Questões
Formalidade e informalidade lingüística
Q. 40 (b)
Adequação lingüística
Q.30
Variação lingüística

Q. 6, 21
Leitor e situação comunicativa
Q.3, 13
Entrevista, resenha, charges, tirinhas e provérbios
Q. 11, 19, 22, 23, 31
Conhecimentos prévios e produção de sentido
Q. 9, 10
Situação comunicativa e humor
Q. 28, 29
Interpretação de grafismos e de  ilustrações textuais
Q. 16, 36
Intertextualidade e produção de sentido
Q. 12, 17, 27, 32
Partes principais e secundárias dos textos
Q. 1, 14, 18
Tese e argumentação
Q. 8
Escolha vocabular e seus efeitos de sentido
Q. 39
Relação de causa e conseqüência e produção de sentido
Q. 2
Concordância verbal e nominal
Q. 15, 25, 33, 34
Regência verbal e nominal
Q. 38
Conjunções e coesão textual
Q. 37
Valor lógico-discursivo das conjunções
Q. 24
Articulação de orações
Q. 5, 26 (a)
Período composto por coordenação e subordinação
Q. 26 (b)
Orações coordenadas
Q. 20, 35
Oração principal
Q. 4
Orações subordinadas substantivas
Q. 7
Relação entre o período simples e o composto por subordinação
Q. 40 (a)





I)              QUESTÕES OBJETIVAS
TEXTO 1 – Texto jornalístico





















Folha de SP, 11/09/07, caderno Cotidiano, p. 4


QUESTÃO 01 (Descritor: identificar informações explícitas no texto.)

Assunto: Partes principais e secundárias dos textos.

O jornal é um dos veículos de comunicação que circula na sociedade. O texto “Clima seco no Sudeste e no Centro-Oeste” PRETENDE, principalmente,

a) mostrar ao leitor os cuidados que se deve ter nos períodos de “veranicos”.
b) ensinar como ocorre o fenômeno que impossibilita a chegada de ar frio numa região.
c) declarar que o período de “veranicos” ainda se estenderá por mais um mês.
d) explicar o porquê do verão fora de época, destacando sua relação com a poluição.


Questão 02 (Descritor: estabelecer relação de causa/conseqüência entre partes e elementos de um texto.)

Assunto: Relação de causa e conseqüência

Todas as alternativas abaixo apontam uma relação de causa/conseqüência percebida no texto, EXCETO

a) Frente fria desviada – ocorrência de queimadas
b) Alta-pressão + massa de ar seco – desvio de frente fria
c) Clima seco – não há dispersão da poluição
d) Umidade do ar entre 20% e 30% - consumir muita água


Questão 03 (Descritor: inferir o tipo de leitor e a situação comunicativa a partir da caracterização da linguagem.)

Assunto: Leitor e situação comunicativa

Cada texto escrito no jornal é pensado para um público. Claro que uma mesma pessoa poderá se identificar com vários deles. O que normalmente define o público leitor de um texto é o tema, o assunto. Porém, a linguagem também delimita esse grupo de pessoas.  Qual das opções abaixo NÃO representaria público alvo para esse texto?

a) Estudantes acima de 13 anos, com finalidade educativa.
b) Pais preocupados com o bem estar dos filhos e com o seu próprio.
c) Idosos interessados na saúde e em qualidade de vida.
d) Atletas que se expõem ao sol para aproveitarem o “veranico”.


Questão 04 (Descritor: distinguir a oração principal das orações subordinadas a ela.)

Assunto: Oração principal.

“A massa de ar seco que está entre as regiões Sul e Sudeste, associada a um sistema de alta pressão, não permite o avanço da frente fria vinda do sul dentro do continente, que acaba sendo desviada para o mar.”
O período acima é composto de diversas orações. Qual das orações abaixo é a oração principal?

a) “A massa de ar seco não permite o avanço da frente fria”
b) “que está entre as regiões Sul e Sudeste”
c) “associada a um sistema de alta pressão”
d) “que acaba sendo desviada para o mar”



QUESTÃO 05 (Descritor: reconhecer diferentes relações de sentido decorrentes do emprego de diferentes conectivos.)

Assunto: Articulação de orações.

 

Os elementos destacados nos períodos abaixo são responsáveis por estabelecer a relação de idéias entre as frases. Qual das opções abaixo NÃO apresenta uma conexão adequada?


a) Tratava-se de uma pessoa consciente. Portanto, seu lugar só poderia ser aquele e lutaria até o fim para mantêlo.
b) As moscas conseguem detectar tudo o que acontece à sua volta, à medida que têm olhos compostos. Assim, seus olhos lhes dão uma visão de praticamente 360 graus.
c) Embora fosse um cais de quase dois quilômetros de extensão, gostávamos de caminhar ao longo dele,     quando o tempo não era feio e chuvoso.
d) Ainda que fosse um homem de frases curtas, a sua boca só se abria para dizer coisas importantes. Entretanto, ninguém queria falar dessas coisas.


TEXTO 2 – Texto publicitário






























QUESTÃO 06 (Descritor: identificar, em textos de gêneros e tipos diversos, marcas de coloquialismo.)

Assunto: Variação lingüística.

Num texto publicitário como o apresentado acima, percebe-se o uso da linguagem informal. Qual das opções abaixo EXPLICARIA o motivo de uma empresa conceituada no mercado optar por esse tipo de linguagem?

a) Trata-se de uma variação regional da língua, eleita pelas empresas como a melhor maneira de se conquistar o cliente, pois a linguagem é conhecida dele.
b) As empresas desenvolveram uma estratégia de vendas: usar nas propagandas a forma errada com que as pessoas falam para que elas se identifiquem.
c) Houve um possível problema de falta de correção do texto a ser divulgado, o que cria no cliente uma insegurança diante da marca.
d) A empresa pretende estar mais próxima do modo de falar da maioria dos clientes para que eles se identifiquem com o produto.


QUESTÃO 07 (Descritor: reconhecer as principais estruturas sintáticas caracterizadoras das orações subjetivas.)

Assunto: Orações subordinadas substantivas.

“...que você vai encontrar mais um lançamento perfumado de OMO.”
Todas as alternativas justificam a classificação da oração acima como subordinada substantiva subjetiva, EXCETO

a) O verbo da oração principal está na terceira pessoa do singular.
b) Não existe preposição entre o verbo da oração principal e a conjunção.
c) Não existe, na oração principal, nenhum termo que possa ser sujeito do seu verbo.
d) A oração principal é constituída de verbo de ligação + predicativo.
 
 
TEXTO 3 - Texto jornalístico

JÁ NÃO HÁ MAIS FUTURO PARA O ANALFABETO DIGITAL

Quem não souber se movimentar na Internet, ou achar que possuir bons conhecimentos é decorar informações, terá dificuldades em conseguir até empregos modestos.

Daqui a pouco tempo, muito menos do que podemos imaginar, quem não dominar a informática não encontrará lugar no mercado de trabalho. Mesmo se estiver à procura de uma vaga como office-boy.
Nos Estados Unidos, e de maneira crescente no Brasil, qualquer profissional autônomo que se preze faz pesquisa na Internet. Mais e mais, a casa vira escritório e o contato com o mundo exterior se dá pela rede de computadores. Hoje, muitas ofertas de emprego são feitas eletronicamente. O interessado em uma nova colocação entra na Internet e consulta as páginas eletrônicas das empresas que lhe interessam. Quem não tiver acesso a um computador já reduz suas chances de emprego pela metade.
Não há futuro para o analfabeto digital. Até porque se redefine o analfabetismo: dominar os códigos das redes eletrônicas é tão importante como até agora tem sido saber ler e escrever.
O aluno que decora livros e tira 10 em todas as provas está com os dias contados. Ter informação não é tão relevante como processá-la, encará-la de vários ângulos, o que exige capacidade crítica e flexibilidade para se habituar a um ritmo de mudanças jamais visto.   (...)
O bom profissional nos dias atuais define-se pela capacidade de encontrar e associar informações, de trabalhar em grupo e de se comunicar com desenvoltura. Terá futuro o estudante que souber lidar com imprevistos e se adaptar rapidamente às mudanças, fazer pesquisas e interpretar os dados.

Ricardo Falzetta. Nova Escola. São Paulo, Abril, n2 110, mar /2007.


QUESTÃO 08 (Descritor: estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.)

Assunto: Tese e argumentação

A passagem que JUSTIFICA o título do artigo é

a) “Daqui a pouco tempo, muito menos do que podemos imaginar, quem não dominar a informática não encontrará lugar no mercado de trabalho.”
b) “Nos Estados Unidos, e de maneira crescente no Brasil, qualquer profissional autônomo que se preze faz pesquisa na Internet.”
c) “Ter informação não é tão relevante como processá-la, encará-la de vários ângulos, o que exige capacidade crítica e flexibilidade para se habituar a um ritmo de mudanças jamais visto.”
d) “O bom profissional nos dias atuais define-se pela capacidade de encontrar e associar informações, de trabalhar em grupo e de se comunicar com desenvoltura.”




QUESTÃO 09 (Descritor: reconhecer o sentido decorrente das escolhas vocabulares na situação comunicativa.)

Assunto: Conhecimentos prévios e produção de sentido

“Terá futuro o estudante que souber lidar com imprevistos e se adaptar rapidamente às mudanças, fazer pesquisas e interpretar os dados.”
O contexto permite inferir que o estudante a quem o texto 3 se refere é o aluno que

a) só tira nota 10 em todas as provas e não domina o conhecimento tecnológico.
b) deixa de estudar as matérias oferecidas pela escola para se dedicar somente à internet.
c) tem acesso aos conhecimentos tecnológicos, mas não o domina.
d) consegue dominar o conhecimento tecnológico e adaptá-lo ao mercado de trabalho.


Questão 10 (Descritor: inferir uma informação implícita no texto.)

Assunto: Conhecimentos prévios e produção de sentido.

Marque a alternativa ERRADA a respeito do texto 03.

a) é possível inferir que o analfabeto digital  terá dificuldade de entrar no mercado de trabalho.
b) em nenhum momento deixa transparecer a opinião pessoal do autor.
c) apresenta opiniões bastante diferentes e deixa a conclusão para o leitor.
d) usa gírias e expressões coloquiais para provar a atualidade do tema.




TEXTO 4




QUESTÃO 11 (Descritor: identificar o que está em jogo na situação comunicativa e a origem dos efeitos humorísticos.)

Assunto: Charge

A respeito do Texto 4, só NÃO podemos afirmar que

a) trata-se evidentemente de um texto com intenções humorísticas.
b) faz uma crítica de maneira bem específica ao valor da tecnologia.
c) mostra como só a tecnologia é a solução de todos os problemas.
d) exige que o leitor tenha um conhecimento prévio sobre o ambiente retratado na charge.


QUESTÃO 12 (Descritor: estabelecer relações entre textos (intertextualidade) como recurso para produzi-los.)

Assunto: Intertextualidade e produção de sentido.

Sobre os textos 3 e 4 pode-se afirmar que, EXCETO

a) os dois textos têm o mesmo assunto como tema central: a tecnologia.
b) os dois textos têm visão dicotômicas sobre a importância da tecnologia.
c) os dois textos usam os mesmos recursos lingüísticos para a exposição do tema.
d) os dois textos exigem conhecimentos básicos sobre a definição de tecnologia.

TEXTO 5 – Texto Jornalístico

Vida moderna
                                                              Estresse

Marcada pelo confronto entre o homem e a máquina, a “inteligência emocional” e a artificial, a Era da Informação traz consigo desafios para super-homens: como corresponder às exigências da sociedade e do mundo profissional sem, contudo, igualar-se à máquina? Como manter o equilíbrio físico e mental diante da avalanche de informações disponíveis nos meios de comunicação?
Responda com o coração: há quanto tempo você não pára para curtir a lua e as estrelas? Já percebeu como, especialmente este ano, o outono antecipou o florescer da primavera? Agora, responda com a razão: quanto tempo você fica diante da TV, percorrendo dezenas de canais a cabo, e do microcomputador, navegando pela Internet ou “perdido” entre as páginas dos jornais e revistas, buscando sempre um nível “satisfatório” de informações? E, apesar dessa busca incessante, é comum a você a sensação de estar sempre perdendo alguma coisa (leia-se novidade)?
Em plena Era da Informação, do conhecimento globalizado, não são poucas as pessoas que se encaixam nesse perfil. Por não saberem escolher, filtrar e organizar as informações, executivos entram em stress e se queixam de que 63% de seu tempo é perdido na já chamada “Síndrome da Indecisão”, por falta de bom senso na escolha e capacidade de renúncia. Vítimas ainda da “Síndrome da Fadiga em Informação”, por não conseguirem tirar informações prioritárias, se viciam na Internet, têm insegurança, se acham desinformados e perdem quase 40% do tempo em meio a informações desnecessárias.
Para o psicoterapeuta, neurocientista e escritor Eduardo Aquino, esses verdadeiros prisioneiros da tecnologia, presentes em sua maioria nos grandes centros, assediados por uma overdose de informações, “costumam esquecer-se de que o sentimento não pode ser virtual, depende dos órgãos do sentido e da percepção do momento”.

Computador não é bicho

Equilíbrio. Para o médico Eduardo Aquino, esta é a palavra-chave, intermediária entre tecnofílicos (viciados em tecnologia) e tecnofóbicos (avessos a tecnologia), ou informatizados e desinformatizados. Aos primeiros, ele alerta: “Já viram que ipê-amarelo lindo lá fora?” Aos últimos, lembra: “Computador é instrumento, é a roda do século XXI, se aproxima, ele não morde e, se usado com sabedoria, simplifica sua vida”.
Simplificar é o desafio diário do empresário Angelo Fares Menhem, que concilia o cargo de presidente da Sociedade Mineira de Software (Funsoft) e da Audiolab Sistemas Eletrônicos. Para adequar-se às exigências profissionais e fugir do stress, Menhem é hoje uma pessoa seletiva na hora de informar-se sobre os vários assuntos de seu interesse. “Eu não quero saber tudo, só o índice”, sintetiza com uma frase do humorista Millôr Fernandes. Nem sempre é fácil. Ao deparar-se com vinte mensagens em seu e-mail, muitas vezes é levado a tomar conhecimento de informações desnecessárias. “Se não leio todas, fico sempre com a sensação de que estou perdendo alguma coisa”.
Para a coordenadora do Centro de Estudos Avançados de Psicologia, a psicóloga Yasrnine Wilmes Demattos, o que o homem ganha, profissionalmente, em avanço tecnológico, costuma perder em qualidade de vida. Ou seja, mal dosadas, tecnologia e informação levam ao stress. “O homem se enriquece de conhecimentos exteriores, mas fica pobre interiormente.”

MARQUES, Sandra. Jornal de casa. Belo Horizonte: Diário do Comércio. p. 9. 25 a 31 maio. 2007.


QUESTÃO 13 (Descritor: identificar os conhecimentos prévios utilizados para a compreensão de textos diversos.)
Assunto: Leitor e situação comunicativa
Todas as passagens abaixo são expressões usadas especificamente no contexto tecnológico e virtual, e fora dele não têm sentido, EXCETO

a) “navegando pela Internet”.
b) “percorrendo dezenas de canais a cabo”.
c) “perdida entre as páginas dos jornais e revistas”.
d) “ao deparar-se com vinte mensagens em seu e-mail”.



QUESTÃO 14 (Descritor: identificar informações explícitas no texto.)

Assunto: Partes principais e secundárias dos textos.

Em várias passagens do texto está presente uma dicotomia que vem em pares. Todas as opções abaixo representam essa oposição, EXCETO

a) “responda com o coração”/“responda com a razão”.
b) “inteligência emocional”/“inteligência artificial”.
c) “tecnofílicos”/“tecnofóbicos”.
d) “computador”/“instrumento”.


QUESTÃO 15 (Descritor: identificar a relação entre concordância verbal e o texto.)

Assunto: Concordância verbal

Complete as lacunas com a forma adequada do verbo, obedecendo a norma culta padrão.
 I. Mal dosadas, tecnologia e informação_________________  ao estresse. (levar)
II.  A Era da Informação _______________________ consigo desafios enormes. (trazer)
III. TV, computador, videogame, Internet, tudo isso se ___________________ também na escolha da profissão. (refletir)
IV.  Fomos nós que ______________________________ as flores ao homenageado. (entregar)


Assinale a opção CORRETA

a) Levam, traz, reflete, entregamos.
b) Leva, traz, refletem, entregam.
c) Leva, trazem, refletem, entregaremos.
d) Levam, trazem, refletem, entregaremos.


TEXTO 6 – Texto publicitário




Para as quatro estações do dia.
As mudanças bruscas de temperaturas podem provocar gripe. ASPIRINA C combina o poder da aspirina, que combate a dor e a febre, com a vitamina C, que reforça a defesa do organismo. E como é efervescente, age mais rápido. ASPIRINA C é da Bayer. Você pode confiar.
 






QUESTÃO 16 (Descritor: estabelecer relações entre informações escritas e a informações extraídas dos grafismos, ilustrações e da situação interlocutiva.)

Assunto: Interpretação de grafismos e de ilustrações textuais.

Sobre o texto 6 é INCORRETO afirmar que

a) É um texto publicitário, e o produto anunciado é a Aspirina C.
b) O texto se inspira na variedade de climas brasileiros para a sua construção.
c) As palavras “tropical, equatorial, temperado e polar” referem-se às estações climáticas.
d) O texto associa a idéia das rápidas mudanças climáticas à necessidade do uso do medicamento.



QUESTÃO 17 (Descritor: estabelecer relações entre textos (intertextualidade) como recurso de produção de texto.)

Assunto: Intertextualidade e produção de sentido.

A frase “Moro num país tropical...” foi construída com base em um recurso conhecido como

a) intertextualidade.
b) ironia.
c) paródia.
d) metáfora.
 
 
TEXTO 7 – Texto Jornalístico





Folha de São Paulo, Seção Editoriais, p. 2 - 09/09/07


QUESTÃO 18 (Descritor: identificar informações explícitas no texto.)

Assunto: Partes principais e secundárias dos textos.

A passagem do texto que justifica o título é

a) “Projetada pelo arquiteto Niemayer, inaugurada duas vezes no ano passado, o belo edifício não tem livros em suas instantes – nele, ninguém estuda, lê nem consulta nada. ”
b) “Se tomassem como referência a Biblioteca Nacional de Brasília, os autores da publicação teriam de reescrever o verbete.”
c) “... a biblioteca tem capacidade para receber 250 mil livros, mas está fechada, sem data para a abertura, porque a administração diz que as condições de armazenamento são inadequadas.”
d) “... o edifício se torna um exemplo tipicamente brasileiro, que se repete em outras esferas públicas, de desperdícios de recursos e erros de planejamento.”


QUESTÃO 19 (Descritor: inferir uma informação implícita no texto.)

Assunto: Notícia

“Reveladas as trocas de acusação de praxe, o fato é que a Biblioteca Nacional de Brasília se tornou um bibelô arquitetônico de 10 mil m2, que gasta em energia elétrica R$125 mil mensais e é protegido por dez seguranças por turno.”

O contexto permite inferir que a palavra “bibelô” está relacionada

a) à idéia de um pequeno objeto fútil, mas de grande estima.
b) à concepção do que é velho e ultrapassado.
c) a um monumento fútil e de pouco valor.
d) a uma definição irônica de um adorno sem serventia.

Caixa de texto:
TEXTO 8 – Tirinha






QUESTÃO 20 (Descritor: empregar orações coordenadas de acordo com as necessidades definidas pelo contexto.)

Assunto: Orações coordenadas

Sobre o texto 8, assinale a alternativa INCORRETA, considerando-se a norma culta padrão.

a) A oração “Doutor, minha cabeça está pesada” é classificada como uma oração coordenada assindética.
b) A oração “e meu corpo todo dói” é classificada como uma oração coordenada sindética aditiva.
c) A oração “Um demônio entrou no seu corpo” é classificada como oração principal.
d) A oração “e está devorando suas entranhas” é classificada como coordenada sindética aditiva.


II) QUESTÕES ABERTAS

TEXTO 9 – Entrevista

 COMPORTAMENTO                             PROFISSÃO: BUSÓLOGO

ACREDITE, EXISTEM PESSOAS QUE ANDAM DE ÔNIBUS SÓ POR HOBBY

POR DIVERSÃO, Adrianno Sakamoto, 24 anos, acorda às 3h30, sai às 4h, passa o dia fotografando ônibus e à noite posta tudo em seu site. É maluquice, mas pode chamar de busologia, termo criado pelo designer Hélio de Oliveira para o estudo de tudo o que tem relação com ônibus. Adrianno, um busólogo de carteirinha (ou melhor, de vale-transporte), dá o itinerário desse passatempo que já conta com 5 mil adeptos no País. (EMILIANO URBIM)
GALILEU: Como surgiu a busologia?
ADRIANNO SAKAMOTO: É uma evolução do “trainspotting”, o passatempo inglês de observar trens. Mas a gente vai além, estuda tudo o que está relacionado aos ônibus: itinerários, empresas, pintura, memória, carroceria, chassi, som de motor...
GALILEU: Som de motor?
SAKAMOTO: Sim. Agora mesmo estava terminando de editar alguns para colocar no meu site e dividir com a comunidade busóloga.
GALILEU: Quem se torna busólogo?
SAKAMOTO: Geralmente é motorista de ônibus, funcionário de empresa de transporte ou filhos desses caras.
GALILEU: E qual a sua desculpa?
SAKAMOTO: Não sei dirigir, mas ando por prazer, sou um superusuário. Quando era criança, eu ia cortar o cabelo e o barbeiro tinha que virar a cadeira para a rua, pois eu precisava ver os ônibus passarem. Na internet, descobri outras pessoas que dividiam o meu entusiasmo. “Tem mais gente que gosta, eu não sou maluco!” pensei.
GALILEU: Por que você se destaca entre os fãs de ônibus?
SAKAMOTO: Já tenho 1.300 fotos catalogadas, com muita informação sobre ônibus em geral, e algumas dão bastante trabalho. Saio cedo da minha casa em Guarulhos e me desloco 30km só para fotografar um “filho-único” (último exemplo de um modelo circulando). Desbravei a quádrupla divisa de São Paulo, Ferraz de Vasconcellos, Poá e Itaquaquecetuba, onde passam linhas dos quatro municípios.
GALILEU: Precisa ir tão longe?
SAKAMOTO: O ABC paulista é a região mais eclética, com maior “busodiversidade”. Tem ônibus novos e com 20 anos de uso, ônibus vítimas do PCC, com carroceria trocada. Fotos dessas raridades geram reconhecimento, comentários e prestígio.
GALILEU: Vai que alguém queira: como se tornar um busólogo?
SAKAMOTO: Não tem mistério nenhum. Enquanto o pessoal do ponto se entedia, você clica. Depois visita sites, faz amigos, aprende um pouco de mecânica, história, urbanismo. Só requer uma máquina digital, algum tempo livre e aquela vontade de pegar o ônibus só para ver onde ele vai parar.
(GALILEU, 09 de 2007, Comportamento, p. 17).
QUESTÃO 21 (Descritor: identificar diferenças entre recursos lingüísticos utilizados para conferir maior ou menor grau de formalidade dos textos.)

Assunto: Variação lingüística

O texto apresenta frases que são um exemplo típico de uma variedade sócio-cultural do português. Cite uma delas e explique se o uso dessas frases torna-se inadequado para o gênero textual em questão.


QUESTÃO 22 (Descritor: empregar símbolos da transcrição de textos orais em textos escritos.)

Assunto: Entrevista

O texto 09 é rico em pontuações expressivas, mas uma delas é obrigatória nas entrevistas pela estrutura que essa apresenta.  Cite um exemplo e justifique seu uso.


QUESTÃO 23 (Descritor: identificar as características lingüísticas e discursivas de uma entrevista.)

Assunto: Entrevista

A entrevista permite que o leitor conheça mais sobre a vida e a forma de pensar do entrevistado. Identifique e transcreva do texto 9 um trecho que REVELA um ponto de vista do entrevistado.


TEXTO 10 – Texto Jornalístico

Uma alimentação variada é fundamental seu organismo funcione de maneira adequada. Isso significa que é obrigatório comer alimentos ricos em proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Esses alimentos são essenciais. Você esteja fazendo dieta para emagrecer, não elimine carboidratos, proteínas e gorduras de seu cardápio. Apenas reduza as quantidades. Você emagrece sem perder saúde.

Saúde, n. 5, maio 1993. p. 63.


QUESTÃO 24 (Descritor: reconhecer os processos básicos da articulação sintática como mecanismos de coesão e de progressão textual.)

Assunto: Valor lógico discursivo das conjunções

O texto acima necessita de conectores para sua coesão. Empregue as partículas que estão entre parênteses no lugar adequado, (assim, mesmo que, para que).

TEXTO 11 – Texto Poético

FAÇA TUDO O QUE VOCÊ
PUDER FAZER POR VOCÊ
Millôr Fernandes



Tenha preguiça;
saia do ritmo;
caia na real;
estique a vida;
tome um porre;
grite de raiva;
jogue o lixo fora;
saiba de tudo;
não ligue para nada;

chore as tristezas;
faça a cabeça;
engorde;
morra de saudades;
desbunde;
bote a boca no mundo;
apaixone-se;
ame mais...





QUESTÃO 25 (Descritor: identificar a relação entre concordância verbal e a produção de sentido.)

Assunto: Concordância verbal.

Observe que o texto 11 tem como principal característica o uso dos verbos em um modo verbal único. Identifique esse modo verbal e justifique seu uso.


Leia o texto abaixo:
Tenha preguiça e saia do ritmo.
Saia do ritmo ou caia na real.
Tenha preguiça, mas saiba de tudo.
Estique a vida, por isso saia do ritmo.

QUESTÃO 26

(Descritor: distinguir período simples do composto.)

Assunto: Articulações de orações

Observe que as orações do texto 11 foram modificadas. Qual a modificação ocorrida ao se comparar com o texto original? Que palavras ou expressões foram acrescentadas?


(Descritor: estabelecer as diferenças sintático-discursivas entre períodos compostos por coordenação.)

Assunto: Período composto por coordenação


a) Através das palavras ou expressões acrescentadas, pode-se perceber que se criou uma relação entre os dois períodos. Copie o período, do texto modificado, que contém cada umas das seguintes idéias.

- Acréscimo de ação que deve ocorrer em seqüência.
- Nova ação conclusiva.
- Ação oposta à anterior.
- Outra ação alternativa à anterior.




TEXTO 12 – Crônica

PRAGA

Luís Fernando Verissimo

— Outra praia, outro descobridor. Um índio, que até então nem sabia que era índio, estendeu a mão e ofereceu a Cristóvão Colombo um tomate.
— Um pomo d’oro! — exclamou o almirante, confundindo o fruto que brilhava ao Sol novo da América com uma maçã selvagem. Depois examinou o fruto mais de perto e perguntou:
— Para que serve?
— Saladas — respondeu o índio. — Refogados. Molhos.
— Para o espaguete! — exclamou Colombo, compreendendo por que o destino o trouxera até ali. Lembrando que seu nono, em Gênova, vivia elogiando Marco Polo por ter trazido o espaguete do Oriente e sua nona vivia dizendo que sim, o espaguete era bom, mas faltava alguma coisa. Sua missão estava revelada: numa só viagem, superara o Marco Polo do nono e descobrira o que faltava na macarronada da nona. Ficou com o tomate.
— O que você me dá em troca? — quis saber o índio.
Não se sabe que língua falavam. A linguagem mágica dos grandes encontros. Não interessa.

— Dou em troca um dos produtos supremos da nossa civilização. Uma preciosidade. Um dos frutos da indústria que breve chegará aqui e transformará este mato em outra Europa.
E Colombo deu uma miçanga ao índio.
Colombo perguntou que outra novidade o índio tinha para lhe dar. E o índio ofereceu uma batata.
— O que faremos com isto? — perguntou Colombo, olhando a feia batata com pouco entusiasmo.
O índio descreveu o futuro da batata, desde a sua importância na alimentação dos camponeses europeus em fome ainda por vir até a noisette e as fritas. E Colombo botou a batata na algibeira e deu em troca uma moedinha de valor tão baixo que em vez da cara mostrava o joelho do rei. O que mais o índio tinha para lhe dar?
O fruto do cacaueiro, de onde sairia o chocolate. O índio descreveu o significado do chocolate para a história do mundo, especialmente da Suíça e da Bahia, e como seriam os bombons, e as barras recheadas com avelãs, e suspeita-se que tenha mencionado até a mousse. E Colombo trocou o cacau por um espelhinho. Que mais?
Fumo! Em breve, todos estariam experimentando as delícias do tabaco e o novo hábito dominaria o mundo. E, para quem quisesse um barato ainda maior, o índio incluía a planta da coca junto com a planta do fumo em troca das contas que Colombo lhe oferecia. Que mais?
Milho. Aipim. Um papagaio.
— E isso que você tem no nariz? — perguntou Colombo, apontando para a argola de ouro.
Colombo ofereceu mais miçangas, que o índio não quis. Outra moedinha. Comprimidos. Vale-transporte. Finalmente apontou sua pistola para a cabeça do índio e disse “Isto”. E disparou. Depois deu ordens a seus homens para recolher todo o ouro à vista, mesmo que tivessem que trazer os narizes junto.
Do chão, antes de morrer o índio amaldiçoou Colombo e praguejou. Que a batata tornasse a sua rata obesa, que o chocolate enchesse as suas artérias de colesterol, que o fumo lhe desse câncer, que a cocaína o enlouquecesse e que o ouro destruísse a sua alma. E que o tomate — pediu o índio aos céus, com seu último suspiro — se transformasse em ketchup e molho enlatado sem graça, que estragasse o espaguete para todo o sempre. E assim aconteceu.


QUESTÃO 27 (Descritor: estabelecer relações entre textos como recurso de produção de texto.)

Assunto: Intertextualidade e produção de sentido

O texto Praga faz intertextualidade com a História oficial sobre a chegada dos europeus à América. A partir da idéia de intertextualidade, explique o uso dos pronomes indefinidos na frase “Outra praia, outro descobridor”.


QUESTÃO 28 (Descritor: identificar o que está em jogo na situação comunicativa e a origem dos efeitos de humor.)

Assunto: Situação comunicativa e humor

Perpassa todo o texto de Veríssimo certa dose de humor. Uma das formas de o humor se apresentar está no fato de que o índio, desde as primeiras linhas, se mostra como alguém que conhece o contexto cultural do colonizador. Isso se acentua, à medida que o tal contexto não se restringe ao tempo histórico em que houve a colonização, se amplia para o futuro: é como se o índio fosse um vidente.

Explique essa ampla visão do índio e como ocorre o efeito humorístico com relação

— à batata;
— ao cacau;
— à coca.


QUESTÃO 29 (Descritor: inferir uma informação implícita no texto.)

Assunto: Situação comunicativa e humor.

O humor, a ironia, muitas vezes, vem acompanhado de dor. Ironiza-se, então, o sofrimento, os equívocos que a humanidade comete, os males do mundo. Que fato histórico é revelado através da mistura humor/dor?  O que há de doloroso no fato histórico relatado no texto?


TEXTO 13 – Texto Epistolar

A Carta de Pero Vaz de Caminha

Posto que o capitão mor desta vossa frota e assim os outros capitães escreveram a Vossa Alteza sobre o achamento desta vossa terra nova que esta navegação achou, não deixarei de também dar minha conta a Vossa Alteza sim como eu melhor puder ainda que para bem contar e falar o saiba pior que todos fazer.
Então Vossa Alteza tome com boa vontade minha ignorância, e creia que tentarei nem embelezar nem enfear aquilo que vi e me pareceu.
Da marinhagem e das singraduras do caminho não darei conta a Vossa Alteza porque não saberei fazê-lo e os pilotos devem ter esse cuidado e portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo.
Dias depois avistamos a ilha de Cabo Verde, a saber, a ilha de São Nicolau, segundo o piloto Pero Escobar e na noite seguinte, quando amanheceu a segunda-feira, perdeu-se a frota de Vaso de Ataide sem que tenha havido tempo forte nem contrário. O capitão fez suas diligências para o encontrar em umas e outras partes, mas ele não apareceu mais. E assim seguimos nosso caminho por este mar.
Então, avistamos terra, a saber, primeiramente, um grande monte, muito alto e redondo e outras serras mais baixas ao sul do monte e terras planas, com grandes arvoredos. O capitão deu ao monte o nome de monte Pascoal e à terra, terra de Vera Cruz.
Ancoramos às dez horas mais ou menos e dali avistamos homens que andavam pela praia. (...) A feição deles é serem pardos, à maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem usam coisa alguma para tampar suas vergonhas, e fazem isso com tanta inocência como a têm para mostrar o rosto. Trazem ambos os beiços de baixo furados e ornados com ossos.
Quando eles vieram até o navio, o capitão estava assentado em uma cadeira e tinha uma alcatifa aos pés. Estava bem vestido e usava um colar de ouro muito grande ao pescoço. Entraram e não fizeram nenhuma menção de cortesia, nem de falar ao capitão nem a ninguém, mas um deles pôs os olhos no colar do capitão e começou a acenar com a mão para a terra e depois para o colar como a nos dizer que havia ouro em terra e também viu o castiçal de prata e da mesma forma acenava para a terra como se houvesse castiçal em terra. Mostraram-lhes um papagaio e acenaram para a terra como se houvesse deles ali. Mostraram-lhes um carneiro e eles não deram qualquer atenção. Mostraram-lhes uma galinha e ficaram com medo dela e não lhe queriam pôr a mão e depois a tomaram como que espantados. Deram-lhes de comer pão e pescado cozido, confeitos, mel e figos. Não quiseram comer quase nada daquilo e alguma coisa que provavam logo lançaram fora. Trouxeram-lhes vinho, mas não gostaram dele e não quiseram mais. Um deles viu umas contas brancas de um rosário, fez sinal que lhas dessem e brincou com elas. Acenou para a terra como se dissesse que daria ouro em troca daquilo. Entendemos assim porque assim o desejávamos. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto não desejamos entender. (...)

Esta terra, Senhor, é muito plana e muito formosa. Nos pareceu do mar que ela é muito grande, porque, ao estender nossos olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos. Nela, até agora, não pudemos saber se há ouro ou prata ou nenhuma outra coisa de metal nem de ferro. A terra tem bons ares, assim frios e temperados como entre Doiro e Minho. As águas são muitas e infindas. E de tal forma é graciosa, que querendo-se aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. (...)
Beijo as mãos de Vossa Alteza. Desse porto seguro da vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.

Pero Vaz de Caminha
Adaptação da Carta de Pero Vaz de Caminha.


QUESTÃO 30 (Descritor: comparar textos que se constroem a partir de diferentes graus de formalidade.)

Assunto: Adequação lingüística.

Há palavras ou expressões que valem como pronomes pessoais, usados como forma de tratamento. No Brasil, a forma mais usual de tratamento é “você”. Esse pronome é usado entre as pessoas informalmente. Outros pronomes de tratamento são usados em diversas situações. Alguns deles dirigidos, em especial, a certas circunstâncias ou pessoas.

a) Na carta de Pero Vaz de Caminha, qual é o pronome usado pelo autor para dirigir-se ao Rei de Portugal, Dom Manuel I?
b) O uso desse pronome revela maior ou menor intimidade entre os interlocutores?
c) O pronome de tratamento que você identificou na questão anterior é muito usado hoje em dia no Brasil? Por quê?






TEXTO 14 – Texto Epistolar




QUESTÃO 31 (Descritor: identificar as características lingüísticas e discursivas de um texto epistolar.)

Assunto: Carta pessoal

O texto 14 foi produzido como propaganda para persuadir os leitores a irem a Aruba, uma ilha do Caribe. A forma escolhida pela empresa foi a de uma carta.

      a) Aponte as marcas textuais que permitem identificar o texto como carta.
b) A data colocada contribui para o bom resultado da venda do produto? Explique.

(Descritor: identificar o que está em jogo na situação comunicativa e seus efeitos de sentido.)

Assunto: Carta pessoal

c) O vocativo é adequado aos interlocutores? Explique.

(Descritor: estabelecer relações entre textos como recurso de produção de sentido.)

Assunto: Carta pessoal.

d) A assinatura também é colocada como uma estratégia na construção do texto. Explique a frase em destaque.


QUESTÃO 32 (Descritor: identificar as características lingüísticas e discursivas de um texto epistolar.)

Assunto: Intertextualidade e produção de sentido

Os textos 13 e 14 são textos epistolares, porém apresentam muitas diferenças. Escreva um parágrafo apresentando e justificando algumas dessas diferenças.


QUESTÃO 33 (Descritor: identificar a relação entre concordância verbal e a produção de sentido.)

Assunto: Concordância verbal

Leia.

A Secretaria de Segurança investiga os suspeitos de terem ajudado na fuga para o Chile e a Guiana. A polícia desses países não puderam prendê-los porque o governo brasileiro não fez o pedido formal de captura.
Adaptado de O Estado de São Paulo, 22/10/02.

a) No segundo período, há uma infração às normas de concordância. Reescreva-o de maneira correta.
b) Indique a causa provável dessa infração.


QUESTÃO 34 (Descritor: identificar a relação entre concordância verbal e a produção de sentido.)

Assunto: Concordância verbal

 No conhecido verso de um rock — “a gente somos inútil” —, ocorre uma concordância que, apesar de ser condenada pelos padrões gramaticais da língua culta, é comum na fala popular. Como se explica esta possibilidade de construção na língua portuguesa?




QUESTÃO 35 (Descritor: estabelecer as diferenças sintático-discursivas entre períodos compostos por coordenação.)

Assunto: Orações coordenadas.

O anúncio seguinte divulga uma campanha feita pelo jornal Folha de S. Paulo. Ao comprar o jornal e, mediante o acréscimo de certa importância em dinheiro, o cliente pode adquirir também um volume da coleção “Os Pensadores”. Leia-o e responda.

TEXTO 15


O enunciado, intencionalmente, estabelece uma relação de oposição entre duas idéias ou duas expressões. Quais são elas?
Normalmente, antes da conjunção adversativa “mas” é empregada a vírgula. Nesse enunciado, entretanto, foi empregado o ponto. Compare essas duas possibilidades de redação.

I. Sócrates, Aristóteles e Platão são imortais, mas não vão ficar na banca para sempre.
II. Sócrates, Aristóteles e Platão são imortais. Mas não vão ficar na banca para sempre.

Que mudança de sentido o emprego do ponto acarreta à primeira oração? Considerando-se esse sentido da primeira oração, que papel tem a segunda oração?


QUESTÃO 36 (Descritor: estabelecer relações entre informações escritas e as informações extraídas dos grafismos, das ilustrações e da situação interlocutiva.)

Assunto: Interpretação de grafismos e de ilustrações textuais.

TEXTO 16



Observe que o complemento dos verbos das frases do 1º ao 3º quadrinho não foi mencionado: está implícito. Mas é possível identificá-lo pelo contexto. Escreva um pequeno parágrafo, apresentando o complemento das respectivas frases citadas e EXPLIQUE como foi possível tal dedução.



QUESTÃO 37 (Descritor: reconhecer os processos básicos de articulação sintática como mecanismos de coesão.)

Assunto: Conjunção e coesão textual.

TEXTO 17


Observe que no último quadrinho a fala de Manolito é introduzida pela conjunção mas.

a) Qual idéia a conjunção mas exprime nessa situação?
b) A que idéia, anteriormente expressa, essa conjunção se liga?


QUESTÃO 38 (Descritor: identificar a relação de regência verbal e nominal e a produção de sentido.)

Assunto: Regência verbal e nominal

TEXTO 18


a) Nas frases dispostas acima da imagem da lâmpada se lê:

“8O% mais econômicas.
10 vezes mais duráveis.”

Nessas frases, não foi explicitado o substantivo a que se referem os adjetivos “econômicas” e “duráveis”. Considerando a parte verbal e a parte não-verbal, qual é o substantivo implícito?

b) Leia o enunciado disposto abaixo da lâmpada: “Parece mágica, mas é só tecnologia”. Nesse caso, a expressão “parece mágica” foi empregada no singular. Ela se refere ao mesmo substantivo implícito no anúncio? Em caso negativo, a que se refere então?  O que justifica a concordância no singular?

TEXTO 19



Questão 39 (Descritor: inferir uma informação implícita no texto.)

Assunto: Conhecimentos prévios e produção de sentido.

Escreva um parágrafo EXPLICANDO por que Mafalda deseja ser contagiada por este Sol.


QUESTÃO 40 (Descritor: distinguir período simples do composto.)

Assunto: Relação entre período simples e composto.

TEXTO 20


1 - “Sabia que eu sou um príncipe encantado?”
2 - “Me dá um beijinho?”

a) Identifique, nos enunciados acima, os verbos ou locuções verbais e os classifique em período composto ou simples.

(Descritor: corrigir, num texto dado, determinadas inadequações em relação a um padrão lingüístico estabelecido.)

Assunto: Formalidade e informalidade lingüística.

b) O enunciado “Me dá um beijinho?” está inadequado quanto à norma culta. EXPLIQUE por que essa transgressão é aceita neste contexto e faça a correção deste enunciado, adequando-o à norma culta.



GABARITO DAS QUESTÕES OBJETIVAS


QUESTÃO 01
A

QUESTÃO 11
C
QUESTÃO 02
C

QUESTÃO 12
C
QUESTÃO 03
D

QUESTÃO 13
C
QUESTÃO 04
A

QUESTÃO 14
D
QUESTÃO 05
B

QUESTÃO 15
A
QUESTÃO 06
D

QUESTÃO 16
C
QUESTÃO 07
D

QUESTÃO 17
A
QUESTÃO 08
A

QUESTÃO 18
A
QUESTÃO 09
D

QUESTÃO 19
D
QUESTÃO 10
D

QUESTÃO 20
C

 

 

GABARITO DAS QUESTÕES DISCURSIVAS


QUESTÃO 21
“Filhos desses caras”. Não, apesar de ser um texto veiculado em uma revista informativa, o gênero textual, a entrevista, permite o uso de uma linguagem informal, uma vez que a revista está “transcrevendo a fala do entrevistado”. Outra opção de resposta: Nota-se que o próprio entrevistador não mantém durante toda a entrevista um grau de formalidade. Tal aspecto pode ser justificado, tendo-se em vista o público alvo e o assunto da entrevista.

QUESTÃO 22
Exemplos: “filho-único”, “busodiversidade”. A expressão “filho-único” foi usada no sentido conotativo. E a expressão “busodiversidade” é um neologismo criado pelo entrevistado. Outra opção de resposta: o uso das aspas para marcar a transcrição do pensamento do entrevistado.

QUESTÃO 23
“Quando era criança, eu ia cortar o cabelo e o barbeiro tinha que virar a cadeira para a rua, pois eu precisava ver os ônibus passarem. Na internet, descobri outras pessoas que dividiam o meu entusiasmo. ‘Tem mais gente que gosta, eu não sou maluco! ’ - pensei.”

QUESTÃO 24
Uma alimentação variada é fundamental para que seu organismo funcione de maneira adequada. Isso significa que é obrigatório comer alimentos ricos em proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Esses alimentos são essenciais. Mesmo que você esteja fazendo dieta para emagrecer, não elimine carboidratos, proteínas e gorduras de seu cardápio. Apenas reduza as quantidades. Assim, você emagrece sem perder saúde.

QUESTÃO 25
Os verbos estão no imperativo e na terceira pessoa. O uso desse modo prova, através das formas verbais do texto, que um dos interlocutores é o leitor.

QUESTÃO 26
a) Foram elaborados períodos compostos por duas orações. Acrescentaram-se e, ou, mas, por isso.
b)  - Tenha preguiça e saia do ritmo.
   - Estique a vida e saia do ritmo.
   - Tenha preguiça mas saiba de tudo.
  - Caia do ritmo ou caia da real.

QUESTÃO 27
Os pronomes indefinidos sugerem que o texto é fictício, não oficial.

QUESTÃO 28
O índio sabe que a batata será alimento básico em épocas de fome na Europa e que será alimento típico da mesa européia; que a Bahia será produtora de cacau e que a Suíça fabricará o chocolate mais saboroso do mundo; que a coca produzirá um dos vícios mais perigosos do mundo moderno.



QUESTÃO 29
O texto apresenta a colonização da América pelo europeu. A colonização foi um processo de matança cultural, física ou mental.

QUESTÃO 30
a) Pero Vaz de Caminha usa o nome de tratamento Vossa Alteza.
O uso desse pronome revela pouca intimidade entre os interlocutores. É pronome de respeito e distanciamento.
O pronome é raramente usado no Brasil. Nosso país é uma república e não é governado por nobres. Quando recebemos algum rei ou quando nos referimos à família real de algum país, então tal pronome deve ser usado.

QUESTÃO 31
a) São componentes de uma carta a data, o vocativo, o corpo do texto e a assinatura.
b) O mês de fevereiro é estratégico para a propaganda: é um mês de calor, feriado de carnaval.
c) O vocativo é adequado, pois os interlocutores são amigos íntimos de Bernardo, que, por isso pode tratá-los com carinho.
d) A letra B está escrita como em um espelho, em letra de imprensa e o “o” final está substituído pelo desenho de um boneco, o que caracteriza muito bem a assinatura de uma criança, como pretende o texto.

QUESTÃO 32
O texto 13 é uma carta formal escrita há tempo. Os interlocutores não têm nenhuma intimidade e a função da carta é apenas descrever e informar tudo sobre a terra que foi encontrada. Já o texto 14 é uma carta formal. Os interlocutores têm intimidade e sua função é a de persuadir o destinatário (no caso o leitor, uma vez que a carta também é um texto publicitário) a ir ao local descrito.

QUESTÃO 33
a) A polícia desses países não pôde prendê-los porque o governo brasileiro não fez o pedido formal de captura.
b) A concordância deve ser feita com o núcleo do sujeito que é polícia, porém é muito comum ocorrer a concordância com o termo mais próximo, no caso, desses países.

QUESTÃO 34
Está se fazendo a concordância do verbo com a idéia transmitida pela expressão a gente (=nós) e não com a forma (terceira pessoa do singular) dessa expressão. Essa concordância ideológica é permitida, pois o texto em questão tem a licença poética, por se tratar de uma letra de música.

QUESTÃO 35
a) “Ser imortal” e “ficar para sempre”.
b) Ao se colocar o ponto, a primeira oração passa a expressar uma verdade universal, indiscutível. A segunda oração não se opõe à verdade expressa na primeira; ela cumpre o papel de uma advertência: se você, leitor, não for buscar os seus livros, eles vão acabar.

QUESTÃO 36
O complemento é “a bola”. O aluno precisa recorrer ao texto não-verbal para identificar o complemento.

QUESTÃO 37
a) A de oposição.
b) A conjunção estabelece a noção de oposição em relação à frase de Mafalda: “Isso se chama interesse!”.

QUESTÃO 38
a) Lâmpadas.
b) Não, refere-se às informações do enunciado na parte superior. O verbo e adjetivo estão no singular porque concordam com uma idéia genérica, algo como “Isso parece mágica” ou “Esse resultado parece mágica”.



QUESTÃO 39
Pretende-se que o aluno reconheça os nomes mencionados pela garota como grandes mentes, pessoas que se destacaram por seus feitos, gênios e que ela deseja também ser uma grande personalidade reconhecida no mundo. Acredita que se for iluminada pelo mesmo Sol que eles, se ela também será uma personalidade.

QUESTÃO 40
a) No enunciado 1, os verbos são sabia e sou e o período é composto. No enunciado 2, o verbo é e o período é simples.
b) Neste enunciado, a transgressão da regra gramatical dá ao texto um tom de informalidade, pois ali temos uma situação comunicativa que aceita esta construção. A frase de acordo com a norma culta seria: Dê-me um beijinho.

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