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Apuarema sai da lanterna do Ideb e comemora

Apuarema sai da lanterna do Ideb e comemora

Um ano após recurso, Inep corrige nota de cidade baiana com pior desempenho do Brasil. Erro foi detectado após reportagem do iG

Texto:
Depois de um ano de espera, a população de Apuarema, na Bahia, está aliviada. A cidade de 7,6 mil habitantes deixará de ocupar a desconfortável posição de lanterna na educação brasileira. Em 2010, o município virou notícia nacional por obter o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) das séries iniciais (1ª à 4ª) do ensino fundamental: 0,5 em uma escala que varia de 0 a 10. Havia, porém, um erro na composição da nota, que só foi corrigido agora. O novo índice subiu para 2,4.
Em agosto do ano passado, após a divulgação do Ideb, o iG visitou o município. A proposta era mostrar, em uma série de reportagens feitas na Bahia, o que levava a desempenhos tão ruins e conhecer o exemplo de quem conseguiu melhorar o ensino em condições semelhantes. Envergonhados, professores, diretores e pais ainda tentavam entender como poderiam ter fracassado tanto. Na avaliação anterior, feita dois anos antes, o município ficou com 2,7.

Durante entrevista ao iG sobre o tema, representantes do Ministério da Educação identificaram um erro na composição da nota de Apuarema. O Ideb é calculado com base nos dados sobre quantos alunos foram aprovados em cada série (informados pelos próprios municípios) e as médias obtidas pelos estudantes da 4ª e da 8ª séries em exames de português e matemática aplicados a cada dois anos, a Prova Brasil.
No caso de Apuarema, a taxa de aprovação na 1ª série estava registrada como 3,1%. Um valor muito menor do que em 2007, quando haviam registrado 65%. A média ficou comprometida. O erro não havia sido percebido pela Secretaria Municipal de Educação, que não reclamou da nota ao MEC no prazo permitido – que havia terminado no dia 14 de agosto de 2010. O próprio ministério entrou em contato com eles para garantir a revisão da nota.

Foto: Robson Mendes Ampliar
Estudantes da Escola Aurino Nery tomam sopa oferecida na hora do intervalo. Município deixou de ser o pior do País
Longa espera
A secretária de Educação do município, Zaira Dias dos Santos Silva, conta que os técnicos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) permitiram que eles corrigissem as informações do Censo Escolar em dois dias. As novas taxas de aprovação registrada para as séries iniciais do ensino fundamental foram: 39,8% na 1ª, 54,3% na 2ª, 58,3% na 3ª e 68,9% na 4ª.
De lá para cá, os funcionários aguardavam ansiosamente por uma resposta do Inep, que só chegou há cerca de 20 dias. Não houve nenhum aviso formal ou divulgação dos resultados dos recursos pelo Inep, mas a nota de Apuarema no site do Ideb mudou. “Foi um alívio muito grande sair da pior situação. A gente abria a página todo dia com a esperança de ver uma nova nota. Pelo menos agora não fugimos do que nós éramos”, afirmou.
O novo resultado não coloca o município em uma posição confortável. A qualidade ainda está abaixo da média nacional (4,6) e da meta definida pelo MEC para a própria cidade, que era de 2,6 em 2009. Para 2011, o crescimento esperado é ainda maior: 3,1. Zaira, que assumiu a secretaria em 2009, sabe que o desafio será grande e pediu apoio de toda a comunidade para alcançar a nota.
Nos últimos anos, as crianças têm aumentado o desempenho nas avaliações de português e matemática. Mas manter os alunos na escola e fazer com que eles sejam aprendam o suficiente para passar de ano ainda é uma dificuldade do município. “Nós vamos continuar investindo na estratégia que havíamos definido: capacitando melhor os professores, definindo projetos pedagógicos para as escolas e buscando o apoio dos pais. Nós somos um conjunto e precisamos da contribuição de todos para crescer”, ressalta.
Após a revisão das notas, o município de Chaves (PA) passou a ocupar o último lugar na lista do Ideb. A média de 1,4 havia colocado a cidade com o segundo pior desempenho no ano passado e não teve notas alteradas. O iG procurou o Inep para saber quantos municípios haviam registrado pedidos para revisão de notas do Ideb e se todos haviam obtido novas notas. No entanto, até a publicação dessa reportagem, não recebeu resposta.

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